26 de setembro de 2025

O Careca do INSS negou as acusações e fez os parlamentares caírem na gargalhada, na CPMI.

 ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3119

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

e-mail: angicodosdias2014@gmail.com 

sexta-feira, 26/ 09/ 2025.  

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 empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, virou protagonista de um episódio inusitado nesta quinta-feira, (25/ 09/ 2025), em Brasília.

          Durante depoimento à CPMI do INSS, ele negou ser o “Careca do INSS” acusado pela Polícia Federal de articular fraudes bilionárias contra aposentados.

          Ao ficar sabendo da negativa, o senador Esperidião Amin (PP-SC) não perdeu a piada e disparou: “Eu também não sou careca!”, comentário que circulou entre colegas e provocou gargalhadas, com direito a relatos de “frouxos intestinais” nos corredores do Congresso.

          Apontado como lobista e operador financeiro do esquema de descontos ilegais em benefícios previdenciários, Antunes está preso preventivamente desde 12 de setembro.

          Beneficiado por habeas corpus do ministro André Mendonça (STF), ele compareceu ao Congresso sem a obrigação de dizer a verdade e se recusou a responder às perguntas do relator Alfredo Gaspar (União-AL).

          Gaspar insistiu em mais de 150 questionamentos, exibindo fotos do empresário com diretores do INSS e com o atual ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT-PE).

          O relator acusou Antunes de comandar o maior roubo contra aposentados na história do país, estimado em R$ 2 bilhões, e afirmou que ele “vale mais morto do que vivo”.

          Antunes disse ser vítima de calúnias e prometeu entregar à Polícia Federal 180 gigabytes de documentos que comprovariam a legalidade de seus serviços.

         Admitiu que sua empresa Prospect prestava assessoria a associações, mas alegou que não tinha ingerência sobre os descontos aplicados em aposentadorias.

          Negou qualquer ligação com fraudes, atribuiu denúncias a “fake news” e até ironizou a alcunha que o tornou nacionalmente conhecido:

          “Nunca fui, não sou e nunca serei esse tal ‘Careca do INSS’ que inventaram”, disse.

         É aí que o espirutuoso senador Senador Amin também jurou que “não era careca”, afirmação que chegou rapidamente ao plenário da CPMI.

          O depoimento foi marcado por bate-bocas. O advogado de defesa, Cleber Lopes, protestou contra ofensas do relator, que o acusou de ser pago com “dinheiro roubado do povo brasileiro”. A sessão chegou a ser suspensa.

             Houve ainda propostas de acareação feitas pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e sugestão de colaboração premiada, recusada por Antunes.

          Questionado sobre suas relações com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), admitiu ter participado de churrascos em sua casa, mas disse que o objetivo era apenas tratar de projetos de regulação de produtos à base de cannabis.

          O espetáculo da CPMI, misto de drama e comédia, mostra a dificuldade do Congresso em separar investigação séria de encenação política. Enquanto a base governista e a oposição exploram o caso para dividendos eleitorais, a Advocacia-Geral da União (AGU), em nome do governo, atua para reparar os aposentados lesados por meio do INSS. Entretanto, entre bravatas e gargalhadas, o risco é a CPI terminar como piada pronta.

          A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS, instalada no Congresso Nacional, reúne 32 senadores e deputados titulares, além de igual número de suplentes, com a missão de investigar fraudes bilionárias contra aposentados e pensionistas.

          O foco está nos descontos irregulares aplicados em benefícios previdenciários, um esquema que teria drenado recursos públicos e abalado a confiança no Instituto Nacional do Seguro Social.

          Mais do que palco para disputas políticas, a comissão carrega a responsabilidade de oferecer respostas concretas à sociedade e assegurar que os culpados sejam punidos, garantindo reparação aos lesados.

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