ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.
EDIÇÃO DE Nº 3134
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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quarta - feira, 22/ 10/ 2025.
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 Supremo Tribunal Federal publicou o acórdão da
Ação Penal 2668, que torna definitiva a condenação de Jair Bolsonaro (PL) a 27
anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. 
           O documento, com quase 2 mil páginas,
formaliza o crime de liderança de uma organização criminosa armada que tentou
abolir o Estado Democrático de Direito.
          A publicação não apenas
abre prazo para recursos, como também muda o compasso político à direita. 
         A possibilidade concreta de prisão em
regime fechado, além da domiciliar, pressiona o ex-presidente a definir o
sucessor e se afastar da disputa presidencial de 2026.
          Nos bastidores, a leitura é clara:
Bolsonaro tenta preservar influência negociando a cabeça da chapa, com Tarcísio
de Freitas (Republicanos-SP) como candidato natural, e um familiar seu, Flávio,
Michelle ou Eduardo Bolsonaro, como vice. O movimento seria uma forma de manter
o clã na arena sem desafiar abertamente o STF, nem colocar o ex-mandatário no
centro do palanque.
          Mas há um paradoxo em curso. A
permanência de Bolsonaro “dando as cartas” é o que mais afugenta Tarcísio, que
busca se descolar da tutela direta do ex-presidente para solidificar o apoio
dos oligarcas da Faria Lima e moderar o discurso. 
         O governador paulista quer ser a
alternativa conservadora viável, sem carregar o fardo jurídico do bolsonarismo,
e cada novo passo do Supremo reforça esse dilema.
        Nesse vácuo, cresce o nome do
governador do Paraná, Ratinho Júnior, que observa o cenário como um tertius da
direita, capaz de ocupar o espaço deixado por Tarcísio ou mesmo substituí-lo,
caso a disputa se desfaça. 
        Ratinho, que hoje está no PSD, poderá
migrar para o PL, destino provável também de Tarcísio, caso a direita precise
de uma nova cabeça de chapa.
          Informações de coxia em Brasília
apontam um Tarcísio titubeante, receoso de perder o controle sobre São Paulo,
mesmo com as, “garantias”, oferecidas pelos oligarcas do sistema financeiro e
da velha mídia, que já consideram a possibilidade de uma pluralidade de
candidaturas ao Planalto caso o governador paulista desista da corrida
presidencial.
Com ou sem Tarcísio, seja Ratinho, Caiado ou Zema, ou todos eles juntos, o franco favorito para vencer as eleições de 2026 continua sendo o presidente Lula (PT).
          E que fique claro: não é torcida, mas
constatação dos levantamentos dos principais institutos de pesquisa,
financiados, ironicamente, pela própria Faria Lima.
          Portanto, o acórdão do STF é mais que
uma sentença judicial: é o som de um relógio político. 
          O tique da Justiça marca o avanço
inexorável do processo penal, enquanto o taque das alianças eleitorais anuncia
um rearranjo inevitável. E, no ritmo desse compasso, Bolsonaro se vê entre dois
caminhos, a cela ou a herança.
Fonte: Blog do esmael.

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