ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.
EDIÇÃO DE Nº 3066
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
e-mail: angicodosdias2014@gmail.com
quarta - feira, 02/ 07/ 2025.
redução das queimadas de janeiro a junho deste
ano de 2025 foi identificada no Pantanal, na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado.
Foto: O Tempo.
A diminuição da seca mais um conjunto
de medidas do Governo Federal e dos governos estaduais contribuíram para a diminuição
dos incêndios.
O Brasil registrou queda
de 65,8% nas áreas queimadas de janeiro a junho de 2025 em relação ao primeiro
semestre de 2024. Em números absolutos, o país saiu de 3,1 milhões de hectares
queimados no primeiro semestre de 2024 para cerca de 1 milhão nos primeiros
seis meses de 2025.
Os dados, divulgados pelo Ministério
do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) nesta quarta-feira (2/7), são do
Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ).
Análise do Sistema BDQueimadas, do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revela também a diminuição de
46,4% no número de focos de calor no primeiro semestre de 2025 na comparação ao
mesmo período de 2024.
Ao todo, foram identificados 19.277
focos de calor de janeiro a junho de 2025, o menor dado já alcançado desde
2018. Nos primeiros seis meses de 2024, foram mapeados 35.938 focos de calor.
O levantamento identificou que a redução
nas áreas queimadas e nos focos de calor ocorreu em quatro dos seis biomas
brasileiros.
Os resultados são reflexo de condições
de seca e riscos de incêndios menos severas em 2025, após situações atípicas em
2023 e 2024, somadas a um conjunto de esforços adotado pelo governo federal em
parceria com estados para enfrentar os incêndios.
"A mudança do clima tem como um
de seus impactos a intensificação dos incêndios florestais. Temperaturas mais
elevadas, menos precipitação e aumento da quantidade de dias consecutivos sem
chuvas tornam a floresta mais suscetível à queima”, destacou a ministra do Meio
Ambiente Mudança do Clima, Marina Silva.
“Prevenir e combater os incêndios é prioridade
absoluta do governo do presidente Lula, que no último ano trabalhou
incansavelmente junto a estados, municípios, academia, setor privado e
sociedade civil para implementar um modelo de governança do fogo à altura do
desafio imposto pelo aquecimento global.”
As ações incluem a contratação, em
2025, do maior contingente de brigadistas federais da história – 4.385
profissionais, o que representa aumento de 26% em relação a 2024, e a
implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, aprovada pelo Congresso
Nacional e sancionada pelo presidente Lula em julho de 2024, que estabelece a
coordenação entre governo federal, estados, municípios, setor privado e
sociedade civil para fortalecimento e ampliação de medidas de prevenção,
preparação e controle de incêndios.
Além disso, desde 2023, o Fundo
Amazônia aprovou R$ 405 milhões para apoiar os Corpos de Bombeiros dos nove
estados da Amazônia Legal na prevenção e combate a incêndios florestais.
Destes, já foram contratados 370
milhões. São projetos no valor de R$ 45 milhões cada para Roraima, Amapá, Pará,
Amazonas, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins e de aproximadamente R$ 21 milhões
e R$ 34 milhões para Acre e Rondônia, respectivamente.
Em janeiro de 2025, houve, ainda, a
contratação de sete novos helicópteros para uso do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em ações de enfrentamento
aos incêndios.
A renovação da frota aumenta em 75% a
capacidade de transporte de agentes e brigadistas, em 40% a quantidade de horas
de voo por ano e em 133% a capacidade de lançamento de água em comparação à
frota anterior.
O MMA também promove encontros
periódicos com especialistas de órgãos federais e da academia para analisar as
projeções climáticas e o risco de incêndios florestais para os próximos meses.
Embora, na última reunião, realizada
no fim de junho, as informações apresentadas indicaram que a seca e o perigo de
fogo estão menos críticos em 2025 na comparação com o ano anterior, a situação
ainda exige atenção e acompanhamento contínuo pelos governos federal, estaduais
e municipais. Saiba mais aqui .
Redução
em quatro dos seis biomas.
O Pantanal foi o bioma com o recuo
mais acentuado nas áreas queimadas em 2025 (13,4 mil hectares), com queda de
97,8% em relação a 2024 (607,9 mil hectares). Em focos de calor, a redução
também foi expressiva.
O bioma alcançou 97,6% de redução, com 86 pontos detectados no primeiro
semestre de 2025, diante dos mais de 3,5 mil focos identificados no período
anterior.
A Amazônia foi o bioma com o segundo
melhor resultado em ambos os critérios. Foi identificada redução de 75,4% nas
áreas queimadas, com o registro de 247,9 mil hectares comprometidos no primeiro
semestre de 2025 frente a mais de 1 milhão de hectares queimados em 2024 no
mesmo intervalo temporal.
O primeiro semestre desse ano somou
5.169 focos de calor no bioma, o que representou uma redução de 61,7%, em
relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 13.489
focos de calor.
Em seguida, vem a Mata Atlântica, com
declínio de 69,7% da área atingida pelo fogo, saindo de 91,9 mil hectares no
primeiro semestre de 2024 para 27,8 mil hectares nesse período em 2025.
Em focos de calor, a diminuição foi
de 33,3%: 2.619 de janeiro a junho de 2025 ante 3.927 de janeiro a junho de
2024.
Já no Cerrado foi constatada queda de
47% nas áreas queimadas, com 724,6 mil hectares atingidos pelo fogo de janeiro
a junho de 2025.
No ciclo anterior, foram
identificados 1,3 milhão de hectares queimados. O bioma sofreu redução de 33,1%
em relação aos focos de calor no primeiro semestre de 2025 ( 8.854) na
comparação com o primeiro semestre de 2024 ( 13.229).
Pampa e Caatinga foram os únicos
biomas que registraram aumento nos dois indicadores.
As áreas queimadas na Caatinga saíram
de 34.426 para 38.374 hectares. Os focos de calor foram de 1.632 no primeiro
semestre de 2024 para 2.161 de janeiro a junho de 2025.
No Pampa, as áreas comprometidas pelo
fogo subiram de cerca de 7,1 mil para 11,5 mil nesse mesmo período. Já os focos
de calor passaram de 123, no primeiro semestre de 2024, para 388 em 2025.
Prevenção
e combate.
Confira as principais ações
implementadas pelo governo federal para prevenir e combater os incêndios florestais
para a temporada de 2025:
Desde 2023, o Fundo Amazônia aprovou
R$ 405 milhões para apoiar os Corpos de Bombeiros de nove estados da Amazônia
Legal no combate a incêndios florestais. Destes, já foram contratados 370
milhões.
São projetos no valor de R$ 45
milhões cada para Roraima, Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso e
Tocantins e de aproximadamente R$ 21 milhões e R$ 34 milhões para Acre e
Rondônia, respectivamente.
Aprovação, pelo Comitê Orientador do
Fundo Amazônia (COFA), do uso de recursos do Fundo para fortalecimento de ações
de prevenção e combate a incêndios também no Cerrado e Pantanal.
Apreciação, pela SubComissão do Plano
de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm),
de projeto para apoiar estados que abrangem os dois biomas (Mato Grosso do Sul,
Piauí, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal).
No valor de R$ 150 milhões, o projeto
foi apresentado ao Fundo Amazônia pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública
(MJSP) em parceria com o MMA;
Emprego de 4.385 brigadistas florestais
federais em 2025: 2.600 do Ibama e 1.785 do Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o que representa aumento de 26% em
relação a 2024 e o maior contingente da história;
Desde janeiro de 2025, realização de
quatro reuniões com especialistas de órgãos públicos e universidades para
avaliar a situação climática e previsões futuras, além de seu impacto sobre a
ocorrência de grandes incêndios florestais de comportamento extremo;
Promulgação da Lei nº 15.143/25 que
cria mecanismos para fortalecer a resposta a incêndios florestais no país
(junho de 2025).
Traz medidas como a possibilidade de
transferência de recursos diretamente do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA)
para estados e municípios, garante mais agilidade na contratação de
brigadistas, reduzindo o intervalo de sua recontratação para três meses, e
permite o uso de aeronaves estrangeiras em emergências ambientais;
Publicação de edital que prevê
recursos no valor de R$ 32 milhões do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) em
conjunto com o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD) para apoio a
municípios prioritários na Amazônia e Pantanal na implementação de Planos
Operativos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (junho de 2025);
Conclusão do Plano de Prevenção e
Combate a Incêndios do Bioma Pantanal para a temporada deste ano, elaborado
conjuntamente entre o governo federal e os estados que abrigam o bioma (maio de
2025). Os planos para os nove estados da Amazônia Legal estão em fase final de
formulação;
Retomada da Sala de Situação sobre
Incêndios do governo federal, integrada por 10 ministérios e outros seis órgãos
federais (maio de 2025).
O grupo se reúne de forma periódica para
monitorar a evolução do quadro climático e sua repercussão sobre o risco de
incêndios;
Veiculação de campanha de
prevenção e combate aos incêndios florestais criminosos na Amazônia Legal
voltada ao Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Roraima, estados que mais
sofreram com os incêndios no último ano (abril de maio de 2025);
Publicação de portaria pelo MMA
(nº1.327/2025) declarando emergência por risco de incêndios (março de 2025):
aponta áreas vulneráveis a incêndios em todo o país e os períodos de maior
risco para viabilizar a contratação emergencial de brigadistas federais e a atuação
de estados e municípios;
Publicação de Resolução do Comitê
Nacional de Manejo Integrado Fogo (COMIF) com orientações para a elaboração dos
Planos de Manejo Integrado do Fogo (PMIFs), que contêm diretrizes para ações de
queimas prescritas e controladas e de prevenção e combate aos incêndios
florestais (março de 2025).
Os PMIFs podem ser formulados por
pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, e entre seus objetivos está
a redução da extensão e severidade dos incêndios florestais;
Contratação de sete novos
helicópteros para uso do Ibama em ações de combate aos incêndios florestais
(janeiro de 2025): a renovação da frota aumenta em 75% a capacidade de
transporte de agentes e brigadistas, em 40% a quantidade de horas de voo por
ano e em 133% a capacidade de lançamento de água em comparação à frota
anterior;
Implementação da Política Nacional de
Manejo Integrado do Fogo (Lei 14.944/24), sancionada pelo presidente Lula em
julho de 2024, que estabelece a coordenação entre governo federal, estados,
municípios, setor privado e sociedade civil para que o fogo seja empregado de
forma controlada e consciente, com o objetivo de prevenir e combater incêndios,
conservar ecossistemas e respeitar práticas tradicionais;
Assinatura, pelo presidente Lula, do
Decreto nº 12.189, que aumenta as punições por incêndios florestais no país
(setembro de 2025).
Fonte: goive.br