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Jornal Edição da Manhã

4 de julho de 2025

O presidente Lula enfrentou o congresso nacional na guerra do IOF e no momento está conseguindo êxito a ponto de até a Rede Globo pedir arrego, “ conciliação”.

ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3069

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

e-mail: angicodosdias2014@gmail.com 

sexta - feira, 04/ 07/ 2025.        

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 Jornal Nacional, da TV Globo, escancarou o medo da velha mídia e dos oligarcas da Faria Lima diante do que chamaram de “polarização social” nas redes.


Foto: Quimicos Itaiba

          Quem venceu foi o povo, ou seja a parte da população menos favorecida, pois a elite brasileira e a extrema direita sempre fala em corte de gastos, mas na cabeça deles cortar gastos é e deve ser sempre tirando dos benefícios sociais, ou seja, sempre dos pobres.

         Para a elite carnívora do Brasil, que se hospeda na extrema direita bolsonarista, o trabalhador e o menos favorecido representa, apenas despesa para o país e por isto qual tipo de corte de gasto ou cobrança de imposto deve ser feito sobre estas classe sócias.

 

          Em tom quase suplicante, na noite desta quinta-feira (3), a emissora pediu que o PT e o campo progressista “mantenham a elegância” no debate digital, uma tentativa explícita de conter o desgaste público dos super-ricos após a queda do aumento do IOF.

         Por quase sete minutos no telejornal, a Globo fez o que sabe melhor: blindou os poderosos e tentou deslocar o foco das redes, onde milhões de brasileiros denunciam o abismo entre ricos e pobres no país.

         Não é exagero dizer que a derrota do governo Lula no Congresso, ao tentar manter o aumento do IOF, escancarou essa disputa de classes.

           O que os ricaços temem.

          Os donos do dinheiro, principalmente o setor financeiro representado pela Faria Lima, não escondem o desconforto. A queda do aumento do IOF, celebrada como vitória no Congresso, representa para eles a manutenção dos privilégios tributários.

          Enquanto isso, o governo e o PT tentam emplacar a narrativa de que apenas os super-ricos devem pagar mais impostos, uma estratégia que irrita os barões da mídia e do mercado.

          Foi neste cenário que o PT publicou vídeos nas redes sociais utilizando inteligência artificial, denunciando o “imposto injusto” do IOF e defendendo uma reforma tributária que atinja os mais ricos.

         A resposta da direita veio no mesmo tom: a Federação União Progressista (União Brasil e Progressistas) e outros grupos produziram seus próprios conteúdos em IA, acusando o PT de promover o discurso do “nós contra eles”.

         Mas o que tirou o sono da Globo e dos parlamentares foi a avalanche de vídeos e postagens sem assinatura partidária, que passaram a apontar diretamente o Congresso como responsável pela crise social e econômica, uma narrativa que, gostem ou não, ganhou corpo nas ruas e nas redes.

Congresso tenta conter o desgaste.

          Vídeos feitos com IA pedem que ricos rachem a conta de forma mais justa. Foto: reprodução/TV Globo

          O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi um dos principais alvos.

          Em reação pública, ele afirmou que o Brasil “não pode cair na armadilha da polarização social” e acusou o governo de estimular esse ambiente conflagrado:

          “Quem alimenta o ‘nós contra eles’ acaba governando contra todos”, disparou Motta, integrante do Centrão, que foi amparado pelo telejornal dos Marinho.

          Nos bastidores, o Planalto tentou baixar a temperatura. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), pediram à militância que evite ataques pessoais, embora tenham reafirmado a defesa da justiça tributária e a cobrança dos super-ricos.

          Já no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP) negou que o governo tenha qualquer envolvimento com ataques ao Congresso:

“Qualquer tipo de agressão dessa natureza é por nós condenado”, garantiu.

          Direita tenta emplacar narrativa de radicalização.

          A oposição, no entanto, explora o desgaste. Rogério Marinho (PL) e o deputado Zucco (PL) acusaram o governo de financiar uma “máquina digital” para promover divisão social e colocar o povo contra o Congresso e os empresários:

          “O que o PT faz nas redes é muito grave. Dividem o Brasil entre ricos e pobres, tentando culpar quem produz e gera emprego”, acusou Zucco, escalado pela Globo.

        Na análise do cientista político Carlos Pereira, o Planalto está cometendo um erro estratégico ao tentar responsabilizar o Congresso pela paralisia tributária:

        “No presidencialismo, é sempre o Executivo que paga o preço, para o bem ou para o mal”, resumiu à emissora.

          A extrema direita e os oligarcas “acusaram o golpe” do campo progressista no debate sobre taxação dos super-ricos. Foto: reprodução/TV Globo

          O que está por trás dessa disputa não é apenas um embate sobre o IOF ou a retórica de rede social. É a revelação crua da luta de classes no Brasil e o medo das elites de perder o controle sobre o orçamento público e o sistema tributário. A velha mídia, ao pedir arrego e pregar “elegância”, tenta conter um movimento que já não domina: o da indignação popular.

          O governo, pressionado, tenta equilibrar o discurso e o Congresso se vê na berlinda. Mas uma coisa é certa: o debate sobre justiça social e tributária só começou, e não será a Globo que vai conseguir calá-lo.

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          Oligarcas do sistema financeiro ficam sitiados pelo MST em São Paulo.

          Lula desafia Faria Lima e vai às ruas por taxação dos super-ricos.

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Fonte: Blog do Esmael.

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