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Jornal Edição da Manhã

28 de maio de 2025

O ex-policial do Bope Ronny Pessanha cobrava até R$ 1,5 mil por hora para oferecer treinamentos táticos a traficantes do comando vermelho, na zona oeste da capital fluminense.

ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3012

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

e-mail: angicodosdias2014@gmail.com 

segunda, 27/ 05/ 2025.       

A

s investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelaram uma chocante relação entre o ex-policial do Bope Ronny Pessanha e o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do estado.

Foto: A voz de Ibaitiba.

          Segundo apuração da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Pessanha cobrava até R$ 1,5 mil por hora para oferecer treinamentos táticos a traficantes da zona oeste da capital fluminense.

Foto: Daily Motion

          A CNN teve acesso a áudios, mensagens e imagens que comprovam a atuação do ex-agente com os criminosos. Em um dos vídeos, é possível ver traficantes armados com fuzis realizando atividades físicas e simulações de combate sob a supervisão de Pessanha, que se autointitula “referência em incursões e treinamento de guerra”.

Foto: O Dia

          Expulso da Polícia Militar em 2022, Ronny Pessanha já havia sido preso em 2020 por envolvimento com milícias e crimes como extorsão e grilagem de terras em comunidades como Rio das Pedras e Muzema. Após deixar a prisão, ele passou a atuar junto ao tráfico, aproveitando o vácuo de poder e os conflitos territoriais da região.

          Em um dos áudios interceptados, Pessanha relata com naturalidade o encontro com o traficante Willian Sousa Guedes, conhecido como “Corolla”, em um ponto alto da favela. “Cheguei lá em cima morto, cara”, diz ele. Em tom de frustração, completa: “Isso não pode acontecer. Vai que eu preciso, porr*, sei lá, incursionar, fazer algum bagulho. Porr*, eu vou morrer e porr*, eu sou

          As investigações mostram ainda que Pessanha, também, mantinha relações com Manoel Cinquini Pereira, o “Paulista”, apontado como chefe do tráfico no Complexo da Penha. Em mensagens, Paulista pressiona o ex-policial por não comparecer a um dos treinamentos agendados: “Você foi no Corolla e não veio aqui por causa de quê? Ô, tenho combinado contigo, irmão. Tá maluco?”

          Além dos treinamentos, Pessanha também utilizava sua empresa de segurança para alugar veículos de luxo a traficantes. Um dos carros, um McLaren avaliado em R$ 2 milhões, teria sido alugado por R$ 460 mil para Paulista, atualmente foragido.

          Ronny Pessanha foi novamente preso em março deste ano, durante a “Operação Contenção”, conduzida pela Polícia Civil com o objetivo de desarticular quadrilhas atuantes na Zona Oeste. Ele, Corolla e Paulista foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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