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Jornal Edição da Manhã

13 de fevereiro de 2017

'Fatalidade', diz marido que matou a mulher em suposta brincadeira. O homem que matou a própria mulher durante uma suposta brincadeira dentro de uma padaria em Praia Grande, no litoral de São Paulo, afirma que não se lembra de como tudo aconteceu.

Jornal, online, Angico dos Dias Notícias, “Blog”.           

Edição de Nº 1407, (publicações no blog).

Campo Alegre de Lourdes/BA, Brasil. Segunda  - Feira - 13. 022017.

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Durante depoimento à Polícia Civil, Alexandre Severino de Noronha, de 35 anos, disse que tudo não passou de uma fatalidade e que não tinha certeza se havia apertado o gatilho. Francisca Marinheiro, de 37 anos, morreu poucos minutos após ter sido atingida por um disparo.

Imagens de câmeras de monitoramento obtidas pelo G1 mostram toda a ação. No vídeo, é possível ver quando o suspeito aponta a arma, em um primeiro momento, para um funcionário do local. Em seguida, ele mostra o revólver para a esposa, que trabalha na padaria em horários diferentes do marido, e o revólver acaba disparando. O suspeito se desespera e a mulher é socorrida por funcionários.

                   Mulher foi morta pelo marido em Praia Grande, SP (Foto: Arquivo Pessoal)

"Comprei a arma para me proteger de bandidos. Mostrei para o funcionário e brinquei com ele. Em seguida fui mostrar para a minha mulher e ela ficou assustada. Cheguei a tirar a munição, para mostrar que não havia perigo e apontei. Não sei o que aconteceu. Não me lembro de ter apertado o gatilho.  Foi uma fatalidade", afirmou Noronha.

De acordo com informações obtidas pelo G1, o juiz do plantão judiciário manteve a decisão de manter o suspeito preso por homicídio doloso. Nesta segunda-feira (13), porém, os advogados de Noronha vão entrar com um pedido de liberdade provisória no fórum de Praia Grande.

O crime aconteceu na padaria Santa Terezinha, localizada na Avenida Presidente Kennedy, uma das mais movimentadas da cidade. Noronha e Francisca eram gerentes do local e estavam no meio do expediente quando ele resolveu mostrar a arma que havia comprado para a mulher.

                         Alexandre e Francisca eram gerentes de uma padaria em Praia Grande, SP (Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com informações do delegado Alexandre Comin, responsável pelo registro da ocorrência, o casal trabalha em horários diferentes e o disparo acabou sendo feito durante a troca de turnos. O casal estava em um quartinho no fundo da padaria, onde os funcionários possuem um local reservado para conversarem.

“Ele pegou uma arma do armário e apontou, aparentemente brincando, para outro funcionário. Em seguida, ele deu risada e botou a arma na mesa. Logo depois ele apontou para a esposa, tirou parte da munição e abaixou. Após isso ele apontou de novo o revólver para a mulher e a arma acabou disparando”, conta Comin.

Segundo testemunhas ouvidas pelo G1, Noronha se desesperou ao ver que a arma havia disparado. Nas imagens é possível ver que ele socorre a mulher e a arrasta, ferida, para a porta do estabelecimento. Um funcionário da padaria é acionado e chega a tentar uma massagem cardíaca em Francisca, antes da chegada da equipe de socorro.

As equipes do SAMU foram acionadas por outro funcionário. A mulher foi encaminhada com vida para o Pronto Socorro Central da cidade. Noronha seguiu para o local e, ao receber a notícia de que a esposa havia morrido, acabou passando mal e precisou de atendimento. Ele confessou para a médica que atirou na mulher e ela acabou chamando a polícia.

“A médica que fez o atendimento chamou a polícia e avisou que ele era o responsável pelos disparos. Nossa equipe foi ao local e o prendeu em flagrante. Ouvimos uma testemunha que realmente confirmou que ele estava brincando. Essa testemunha disse que ficou constrangida e resolveu sair do local. O disparo aconteceu em seguida”, afirma o delegado Comin.

Preso em flagrante, Noronha responderá por homicídio doloso e por porte ilegal de arma de fogo. “É doloso por ser um dolo eventual. Não se pode brincar com uma arma. Por mais que ele não tivesse a intenção de matá-la, só o fato de brincar e apontar a arma para a vítima faz com que ele tenha que responder dessa forma, já que assumiu um risco”, finaliza Comin.
                         

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