Jornal, online, Angico dos Dias Notícias, “Blog”.
Edição de Nº 1407, (publicações no blog).
Campo Alegre de Lourdes/BA, Brasil. Segunda
- Feira - 13. 02. 2017.
WhatSapp 74 99907 9863
Durante
depoimento à Polícia Civil, Alexandre Severino de Noronha, de 35 anos, disse
que tudo não passou de uma fatalidade e que não tinha certeza se havia apertado
o gatilho. Francisca Marinheiro, de 37 anos, morreu poucos minutos após ter
sido atingida por um disparo.
Imagens de câmeras de
monitoramento obtidas pelo G1 mostram toda a ação. No vídeo, é possível ver quando o suspeito
aponta a arma, em um primeiro momento, para um funcionário do local. Em
seguida, ele mostra o revólver para a esposa, que trabalha na padaria em
horários diferentes do marido, e o revólver acaba disparando. O suspeito se
desespera e a mulher é socorrida por funcionários.
"Comprei a arma para me
proteger de bandidos. Mostrei para o funcionário e brinquei com ele. Em seguida
fui mostrar para a minha mulher e ela ficou assustada. Cheguei a tirar a
munição, para mostrar que não havia perigo e apontei. Não sei o que aconteceu. Não
me lembro de ter apertado o gatilho. Foi uma fatalidade", afirmou
Noronha.
De acordo com informações
obtidas pelo G1, o juiz do plantão judiciário manteve a decisão de manter o suspeito
preso por homicídio doloso. Nesta segunda-feira (13), porém, os advogados de
Noronha vão entrar com um pedido de liberdade provisória no fórum de Praia Grande.
O crime aconteceu na padaria Santa Terezinha,
localizada na Avenida Presidente Kennedy, uma das mais movimentadas da cidade.
Noronha e Francisca eram gerentes do local e estavam no meio do expediente
quando ele resolveu mostrar a arma que havia comprado para a mulher.
De acordo com informações do delegado Alexandre Comin, responsável pelo
registro da ocorrência, o casal trabalha em horários diferentes e o disparo
acabou sendo feito durante a troca de turnos. O casal estava em um quartinho no
fundo da padaria, onde os funcionários possuem um local reservado para
conversarem.
“Ele pegou uma arma do armário e apontou, aparentemente brincando, para
outro funcionário. Em seguida, ele deu risada e botou a arma na mesa. Logo
depois ele apontou para a esposa, tirou parte da munição e abaixou. Após isso
ele apontou de novo o revólver para a mulher e a arma acabou disparando”, conta
Comin.
Segundo testemunhas ouvidas pelo G1, Noronha se desesperou ao ver que a arma havia
disparado. Nas imagens é possível ver que ele socorre a mulher e a arrasta,
ferida, para a porta do estabelecimento. Um funcionário da padaria é acionado e
chega a tentar uma massagem cardíaca em Francisca, antes da chegada da equipe
de socorro.
As equipes do SAMU foram acionadas por outro funcionário. A mulher foi
encaminhada com vida para o Pronto Socorro Central da cidade. Noronha seguiu
para o local e, ao receber a notícia de que a esposa havia morrido, acabou
passando mal e precisou de atendimento. Ele confessou para a médica que atirou
na mulher e ela acabou chamando a polícia.
“A médica que fez o atendimento chamou a polícia e avisou que ele era o
responsável pelos disparos. Nossa equipe foi ao local e o prendeu em flagrante.
Ouvimos uma testemunha que realmente confirmou que ele estava brincando. Essa
testemunha disse que ficou constrangida e resolveu sair do local. O disparo
aconteceu em seguida”, afirma o delegado Comin.
Preso em flagrante, Noronha responderá por homicídio doloso e por porte
ilegal de arma de fogo. “É doloso por ser um dolo eventual. Não se pode brincar
com uma arma. Por mais que ele não tivesse a intenção de matá-la, só o fato de
brincar e apontar a arma para a vítima faz com que ele tenha que responder
dessa forma, já que assumiu um risco”, finaliza Comin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário