Edição da Manhã.

Jornal Edição da Manhã

5 de setembro de 2019

Mensagens mostram que procurador tinha apoio de colegas do MPF para a candidatura, cogitada ao longo de um ano. Ele acreditava que 'seria facilmente eleito’


JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS  EDIÇÃO DE Nº 20178, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL. quarta - FEIRA. 05, 09, 2019.



O
procurador Deltan Dallagnol considerou
durante mais de um ano se candidatar ao Senado nas eleições de 2018, revelam mensagens trocadas via Telegram e entregues ao Intercept por uma fonte anônima.

         Num chat consigo mesmo, que funcionava como espaço de reflexão do procurador, ele chegou a se considerar “provavelmente eleito”. Também avaliou que a mudança que desejava implantar no país dependeria de “o MPF lançar um candidato por Estado” — uma evidente atuação partidária do Ministério Público Federal, proibida pela Constituição.

 
          As mensagens indicam, ainda, que a candidatura não era meramente um plano pessoal de Dallagnol, mas, diante de um “sistema político derrubado”, um desejo de procuradores que ia além da Lava Jato e do Paraná. Em mais de um momento, ele afirma que teria apoio da força-tarefa caso decidisse concorrer, o que indica que isso foi tema de debates internos.
 
          O procurador também dá a entender ter tratado da candidatura com figuras como o jurista Joaquim Falcão, professor da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, ex-presidente da Fundação Roberto Marinho e membro da Academia Brasileira de Letras.
 
        Apesar de levar em conta relatos de conselheiros que viam a política como algo que estava em seu destino, Dallagnol decidiu no final de 2017 permanecer procurador da República, mas não abandonou a ideia de ver seu retrato nas urnas eletrônicas.
           “Tenhoapenas 37 anos. A terceira tentação de Jesus no deserto foi um atalho para o reinado. Apesar de em 2022 ter renovação de só 1 vaga e de ser Álvaro Dias, se for para ser, será. Posso traçar plano focado em fazer mudanças e que pode acabar tendo como efeito manter essa porta aberta”, escreveu, em 29 de janeiro de 2018, numa longa mensagem enviada para ele mesmo.

         A referência é ao senador paranaense Alvaro Dias, do Podemos, aliado da Lava Jato poupado pelas investigações da operação, cujo mandato termina em 2022. Dallagnol havia recebido um convite para ser candidato ao Senado naquele mês — justamente pelo partido de Dias — entregue por outro procurador da Lava Jato, Diogo Castor de Mattos. Poucos dias depois, fez a longa ponderação em que pesava os prós e contras de uma aventura política, também em um texto que enviou pelo Telegram para si próprio.
 
          Na reflexão, ele se via dividido entre três opções. A primeira era se candidatar ao Senado, pois julgava que seria “facilmente eleito” e via “circunstâncias apontando possivelmente nessa direção”, entre elas o fato de que “todos na LJ apoiariam a decisão” de apresentar seu nome aos eleitores, em suas próprias palavras.
 
          Ainda assim, o procurador via “risco para a Lava Jato porque muitas pessoas farão uma leitura retrospectiva com uma interpretação de que a atuação desde sempre foi política”. “Pior ainda, pode macular mais do que a Lava Jato, mas o movimento anticorrupção como um todo, que pode parecer politicamente motivado. Por fim, a candidatura pode macular as 10+ como uma plataforma pessoal ou de Deltan para eleição, retirando aura técnica e apartidária”, preocupou-se.


          “Há ainda quem leia que uma atuação simbólica como a de Randolfeé inócua (como Josias de Souza), embora eu discorde (com Michael Mohallem). Além disso, ainda que seja algo que está no meu destino, como Joaquim Falcão disse, sair agora seria muito arriscado e não produtivo em comparação com outras opções”, prosseguiu Dallagnol.

         Ao Intercept, Josias de Souza e Mohallem confirmaram que tiveram conversas com Dallagnol no teor mencionado pelo procurador em sua reflexão. Falcão não foi encontrado para comentar.

         A segunda opção colocada pelo procurador para si mesmo era prosseguir na carreira no Ministério Público Federal. “Lutar pela renovação enquanto procurador: mantém a credibilidade, mas perde a intensidade que seria necessária”, avaliou. “Precisaria me dedicar bastante a isso e me programar. Para aumentar a influência, precisaria muito começar uma iniciativa de grupos de ação cidadã. Dois pilares seriam: grupos de ação cidadã em igrejas e viagens. Tem um risco de CNMP, mas é pagável, cabendo fazer uma pesquisa de campanhas públicas (de órgãos) de voto consciente, para me proteger.”

         ‘Vc se elege fácil e impede um dos nossos inimigos no Senado: Requiao ou Gleise caem’.

         Por fim, a terceira possibilidade analisada por Dallagnol em janeiro de 2018 era deixar a carreira de procurador sem abraçar a política partidária. “Lutar pela renovação enquanto cidadão, pedindo exoneração: esta seria a solução ideal pela perspectiva da credibilidade (não seria político, mas ativista) e de intensidade (“Não vote em Fulano). Perderia um pouco de credibilidade e visibilidade, por deixar a posição pública de coordenador da operação. Não teria riscos de corregedoria. Poderia me dedicar integralmente às 10+”, calculou.

          Afinal, por enxergar “riscos concretos à causa anticorrupção”, Dallagnol decidiu ficar no MPF, embora não tenha descartado concorrer em 2022. Até lá as condições para que procuradores possam disputar eleições podem mudar, graças a uma iniciativa da associação de classe que busca garantir a eles o direito de serem candidatos sem abandonarem os cargos no Ministério Público.


‘AJUDA SE O MPF LANÇAR UM CANDIDATO POR ESTADO’




          A PRIMEIRA MENÇÃO à aventura política de Deltan Dallagnol no Telegram surgiu em meados de dezembro de 2016, numa conversa entre ele e o procurador Vladimir Aras, que trabalhava em Brasília. Aras é próximo de Dallagnol, e foi apoiado por ele como sucessor de Raquel Dodge na PGR.

         “Vc tem de pensar no Senado”, escreveu Aras, então chefe da Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria Geral da República. A resposta de Dallagnol deixou claro que o tema não era novidade nas conversas entre os procuradores. Eram tempos em que a Lava Jato se sentia ameaçada. Dois dias antes, em uma audiência, os advogados de Lula haviam discutido com Sergio Moro, afirmando que ele estava atuando como “acusador principal”, e não como juiz.

   Em resposta, a associação de juízes federais publicou nota repudiando o que chamou de estratégia dos advogados de Lula para afastar Moro da Lava Jato. No dia seguinte à publicação da nota — e horas após a conversa entre Aras e Dallagnol –, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, publicou um comunicado interno dizendo que a Lava Jato “desagrada parte da estrutura de poder”.
Em meio a isso tudo, Aras sugeriu que Dallagnol buscasse uma vaga no Senado, tirando de lá políticos que via como “inimigos” da Lava Jato.


14 de dezembro de 2016 – Chat privado.


          Vladimir Aras – 10:30:29  Vc tem de pensar no Senado
Deltan Dallagnol – 12:58:02 – Obrigado pelo incentivo, mas vejo muitos poréns

Aras – 13:09:38  Vc se elege fácil e impede um dos nossos inimigos no Senado: Requiaoou Gleisecaem.


Dallagnol – 13:29:56  Não resolve o problema. Ajuda se o MPF lançar um candidato por Estado. Seria totalmente diferente e daria trabalho, mas pode ser uma das estratégias para uma saída.

Dallagnol – 13:30:22  No PRnão precisaria ser eu rs, mas eu apoiaria fortemente essa rede de candidatos.

Dallagnol – 13:30:44  Ou pensamos alguma saída maluca, ou estamos ferrados.


Aras – 13:45:12 Vc e Moro




Aras – 13:45:14 Ou Carlos




‘GANHA MENOS, TEM MENOS FÉRIAS, FICA TOMANDO PEDRADA’.

MESES DEPOIS, NO COMEÇO DE 2017, a possível candidatura se espalhou pelos corredores do Ministério Público Federal. A procuradora Luciana Asper, do Distrito Federal, voluntária da campanha pelas dez medidas, abordou Dallagnol em março daquele ano. Ele desconversou — mas não negou.

1º de março de 2017 – Chat privado.

Luciana Asper Valdir – 10:41:42 – Tem alguma chance de vc se candidatar a senador?? Alguns estão me perguntando.

Deltan Dallagnol – 11:49:16 https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/06/emojithumbsup-1560350476.png?auto=compress%2Cformat&q=90

Dallagnol – 11:49:22 Valeu Lu!

Dallagnol – 11:50:43 Não tem urgência, vou aguardar então, obrigado!

Dallagnol – 11:57:18 – Eu não gostaria, sendo sincero, por uma série de razões. Não é meu perfil, é uma turbulência na vida familiar, ganha menos, tem menos férias, fica tomando pedrada na vitrine num jogo de menitras, correria um risco grande ao me desligar do MPF, tem a questão da LJ etc. Contudo, tem muitas pessoas que respeito muito que estão incentivando, inclusive o pessoal da LJ. Hoje, descogito, e essa é a melhor resposta para quem pergunta, até para não expor o caso. A verdade é que quero em minha vida, em primeiro lugar, servir a Deus, e a Bíblia coloca que a vida do cristão é como o vento, que não sabe para onde vai. Se um dia decidir tentar, é porque entendi que é o melhor modo de servir a Deus e aos homens e por puro espírito público, porque vontade não tenho, Lu. Qual a sua impressão?

Luciana Asper Valdir – 13:48:35 Entendo vc perfeitamente! Penso exatamente como vc. E confio plenamente que Deus o guiará em todos os caminhos. Vc ouvirá a voz Dele e Ele te colocará onde Ele precisa para continuar no caminho de restauração do que deveria ser está nação que Ele agraciou com tantas bênçãos e foi tão maltratada pelos líderes até hj. Eu confesso que peço todos os dias a Deus para colocar o poder neste país nas mãos dos filhos Dele, verdadeiros cristãos que queiram dar a prosperidade planejada para este Brasil. Falta liderança do bem em todos os cantos. Vc já fez alguma escola no Mpf. Precisamos de um novo congresso sem duvida. Difícil avançarmos com o que vemos por lá. Precisamos de lideranças em todos os cantos! Deixa Deus te guiar que Ele saberá exatamente onde vc deve estar! https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/08/folded-hands-1567524588.png?auto=compress%2Cformat&q=90https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/08/folded-hands-1567524588.png?auto=compress%2Cformat&q=90https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/08/folded-hands-1567524588.png?auto=compress%2Cformat&q=90https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/08/folded-hands-1567524588.png?auto=compress%2Cformat&q=90
Dallagnol – 14:02:12 – https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/06/emojithumbsup-1560350476.png?auto=compress%2Cformat&q=90https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/06/emojithumbsup-1560350476.png?auto=compress%2Cformat&q=90https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/06/emojithumbsup-1560350476.png?auto=compress%2Cformat&q=90 Valeu Lu. Quando lembrar, ore por favor pelas decisões que tomamos aqui.
Luciana Asper Valdir – 14:40:25 – Sim. Sempre! https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/08/folded-hands-1567524588.png?auto=compress%2Cformat&q=90https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/08/folded-hands-1567524588.png?auto=compress%2Cformat&q=90https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2019/08/folded-hands-1567524588.png?auto=compress%2Cformat&q=90


‘NÃO DESCARTO, MAS NÃO CONSIDERO COMPLETAMENTE’
EM JULHO DAQUELE ANO, o boato chegou à procuradora Anamara Osório, que enviou via Telegram a seguinte mensagem a Dallagnol: “Delta!!!! Você senador para já!! Vamos falar disso?! O que vc precisa? Hehe”. O chefe da Lava Jato não respondeu.
As conversas indicam que Osório comentou o assunto com a procuradora Thaméa Danelon, à época integrante da Lava Jato em São Paulo.
Com Danelon, de quem é mais próximo, no entanto, Dallagnol foi bem mais aberto.

9 de setembro de 2017 – Chat privado.

Thaméa Danelon – 20:08:58 Oi amigo. Vc vai sair para senador ano q vem?

Danelon – 20:13:06  Anamara acabou de me falar!

Deltan Dallagnol – 23:34:45  Não que eu saiba rs

Dallagnol – 23:35:21 A fonte deve ser o Reinaldo Azevedo rs
Dallagnol – 23:35:39  Tem muita gente incentivando, mas por enquanto acho que não é o caso


A conversa entrou madrugada adentro.

10 de setembro de 2017 – Chat privado.

Thaméa Danelon – 01:47:47  Parece q saiu na globonews

Danelon – 01:47:55 – A Anamara me confirmou Tb.

Danelon – 01:48:05  Mas se não quiser falar ok

Danelon – 01:48:11  Mas vc terá sempre meu apoio

Deltan Dallagnol – 10:50:37 Valeu Tamis. Não descarto, mas não considero completamente. Jamais falaria com partido agora, seria de idiotice total. Exporia a LJ. O que Cristiana Lobo disse é que “corre em Curitiba como certo que…”. Mas é um boato falso. Jamais falei com o Álvaro Dias ou pessoas ligadas a ele sobre esse assunto.


Num grupo chamado Trinca de três, que reunia o executivo de planos de saúde Fabio Oliveira e o advogado Hadler Favarin Martines, fundadores do Instituto Mude e frequentadores da mesma igreja batista de Dallagnol em Curitiba, a candidatura também foi discutida.

1º de novembro de 2017 – Grupo Trinca de três;

Fabio Oliveira – 13:16:25  Manos, seguinte. Ontem almocei com o Campagnoloe foi uma conversa muito produtiva. Ele mesmo falou que tanto ele quanto eu e o Deltan estamos vivendo situações familiares/profissional muito parecidas. Em relação a uma possível candidatura dele, minha e tua, ele disse que o ideal seria começar um processo de exposição. Com isso em mente, ele convidou o Mude para falar no evento do dia 23 em Foz. Massa né?

Oliveira – 13:18:36  Resolvi trocar uma ideia com vocês (tirando a situação da SUPRIMIDO um pouco de foco) pra ver o que vocês acham e também pq fui ver preço de passagem e está na casa dos 2k. O Campagnolo adiantou que o hotel ele consegue para mim mas passagem não. Pensei em ir até de carro, se for o caso.

Oliveira – 13:22:03  Lembrando que o Deltan também falará no mesmo evento.
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Eleito presidente da Federação da Indústria do Paraná, a Fiep, com o apoio do antecessor, Rodrigo Rocha Loures, pai do deputado Rodrigo da Rocha Loures, o “homem da mala” de Michel Temer, e filiado ao PRB, atual Republicanos, braço político da Igreja Universal, Edson Campagnolo foi cotado para ser candidato a vice-governador do Paraná em 2018.

‘Que possamos incendiar, juntos, corações, por mudanças’.

Há algumas semanas, um vice-presidente da Fiep, a federação das indústrias do Paraná, o acusou de fazer pagamentos ilegais a si mesmo enquanto comandava a entidade, segundo reportagem do UOL. Ele negou. À época das conversas, porém, a acusação não era pública.

Foi justamente a Hadler Martines, que no Linkedin se identifica como sócio da multinacional de consultoria e auditoria empresarial PwC no Brasil, que Dallagnol comunicou sua decisão de não se candidatar, no fim de 2017.

18 de dezembro de 2017 – Chat privado.

Deltan Dallagnol – 22:36:55  Grande Hadler, após muita reflexão, oração, ouvir muitas pessoas e chegando a um nível de convicção pessoal e fé bastante alto quanto ao que é melhor pensando em termos de movimento anticorrupção, ontem me antecipei ao meu deadline auto-imposto (tinha me colocado um deadline no fim de janeiro) e decidi não vou sair do MPF em 2018. Posso contar mais detalhes quando conversarmos pessoalmente, mas quis adiantar isso em primeira mão para Vc.


A resposta viria no dia seguinte.

19 de dezembro de 2017 – Chat privado.

Hadler Favarin Martines – 21:14:41 Fala Delta! Cara, você terá meu apoio independente da decisão que tomar. Concordo que uma candidatura neste momento poderia envolver muitos riscos e no MPF você ainda tem muito a contribuir. Pessoalmente, acho que você é uma das maiores lideranças jovem do Brasil e isso poderá abrir grandes portas no futuro. Quem sabe num futuro próximo um cargo político possa ser interessante. Deus te abençoe! Conte comigo. Abs

Deltan Dallagnol – 22:45:49 – Valeu irmãozinho pelo apoio e incentivo sempre. Sem Vocês seria uma brasa longe do fogo. Que possamos incendiar, juntos, corações, por mudanças. Grande abraço


‘VC FICOU MAIOR DO QUE O CARGO DE PROCURADOR’


          AO INTERCEPT, MICHAEL MOHALLEM, pesquisador do Programa de Transparência Pública da FGV no Rio, confirmou que conversou com Deltan Dallagnol a respeito de uma eventual candidatura do procurador ao Senado.

          “Eu tinha um projeto de pesquisa da Transparência Internacional e ele por vezes participou de algumas reuniões, como colaborador. Me lembro, antes de alguns desses encontros, dele comentar não da intenção de se candidatar, mas numa possibilidade vaga. Objetivamente, sim, em algum momento ele comentou sobre a possibilidade [de ser candidato ao Senado]”, relatou Mohallem.

         “Não sei dizer a data, mas foi bem antes das eleições do prazo legal para ele sair da carreira. Eu conheci Deltan naquele período, não é um amigo, um conhecido de longa data. Ele não tinha liberdade para eu aconselhá-lo a sair ou não [candidato]. E não me lembro dele perguntar qual minha opinião [a esse respeito], mas mais sobre impactos a Lava Jato, como eu pesquiso corrupção. Ele não queria impactos negativos para a operação”, ele disse.

          “Ele [Dallagnol] não falou em ser candidato, claramente, mas em ter procuradores [concorrendo] na eleição do ano que vinha. Até fui atrás, mas não apareceram. Foi após uma entrevista em vídeo, feita na [sede da] Procuradoria [Geral da República], em Brasília, em outubro de 2017. Após a entrevista, os cinegrafistas estavam desmontando os equipamentos e houve essa rápida conversa”, relembrou o jornalista Josias de Souza.

          “Ele disse que às vezes tinha a impressão de que tinha de haver procuradores no Congresso, que a coisa daí talvez caminhasse. Seria um erro capital, eu falei, porque vocês como procuradores realizam um trabalho meritório. Se vão para o Senado, primeiro comprometem esse trabalho e, em segundo lugar, lá gente muito bem intencionada, e citei o exemplo de Ranfolfe [Rodrigues], não tem retaguarda partidária, e tem atuação que não resulta na concretização das boas intenções”, prosseguiu o colunista do UOL.

            Também ligado à FGV Rio, Joaquim Falcão está em viagem ao exterior e não foi localizado para falar, informou a assessoria da instituição. O espaço está aberto para a manifestação dele.

          Pedimos, novamente, uma entrevista a Dallagnol para que o procurador falasse sobre suas ambições políticas. Ele voltou a se recusar e preferiu responder via assessoria: “O procurador Deltan Dallagnol se lembra de ter feito reflexões sobre esse assunto, mas não vai comentar pensamentos ou cogitações de caráter íntimo. As mensagens são oriundas de crime cibernético e têm sido usadas fora do contexto para acusações falsas”.

          Ao contrário do que acusa o procurador, o Intercept lembra que o arquivo da Vaza Jato foi entregue por uma fonte anônima, o que é lícito e legítimo no jornalismo, e que trabalha para que elas sejam reportadas dentro do contexto adequado. 

           “A troca de mensagens expostas se deu no nível pessoal e informal. Tais conjecturas jamais foram levadas ao Conselho ou diretoria do Mude e se tivessem sido levadas não seriam apoiadas. O Mude não tem e nunca teve intenção de apoiar ou lançar candidatos de qualquer matriz ideológica”, disseram, em nota, Patricia Alves Fehrmann e Gisele Jansen, respectivamente diretora-executiva e vice-presidente do Instituto Mude.

          Correção: 3 de setembro, 22h40

          Uma versão anterior dessa reportagem dizia que Deltan Dallaganol via a política como “algo que está no meu destino”. A frase, no entanto, era atribuída pelo procurador a Joaquim Falcão. O texto foi corrigido.

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Deltan marcou reunião com instituto na sede do MP, contrariando Código de Ética.


JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS  EDIÇÃO DE Nº 20178, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL. quinta - FEIRA. 05, 09, 2019.


O
 Código de Ética e de Conduta do MP diz que é vedado aos servidores “utilizar bens do patrimônio institucional para atendimento de atividades de interesse”.


          O Presidente do Instituto Mude, Hadler Martines, aconselhou o procurador que isso poderia prejudicar sua imagem, mas Deltan Dallagnol respondeu: "não acho que vaze"


          O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, atuou junto a diversos empresários para arrecadar doações privadas para o Instituto Mude - Chega de Corrupção e chegou a fazer uma reunião na sede da Procuradoria Geral da República com membros da entidade, o que contraria o Código de Ética do órgão.

          As informações constam em novas mensagens vazadas pelo site The Intercept em nova parceria com a Agência Pública, que publicou pela primeira vez nesta segunda-feira 2 uma reportagem da Vaza Jato. Leia a íntegra aqui.

         O Código de Ética e de Conduta do Ministério Público da União, assinado em setembro de 2017 pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot, diz que é vedado aos servidores do Ministério Público da União “utilizar bens do patrimônio institucional para atendimento de atividades de interesse”. O documento destaca também que é compromisso de conduta ética dos procuradores “atuar com imparcialidade no desempenho das atribuições funcionais, não permitindo que convicções de ordem político-partidária, religiosa ou ideológica afetem sua isenção”, destaca a reportagem da Pública.

          Os encontros que Deltan teve com empresários provocou ao menos um efeito prático nas investigações: a advogada Patrícia Tendrich Pires Coelho, investidora anjo do Instituto, era citada como investigada na Lava Jato, mas apenas seus sócios foram alvo de denúncia. Deltan sabia da inclusão do nome de Patrícia entre os citados, mas mesmo assim não se afastou da empresária, muito menos recusou suas doações.
          A reunião na sede do MP foi motivo de receio pelo próprio presidente do Instituto Mude, Hadler Martines, que aconselhou o procurador a usar as instalações do órgão para preservar sua imagem. Deltan Dallagnol, no entanto, respondeu: "Qual o receio? Acho que não tem problema Hadler... Só se for ciumeira de outros movimentos, mas não acho que vaze se fizermos na sede".
          Em outro trecho, a reportagem informa: "No ano passado, Deltan Dallagnol também usou a sede da Procuradoria em São Paulo para se reunir com empresários convidados pelo instituto. “Oi Grazi prazer! para quarta dia 09 temos cerca de 10 empresários de grandes empresas confirmados. Convidados do movimento Mude.
           Na procuradoria, (14:00), horas com Dr Deltan. “Mas ele disse que podemos ter até 20”, escreveu. E prossegue dizendo que a assessora “passou uma lista de pessoas que ele poderia aproveitar a oportunidade de falar”, escreveu Patrícia Fehrmann no dia 7 de maio de 2018, no chat Palestras das Novas Medidas – A Grande Chance, onde eram organizadas as agendas de palestras do procurador."

3 de setembro de 2019

Valdir Gomes de Lima: Maria Salvadora do Angico dos Dias , ( Açu), foi assassinada em São Paulo na madrugada de sábado para domingo.


JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS  EDIÇÃO DE Nº 20177, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL. TERÇA - FEIRA. 03, 09, 2019.





M
aria Salvadora Dias de Oliveira, filha do senhor José, conhecido como, ( Zezão do Chico Satu), do povoado Açu, pertencente a Fazenda Angico, próximo ao Angico dos Dias, foi assassinada,  em uma casa do norte, no Parque dos Camargos, em Barueri São Paulo, no final de semana passado, ( 01, 09, 2019), por volta de 1:30 da madrugada de sábado  para domingo.

Fonte da foto:  Site Visão Oeste.


          O corpo foi transferido para, Açú,  “Angico dos Dias”, onde chegou por volta das 10 horas da manhã e foi sepultado à tarde.

Leia na integra uma matéria publicada no site Visão Oeste sobre o acontecimento.


Veja o vídeo abaixo.




             As fotos abaixo foram repassadas por uma fonte não identificada.

  Foto do suposto perfil no Facebook, do acusado de assassinato, da jovem Maria Salvadora Dias de Oliveira.

    Só as autoridades competentes podem, legalmente, fazer prevalecer a justiça), sejam cautelosos, pois nunca se deve tomar decisões embasados em, apenas  fotos, para que inocentes não sejam injustiçado.

Foto do acusado, que se encontra no perfil do facebook, segundo a fonte.


          As empresa e os demais individuas da foto não têm relação alguma com o caso do assassinato, apenas servem de uma possível referência para identificação e capturar  do réu.

          Segundo informações esta foto é do acusado prestando serviço em uma empresa de segurança, por nome NEON.

 
       Maria Salvadora Dias de Oliveira, de 37 anos, morreu após ser agredida por Valdir Gomes de Lima, 50, em uma casa do norte, no Parque dos Camargos, em Barueri, neste fim de semana.


       Os dois discutiram após ela reclamar de um comentário feito pelo homem. Até que ela o agarrou pelo pescoço e ele deu dois tapas nela, que caiu no chão. Então, Valdir continuado as agressões, chutando a cabeça dela.

       Maria Salvadora teve traumatismo cranioencefálico. O homem fugiu após o crime e é procurado pela polícia.


Faleceu ontem Deonival Ferreira Bastos, (Galego da Barra), faleceu ontem, (02, 09, 2019).




JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS  EDIÇÃO DE Nº 20176, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL. Terça - FEIRA. 03, 09, 2019.

Comunicado de Utilidade Pública.

Nota fúnebre!
Luto
          

O
 Governo Municipal de Campo Alegre de Lourdes manifestou sentimento de solidariedade e sentimento de perca com o falecimento de Deonival Ferreira Bastos, para as politicas sociais e econômicas do município, pois segundo a avaliação do governo o jovem Galego já havia contribuído e muito e ainda teria muito a contribuir, para o desenvolvimento da comunidade Barra, onde o saudoso Galego morava e para todo o município.



          O jovem de 27 anos, Deonival Ferreira Bastos, ( Galego da Barra), faleceu ontem, (02, 09, 2019), na unidade de pronto Atendimento, São Raimundo Nonato, no Piauí. Segundo informações ele teve um AVC, (ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL). Em seguida duas paradas cardiorrespiratórias, que cominou, ( causou), a morte do mesmo.

          O Editor do Jornal online Angico dos Dias Notícias, Dorgival Farias, também, se solidariza com o sentimento de perca do município e junta se à família, em solidariedade, no sentimento de dor e tristeza, pois a dor da morte é algo abrasador de tristeza e saudade eterna, dor esta que carrega nos de um sentimento de vagas lembras e de empobrecimento emocional, por isto  à família nossas nossos pêsames.

          “QUE DEUS CONSOLE OS CORAÇÕES DOS FAMILIARES, NESTE MOMENTO DE DOR E TRISTEZA”.

Leia abaixo a nota emitida pelo governo Municipal, aos parentes, amigos,  vizinhos  e à família do saudoso Galego.

          “A Prefeitura de Campo Alegre de Lourdes manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Deonival Ferreira Bastos.

          Galego da Barra, como era carinhosamente chamado pelos amigos, atuou ativamente em sua comunidade, em busca do desenvolvimento local e do município, como um todo.

         Aos familiares, amigos e parentes, nossos mais sinceros pêsames, em nome de toda a cidade”.

30 de agosto de 2019

LAVA JATO PROTEGEU BANCOS PARA EVITAR COLAPSO ECONÔMICO, MAS SACRIFICOU EMPREITEIRAS.


JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS  EDIÇÃO DE Nº 20175, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL. SEXTA - FEIRA. 30, 08, 2019.



N
O MUNDO TODO, há recorrentes escândalos de corrupção com grandes empresas. Em 2006, a empresa alemã Siemens, uma das empresas líderes na área de engenharia elétrica, foi apanhada em um escândalo bilionário de corrupção, pagando propinas ao redor do globo – inclusive para políticos e funcionários públicos do Brasil.


         A empresa foi condenada a pagar 1,6 bilhão de dólares em reparações judiciais. A construtora americana KBS já foi pega pagando propinas em contratos de construção na Nigéria e no Cazaquistão. Na Coreia do Sul, em 2016, a Samsung se envolveu em maus-feitos que provocaram o impedimento da então presidente Park Geun-hye, bem como a prisão dela e do então presidente da empresa.

          Em todos esses casos houve investigação, prisão e punição financeira às empresas, mas em nenhum deles as companhias foram levadas à bancarrota. Essa é uma lição importante que a Lava Jato deveria ter aprendido.



          As revelações da Vaza Jato, em parceria com o El País, mostram que os procuradores ponderavam sobre as repercussões de suas ações contra grandes bancos. Por que então eles não tiveram a mesma preocupação com dois pesos-pesados da economia nacional: o setor de petróleo e gás e o da construção civil?

           Neste processo de “faça-se justiça, ainda que o mundo pereça”, a Lava Jato atacou a jugular de quase 20% do PIB brasileiro. O setor de petróleo respondia por 13% do PIB em 2014, enquanto a construção civil por 6,2%. Mas como a economia é um organismo completamente interconectado, a tragédia nesses setores se espalhou e se multiplicou para outros ramos de atividade.

          É preciso punir corruptos, aplicar multas às empresas e, ao mesmo tempo, ter cuidado de preservar a instituição.

          A destruição à moda Odebrecht de bancos como o Itaú, Bradesco, BTG Pactual, todos denunciados por Antonio Palocci, transformaria a atual crise numa hecatombe econômica. É preciso punir os corruptos, ainda que de alto gabarito, impor multas às empresas e, ao mesmo tempo, ter a preocupação de preservar a instituição. Pode parecer um discurso elitista, mas se o Itaú quebrar, a família Setúbal vai chorar na Suíça, enquanto o brasileiro comum que tem seus recursos naquela instituição, vai chorar na sarjeta.

          Os cinco maiores bancos do país – a saber Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica e Santander – respondem por mais de 81% do total de ativos do sistema bancário e 85% de todo o crédito na economia brasileira. Se um desses gigantes quebra, a atual e longeva crise brasileira se desenvolveria em uma verdadeira hecatombe de impactos e duração imprevisíveis. Nas crises, como estamos vendo, quem mais sofre são sempre os mais pobres.

           Mas veja como é a dialética das coisas. No cuidado de preservar os grandes bancos privados, a Lava Jato aventou a possibilidade de atropelar o princípio jurídico da isonomia. O procurador Roberto Pozzobon dizia aos seus colegas: “Chutaremos a porta de um banco menor, com fraudes escancaradas, enquanto estamos com rodada de negociações em curso com bancos maiores. A mensagem será passada!”





Primeiro alvo: Petrobras
INICIADA EM 2014, a operação Lava Jata teve a Petrobras como primeira grande empresa em sua mira. A estatal é a maior empresa do país e tradicionalmente a mais valiosa da América Latina. Um dos primeiros negócios a ser investigado foi a construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Orçada inicialmente em US$ 2,3 bilhões, as obras consumiram mais de US$ 20 bilhões, fazendo dela a mais cara de todo o mundo. Era evidente que havia um enorme caroço neste angu.

Abreu e Lima era apenas o caso mais exorbitante. Expedientes análogos teriam sido utilizados outras refinarias e obras da Petrobras. Os recursos oriundos do superfaturamento das obras acabava nos bolsos de diretores da empresa, políticos e partidos. Servindo para enriquecer indivíduos e financiar campanhas eleitorais faraônicas. O ex-diretor da Petrobras, Pedro Barusco, admitiu ter angariado US$ 100 milhões. Marcelo Odebrecht afirmou que 75% dos recursos para as campanhas presidenciais não eram declarados. Era um negócio de grandes proporções.

Na outra ponta do balcão, estavam as empreiteiras. Já em 2014, a operação fazia a devassa na Engevix, UTC, OAS, Mendes Jr., Camargo e Galvão Engenharia. Em novembro de 2014, quando as primeiras prisões foram feitas, o jornal O Globo trazia a seguinte manchete: “Empreiteiros na cadeia”. Na foto que ilustrava a matéria, a legenda dizia: “Corruptores: Na sede da PF em São Paulo, policiais conduzem 11 presos. Pela primeira vez no país, investigação de corrupção de agentes públicos leva à prisão executivos de empreiteiras”.

O envolvimento das empreiteiras com negócios políticos nebulosos é antigo e conhecido. No distante ano de 1993, a Folha de S. Paulo mostrava algumas empresas pegas na Lava Jato supostamente envolvidas no esquema PC Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor em 1989.







Folha de S.Paulo, 9 de janeiro e 4 de abril de 1993.
Superfaturamento de obras, pagamento de propina para políticos e servidores públicos, caixa-dois de campanha eleitoral. Nada disso era novo em 2014. A novidade da Lava Jato foi certamente a de ter conseguido prender políticos, servidores e empresários.
Em 2008, a Petrobras atingiu seu maior valor de mercado em toda a história, R$ 510,3 bilhões. Em 2015, essa cifra desabara para R$ 98 bilhões. De um lucro de R$ 23,6 bilhões em 2013, a estatal teve um prejuízo de R$ 21,5 bilhões em 2014, causado principalmente pela desvalorização de seus ativos. Nesse processo de perda de valor, de aumento do endividamento líquido e de perda do grau de investimento.
Em 2018, em um processo nos EUA, a Petrobras se dispôs a pagar US$ 3 bilhões para encerrar uma ação coletiva na qual era vítima. Fundos brasileiros estão buscando reparação similar. Segundo Elio Gaspari, a indenização pedida está na casa dos R$ 58 bilhões. A construção civil passou 6,2% do PIB brasileiro em 2014 para 4,5% do PIB brasileiro em 2018. A queda no setor desde 2014 é vertiginosa.
Em termos mais importantes: entre 2013 e 2018, o setor fechou mais de 3 milhões de vagas de emprego. Segundo Reinaldo Azevedo, foram mais 330 mil empregos fechados em nove empreiteiras atingidas pela operação.
Foram mais 330 mil empregos fechados em nove empreiteiras atingidas pela operação.
Do início da Lava Jato até 2016, a Odebrecht havia demitido 50% de seus funcionários. Tinha 168 mil funcionários. Em 2017, restavam 60 mil. E a queda continua. Foi uma carnificina. Isso afetou tanto suas operações nacionais quanto obras em uma dezena de países.
Em junho deste ano, a Odebrecht entrou com pedido de recuperação judicial, a maior da história do Brasil. Suas dívidas chegam a R$ 98,5 bilhões. O futuro da empresa é incerto. O cenário na OAS, na Queiroz Galvão e nas demais empreiteiras não é muito diferente.
Isso não significa que a crise econômica é de inteira responsabilidade da Lava Jato, obviamente. A operação, porém, tem, sim, sua parcela de culpa, e isso é compatível com a evidência internacional, como analisa em texto recente o economista Bráulio Borges. A Lava Jato se orgulha de ter recuperado R$ 12 bi extraviados via corrupção. Mas no desatino de “limpar o Brasil da corrupção”, deixou um rastro de destruição muito acima dos R$ 140 bi.
Que os grandes bancos sejam punidos, mas com justiça e responsabilidade por parte do MPF e Judiciário brasileiros