Jornal, online, Angico dos Dias Notícias, “Blog”.
Edição de Nº 1620, (publicações no blog).
Campo Alegre de Lourdes/BA, Brasil. Quinta Feira . 28.
12. 2017.
WhatSapp 74 99907 9863
A
Primeira Turma da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia
(TJ-BA) negou liberdade a três presos e denunciados no âmbito da Operação
Fantasma, que investiga um esquema de corrupção na locação de veículos em
Remanso, na Bahia.
Segundo o Ministério Público da Bahia
(MP-BA), foram desviados mais de R$
13 milhões por meio das fraudes. Por unanimidade, os
desembargadores indeferiram os pedidos de habeas corpus feitos pelas defesas de
Arismar da Silva e Sousa, Ulisses de Araújo Costa Assis e Felipe Santos Costa.
De acordo com as investigações, as fraudes ocorreram entre os anos de 2013 e
2016, durante o mandato do ex-prefeito Celso Silva e Souza, um dos presos na
Operação. A quantia milionária foi desviada por intermédio da empresa JMC
Construtora, Comércio e Serviços Ltda. Irmão do ex-gestor, Arismar, que foi
secretário de Administração e Finanças do município, é acusado de liderar a
quadrilha com Celso.
As investigações
apontam que ele abria licitações, realizando contratações fraudulentas, além de
selecionar beneficiários de contratos de sublocação de veículos, determinando
pagamentos ilícitos. Ainda segundo o MP, Arismar usava o dinheiro vindo de
corrupção para pagar despesas pessoais. Já Felipe é acusado de apresentar 300
documentos falsos para beneficiar a JMC, atestando mensalmente que os serviços
de locação contratados entre a empresa e o município eram prestados
regularmente. Em troca, recebia R$ 5 mil mensais.
Apontado como
outro membro do esquema, Ulisses, que foi membro da comissão permanente de
licitações e pregoeiro de Remanso, simulava licitações, elaborando propostas e
documentos que deveria ser apresentados pela JMC. Além disso, se omitia,
dolosamente, da obrigação legal de dar publicidade aos certames. Ao negar
liberdade ao trio, os desembargadores discordaram da argumentação da defesa de
que as prisões causaram constrangimento ilegal a eles.
Acusados de
envolvimento nas fraudes, Celso, o atual presidente da Câmara, Cândido
Francelino de Almeida, e o empresário José Mário da Conceição foram liberados
da prisão após decisão da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por
Organização Criminosa.
Ainda de acordo
informações, as investigações continuam, e a qualquer momento pode chegar ao
chefe maior da organização criminosa, e outras pessoas do pesado esquema. (BN)
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