18 de setembro de 2025

O TRE-PR julgou fraude à cota de gênero e pode cassar 4 vereadores do PSD de Maringá.

 ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3103

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

e-mail: angicodosdias2014@gmail.com 

quinta - feira, 18/ 09/ 2025. 

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 Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) pautou para 24 de setembro o julgamento de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que pode alterar 20% da composição da Câmara Municipal de Maringá.

          O processo investiga denúncia de fraude à cota de gênero nas eleições de 2024 e ameaça o mandato de quatro vereadores do PSD.

          A ação foi movida pelo suplente Sub Dioney Barroca, que acusa o partido de registrar candidaturas femininas fictícias apenas para cumprir o mínimo legal de 30% previsto na Lei das Eleições (Lei 9.504/1997).

        Em primeira instância, o juiz eleitoral Rafael Altoé considerou improcedente a denúncia, mas o recurso seguiu para o TRE, sob relatoria do desembargador Osvaldo Canela Júnior.

        O Ministério Público Eleitoral emitiu parecer favorável ao suplente, aumentando a expectativa de cassação.

 

Entre os investigados estão Cristiano Niero Astrath, Anderson Carrard, Elizabeth Akemi Nishimori e Janderson Mantovani, todos ligados ao PSD.

          Também figuram como partes a Federação PSOL-Rede e lideranças locais de outros partidos.

O caso de Maringá não é isolado.

        Em fevereiro, em Apucarana, o TRE-PR reconheceu fraude à cota de gênero em chapas proporcionais e determinou a retotalização dos votos, o que garantiu mandato ao petista Odarlone Orente.

        Situação semelhante já havia ocorrido em Castro, onde vereadores do PP perderam o mandato após decisão judicial que apontou candidaturas fictícias de mulheres.

Esses precedentes reforçam a possibilidade de que o julgamento em Maringá resulte em cassações, mudando a correlação de forças na Câmara e antecipando rearranjos políticos rumo às eleições de 2026.

        Se a denúncia for confirmada, os suplentes assumirão imediatamente os mandatos, redesenhando a representação da cidade no Legislativo.

        Além disso, a decisão deve servir de alerta para outros partidos do Paraná sobre a utilização indevida de candidaturas femininas apenas para cumprir a cota legal.

       O julgamento ocorrerá no dia 24 de setembro, às 14h, no plenário do TRE em Curitiba, e terá efeito imediato.

       A Câmara Municipal de Maringá possuiu 24 cadeiras de vereadores.

        O município localizado no Noroeste do estado, a 424 km de Curitiba, tem 300.286 eleitores e possui 410 mil habitantes.

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Fonte: Brasil 247

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