ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.
EDIÇÃO DE Nº 3125
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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Quarta-feira, 01/ 10/ 2025.
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Brasil já contabiliza 59 possíveis casos de
intoxicação por metanol em 2025, segundo o ministro da Saúde, Nísia Padilha.
Das
notificações, 53 ocorreram em São Paulo, 5 em Pernambuco e 1 no Distrito
Federal.
O governo confirmou 11
casos, incluindo uma morte por ingestão de bebida adulterada na capital
paulista.
O ministro afirmou que um estoque
emergencial de etanol farmacêutico foi criado nos hospitais universitários
federais. O produto, usado como antídoto, bloqueia a conversão do metanol em
ácido fórmico, substância altamente tóxica capaz de causar cegueira, coma e até
a morte. Padilha informou ainda a compra de 4.300 ampolas para distribuição
imediata a centros de referência e unidades de saúde sem disponibilidade.
A Anvisa mapeou 604 farmácias que já
produzem o etanol farmacêutico e pretende credenciar algumas de referência em
todas as capitais para agilizar a resposta.
Outra opção é o fomepizol, medicamento
considerado mais simples de administrar e recomendado pela OMS, mas que ainda
não está disponível no Brasil. O Ministério da Saúde negocia sua importação.
As notificações incluem histórias
dramáticas. Rafael Anjos Martins, 28 anos, entrou em coma após beber gin adulterado
comprado em uma adega na Cidade Dutra, Zona Sul de São Paulo. Já a designer de
interiores Radharani Domingos, 43 anos, perdeu a visão após consumir caipirinhas
em um bar nos Jardins.
Bruna Araújo de Souza, jovem de São
Bernardo, permanece em estado grave depois de ingerir vodca em um show de
pagode. Casos semelhantes envolveram Wesley Pereira, 31 anos, internado após
consumir whisky adulterado, e o advogado Marcelo Lombardi, 45 anos, que morreu
após beber vodca falsificada comprada em uma adega do Sacomã.
As investigações apontam que parte
das bebidas adulteradas circulava em estabelecimentos de bairros nobres e
populares, o que amplia a preocupação das autoridades sanitárias e policiais.
Casos de intoxicação por metanol não
se restringem ao Brasil. Em 2025, outros países também registraram mortes
relacionadas à bebida adulterada, acendendo alerta global sobre a circulação de
lotes clandestinos. A OMS classifica o fenômeno como grave problema de saúde
pública.
A pasta da Saúde montou uma sala de
situação com representantes de vários ministérios, conselhos e secretarias
estaduais e municipais. O objetivo é monitorar ocorrências, garantir rápida
distribuição de antídotos e orientar gestores locais.
O desafio, segundo especialistas, é
evitar que tragédias como a de São Paulo se repitam.
O metanol, um álcool de uso industrial
em solventes e combustíveis, jamais deveria estar presente em bebidas
destinadas ao consumo humano. O alerta das autoridades é claro: diante de
suspeita, o atendimento médico deve ser imediato.

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