ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.
EDIÇÃO DE Nº 3134
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
e-mail: angicodosdias2014@gmail.com
quinta - feira, 23/ 10/ 2025.
|
A |
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, (STF), condenou sete integrantes do chamado “núcleo quatro” da trama golpista, acusado de articular uma rede de desinformação.
O
grupo tinha o objetivo de desacreditar o processo eleitoral e pressionar as Forças
Armadas a aderirem a uma ruptura institucional.
O julgamento foi relatado por
Alexandre de Moraes, que votou pela condenação da maioria dos réus, acompanhado
por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.
O ministro Luiz Fux divergiu do
grupo.As informações são do jornal O Globo, que acompanhou o julgamento
realizado nesta terça-feira (21).
Segundo a publicação, os ministros
entenderam que o grupo atuou para enfraquecer a confiança pública nas urnas
eletrônicas e na Justiça Eleitoral, promovendo ataques coordenados nas redes
sociais.
Condenações
e penas definidas
Foram condenados o ex-major Ailton
Barros, o major da reserva Angelo Denicoli, o subtenente Giancarlo Rodrigues, o
tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, o policial federal Marcelo Bormevet,
o coronel Reginaldo Vieira de Abreu e o engenheiro Carlos Rocha, presidente do
Instituto Voto Legal (IVL).
As penas variam de 7 a 17 anos de
prisão, além de multas de até 120 dias-multa. Denicoli recebeu a punição mais
severa: 17 anos de prisão. Rocha, por sua vez, foi condenado a 7 anos e 6
meses, sendo absolvido de parte das acusações.
Moraes:
“A organização pretendia desacreditar as eleições”.
Durante seu voto, Alexandre de Moraes
destacou que a intenção do grupo era minar a credibilidade do sistema eleitoral
para manter o poder, mesmo após derrota nas urnas.
“A organização criminosa pretendia
desacreditar as eleições para permanecer no poder, mesmo que o resultado fosse
adverso”, afirmou Moraes.
O ministro também rechaçou o uso da
liberdade de expressão como escudo para discursos de ódio e incitação ao golpe.
“É uma falácia, uma mentira absurda e
antidemocrática dizer que ataques à Justiça Eleitoral e à democracia são
liberdade de expressão. Isso é crime tipificado no Código Penal”, enfatizou.
Zanin
fala em “manipulação do sentimento popular”
O ministro Cristiano Zanin afirmou
que a tentativa de golpe se estruturou com base em manipulação emocional e
campanhas de ódio.
“O risco de colapso do Estado
Democrático de Direito não se esgota em atos tradicionais de ruptura. Ele está
nas ações dolosas voltadas à manipulação do sentimento popular e ao estímulo à
violência”, disse.
Zanin observou ainda que o grupo não
precisou usar a palavra “fraude” para gerar desconfiança.
“Quando se afirma, sem provas, que
havia erros graves nas urnas eletrônicas e que os resultados favoreceriam um
candidato, está se atacando a democracia”, completou.
Fux
diverge e fala em “opiniões pessoais”
O ministro Luiz Fux foi o único a
divergir, defendendo a absolvição dos sete acusados.
“Diálogos particulares e opiniões
pessoais não são suficientes para caracterizar tentativa de golpe”, argumentou.
Fux disse que punir
opiniões contrárias ao sistema eleitoral ameaça o debate público, citando o
“regime abominável” da Venezuela como exemplo de supressão da liberdade de
expressão.
Cármen Lúcia e Dino reforçam impacto
da desinformação
A ministra Cármen Lúcia,
presidente do TSE, destacou que as tecnologias ampliaram o alcance das mentiras
políticas:
“As tecnologias contemporâneas
facilitaram o poder de plantar mentiras que mutilam a democracia. É como uma
inseminação artificial de desconfiança”, declarou.
Já Flávio Dino afirmou que a
desinformação foi peça central na tentativa de golpe:
“A desinformação não é algo
anedótico. É um elemento estrutural de ataque à democracia. A relação causal
entre os ataques ao Judiciário e os atos de 8 de janeiro é muito evidente”,
afirmou.
Acusações
da PGR e próximos julgamentos.
Fonte:
Brasil 247

Nenhum comentário:
Postar um comentário