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Jornal Edição da Manhã

11 de novembro de 2024

Urgente: Em um acidente com um ônibus quatro pessoas morreram e 11 ficaram feridos, na Bahia.

ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS  

     EDIÇÃO DE Nº 2850, (PUBLICAÇÕES NO BLOG).     CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

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segunda - feira, 10. 11. 2024. .      


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 Veículo transportava cerca de 40 passageiros; as vítimas foram encaminhadas para hospitais da região .

                                                                Foto: CNN Brasil

          O acidente ocorreu na madrugada desta segunda-feira, (11/ 11/ 2024), na BR-110, na zona rural de Catu, na Região Metropolitana de Salvador.

                                       Foto: CNN Brasil.

          O veículo que transportava cerca de 40 passageiros viajava de Aracaju, (SE), para Madre de Deus, (BA), e capotou em um trecho conhecido como “curva dos 40”, a aproximadamente há uma hora e vinte minutos do destino. O acidente ocorreu por volta das horas.

          De acordo com a Polícia Civil da Bahia, os feridos foram socorridos por equipes de resgate e encaminhados a hospitais das cidades de Catu e Alagoinhas.

          A Secretaria de Saúde da Bahia confirmou que 11 pessoas foram internadas no Hospital Regional Dantas Bião, em Alagoinhas.

           A unidade, vinculada à secretaria, está prestando a assistência necessária aos envolvidos. No momento, a pista está liberada e segue com o fluxo normal.

           A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a 1ª Delegacia Territorial de Alagoinhas estão investigando as causas do acidente.

          No início da tarde desta segunda – feira, (11/ 11/ 2024), a PRF informou que o motorista do ônibus realizou uma manobra brusca para desviar de uma carreta que realizava uma ultrapassagem no sentido contrário da pista.

          Em nota divulgada nas redes sociais, a secretária de Saúde da Bahia, Roberta Santana, prestou solidariedade às vítimas e seus familiares. “Tivemos 4 óbitos e 11 pessoas encaminhadas para o Hospital Regional Dantas Bião. (…) Importante registrar que nossas equipes médicas e de apoio estão mobilizadas para garantir o melhor atendimento possível, oferecendo suporte integral às vítimas e seus familiares neste momento difícil”, afirmou.

          A Polícia Civil segue apurando as causas do acidente, enquanto a perícia será responsável por determinar se o capotamento foi causado por falhas mecânicas, condições da estrada ou erro humano.

          De acordo com o Manual M-15 de Atendimento de Sinistros de Trânsito, a PRF possui um prazo de cinco dias consecutivos, após o dia do acidente, para finalizar o Laudo Pericial de Acidente de Trânsito (LPAT).

Fonte: Brasil 247.

10 de novembro de 2024

Os PMs que faziam a segurança do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach executado no aeroporto de Guarulhos foram afastados e seus celulares apreendidos.

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     EDIÇÃO DE Nº 2849, (PUBLICAÇÕES NO BLOG).     CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

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domingo, 10. 11. 2024. .     

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s policiais militares responsáveis pela segurança do empresário Antonio Vinicius, 38, já foram identificados e tiveram seus celulares apreendidos pela Polícia Civil e  foram afastados preventivamente.

                                                               Foto: SP Agora.

          Gritzbach foi assassinado no aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na tarde de sexta-feira (08/ 11/ 2024). A principal hipótese é que ele tenha sido morto a mando da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

          Os policiais identificados no boletim de ocorrência são: Leandro Ortiz, 39; Jefferson Silva Marques De Sousa, 29; Romarks Cesar Ferreira De Lima, 35, e Adolfo Oliveira Chaga, 34. No documento, eles são apontados como testemunhas do ataque.

          Os PMs que escoltavam o empresário se apresentaram espontaneamente no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) horas depois do crime.

          Gritzbach era jurado de morte pelo pela facção criminosa. Ele era suspeito de ter mandado matar dois integrantes do PCC. Também fechou um acordo de delação premiada com a Justiça.

          Segundo o Ministério Público, os agentes foram contratados pelo empresário para fazer sua escolta particular e não estavam a trabalho no local. Ele também teria recusado oferta da Promotoria para receber segurança.

          Conforme o boletim de ocorrência do ataque de sexta, oito celulares foram apreendidos e devem passar por perícia. Quatro deles são de propriedade dos policiais militares que faziam a segurança do empresário. Dois estão em nome do motorista de Gritzbach e um outro do filho da vítima.

          Os policiais identificados no boletim de ocorrência são: Leandro Ortiz, 39; Jefferson Silva Marques De Sousa, 29; Romarks Cesar Ferreira De Lima, 35, e Adolfo Oliveira Chaga, 34. No documento, eles são apontados como testemunhas do ataque.

          De acordo com o relato no boletim de ocorrência, os tiros foram disparados por dois homens que desceram de um Volkswagen Gol preto. Eles vestiam balaclava para cobrir o rosto. Os tiros foram disparados por armas longas. O documento não menciona o tipo de calibre da munição. 

          Gritzbach retornava de uma viagem. Seu motorista contou aos investigadores que avisou os policiais militares sobre a chegada no aeroporto.

          O homem disse em seu depoimento que, no momento dos disparos, o empresário se preparava para entrar no veículo no qual estavam seus familiares, além dos policiais militares.  De acordo com a Polícia Civil, o carro deixou o local depois dos tiros, mas retornou na sequência. "Sendo então abordado por investigadores desta especializada quando então identificados em seu interior quatro policias militares, um familiar e um amigo da vítima", diz trecho do boletim de ocorrência. 

          A escolta de Gritzbach ainda contava com um segundo veículo, um Volkswagen Amarok. O SUV, porém, quebrou no meio do caminho e não chegou até o aeroporto. Conforme a investigação, a namorada do empresário e um dos seguranças deixaram o local com os pertences da vítima e do motorista.

Os outros três feridos no ataque no aeroportos afirmaram não conhecer Gritzbach.

Fonte: Bahia Notícias. Por Paulo Eduardo Dias | Folhapress

Investigação suspeita da atuação dos seguranças do aeroporto em caso do empresário executado em Guarulhos.

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     EDIÇÃO DE Nº 2848, (PUBLICAÇÕES NO BLOG).     CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

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domingo, 10. 11. 2024. .    

A

investigação sobre a execução de Antônio Vinicius, delator do PCC, no Aeroporto em Guarulhos, está levantando suspeitas sobre a conduta da equipe de escolta responsável pela sua segurança. 


                                         Foto: SBT NEWS.
          Os policiais apuram os detalhes de um possível erro estratégico que facilitou a ação dos assassinos.

                                                          Foto: Bahia Notícias.

          Segundo os seguranças, o carro que deveria buscar Gritzbach teria quebrado a caminho do aeroporto. Gritzbach retornava de Goiás acompanhado da namorada, e, diante da situação, apenas um dos seguranças teria seguido ao aeroporto com outro veículo, enquanto os outros três ficaram onde o carro teria apresentado problemas.

         Os investigadores questionam essa decisão, considerando que o mais prudente seria todos seguirem para o aeroporto a fim de garantir a proteção integral do delator, dada sua alta visibilidade e risco.

          No local do crime, na área de desembarque do Terminal 2, a polícia apreendeu o celular de Gritzbach, que será submetido a perícia para analisar mensagens trocadas que podem fornecer pistas valiosas sobre o planejamento do ataque.

          As suspeitas dos investigadores também apontam que Gritzbach pode ter sido monitorado desde sua saída de Goiás, visto que os assassinos conheciam o exato horário de sua chegada. Há indícios de que os criminosos receberam informações precisas para executar o ataque assim que ele saísse do saguão do aeroporto, evidenciando um possível vazamento de informações que facilitou a ação.

7 de novembro de 2024

Policias da PM de São Paulo, que são acusados de terem atirado e matado Rian de 4 anos e em outra ocasião foram acusados de manterem o pai da criança foram ao velório para, enterro, para, provavelmente, intimidar familiares.

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quinta - feira, 07. 11. 2024 .   

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 ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, criticou a presença de policiais militares no enterro de um menino de 4 anos, morto durante operação da Polícia Militar na noite de terça-feira (5).

Foto: O Globo.

          A morte ocorreu no Morro São Bento, em Santos, litoral paulista. O funeral ocorreu na manhã desta quinta-feira (07/ 11/ 2024).

          “Vocês matam uma pessoa de 4 anos de idade aí ficam circulando na porta do cemitério, incidindo no meio do cortejo. Não queria deixar o cortejo sair, para na porta do cemitério”, disse Silva aos policiais que faziam a abordagem. Estavam presentes também as deputadas estaduais Paula Nunes e Ediane Maria; a vereadora de Santos Débora Camilo; além de Débora Maria dos Santos, coordenadora do Movimento Mães de Maio.

          Ryan da Silva Andrade Santos estava brincando com outras crianças na calçada em frente à casa de uma prima, quando foi atingido por um disparo. Segundo o próprio porta-voz da Polícia Militar (PM) “provavelmente [o disparo] partiu da arma de um policial”. O pai do menino, Leonel Andrade Santos, foi um dos 56 mortos durante a Operação Verão, realizada no início deste ano.

          “Aqui no estado de São Paulo virou política governamental colocar polícia em velório de gente que morre pelas mãos da polícia, intimidar as pessoas e fazer tudo que vocês acompanharam. Vocês acompanharam o cortejo, viram o comportamento da polícia, tinha viatura do próprio batalhão aqui no cemitério”, disse o ouvidor, presente no enterro do menino, à imprensa no local.

         “É vergonhoso, é o cúmulo da falta de respeito aos direitos fundamentais das pessoas. Nesse estado aqui não vai poder mais ter ato fúnebre? Ninguém tem mais direito de velar e se despedir dos seus entes queridos? Quem não ficar consternado com a morte de uma criança de 4 anos nessas condições que foi aqui, me desculpa, não é gente”, acrescentou.

         Os policiais atingiram ainda dois menores de idade na mesma operação de terça-feira. Gregory Ribeiro Vasconcelos, 17 anos, morreu no local e o outro adolescente, de 15 anos, foi socorrido, passou por cirurgia e não corre risco de morte.

          No momento em que o ouvidor falava à imprensa, policiais da Força Tática que estavam na porta do cemitério iniciaram uma abordagem de um rapaz. O ouvidor, acompanhado de jornalistas e fotógrafos, se aproximou dos policiais e começou a denunciar que os agentes não estavam usando as câmeras corporais.

        “Vocês matam uma pessoa de 4 anos de idade aí ficam circulando na porta do cemitério, incidindo no meio do cortejo. Não queria deixar o cortejo sair, para na porta do cemitério”, disse Silva aos policiais que faziam a abordagem. Estavam presentes também as deputadas estaduais Paula Nunes e Ediane Maria; a vereadora de Santos Débora Camilo; além de Débora Maria dos Santos, coordenadora do Movimento Mães de Maio.

         Ao telefone com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Cassio Araújo de Freitas, o ouvidor relatou, durante a ocorrência, que os policiais faziam uma abordagem abusiva e que não utilizavam as câmeras corporais naquele momento. “Abordou o rapaz, deu um tapa na cabeça do rapaz, agrediu o rapaz, agora está dizendo que vai apreender a moto do rapaz.”

          Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que irá analisar as denúncias e que o policiamento preventivo e ostensivo foi reforçado na região desde a última terça-feira.

Onze tiros.

Outro caso que levanta questionamento sobre a ação da Polícia Militar paulista aconteceu na cidade de São Paulo. Um homem negro foi morto por um PM, que estava fora de serviço, após tentar furtar dois produtos de limpeza em um minimercado, no último domingo (3), na zona sul da capital paulista.

          Imagens de câmeras de monitoramento mostram o rapaz sendo atingido pelas costas pelo policial militar, com tiros de arma de fogo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, foram pedidos exames periciais, cujos laudos estão em andamento, e a polícia vai investigar todas as circunstâncias dos fatos.

          O rapaz é sobrinho do rapper Eduardo Taddeo, que integrava o grupo Facção Central. Ele denunciou o caso em postagem em rede social.

Fonte e colaboradores: Colaboraram Márcio Garoni e Vanessa Casalino, da TV Brasil

Polícia matou 243 crianças e adolescentes em 9 Estados em 2023, aponta relatório.

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quinta - feira, 07. 11. 2024 .        

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 menino Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, brincava em frente à casa de uma prima no Morro do São Bento, em Santos, (litoral de SP).

Foto: G1 Globo.

     O crime ocorreu na noite de terça (05/11/2024), quando foi atingido por um tiro. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu e morreu.


          O disparo “provavelmente” saiu de uma arma da Polícia Militar, segundo a própria PM de São Paulo. “Nós entendemos que provavelmente esse disparo partiu de um policial militar”, afirmou o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar, em uma entrevista coletiva na quarta (6/11/2024).

        “O projétil ficou alojado no abdômen do menino que infelizmente faleceu. Será feito o confronto balístico para verificar a origem desse disparo”, afirmou o coronel. “Teremos essa certeza depois do laudo da perícia”.

        Não é um caso isolado. Em 2023, Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, foi morto por policiais do RJ na Cidade de Deus, segundo inquérito sobre o caso feito pela própria polícia. No mesmo ano, Eloáh da Silva dos Santos, de 5 anos, foi morta pela polícia no Morro do Dendê, segundo investigação do Ministério Público.

       Inquéritos das próprias polícias ou do Ministério Público apontaram que policiais foram os autores em outros crimes como esses.

       Em 2020, as vítimas foram João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos; Alice da Silva Almeida, de 3 anos; Emily Victoria da Silva, de 4 anos, e Rebecca Beatriz Rodrigues Santos, de 7 anos.

 

            Em 2019, foi Ágatha Félix, de 8 anos. Em 2017, foi Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, baleada dentro da escola.

            Nenhuma dessas mortes foi computada como resultante de ação policial, mas como homicídio, u seja, as mortes de Thiago e Eloah em 2023 não estão entre as 243 mortes de crianças e adolescentes registradas em nove estados brasileiros naquele ano como resultado de intervenção do Estado.

           O número é apontado no relatório Pele Alvo: Mortes Que Revelam Um Padrão, divulgado nesta quinta (7/11) pela Rede de Observatórios da Segurança, que reúne institutos de pesquisa do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. O estudo é elaborado com dados das Secretarias de Segurança Públicas estaduais de cada Estado pedidos via Lei de Acesso à Informação.

           O relatório aponta também que das 4.025 pessoas mortas pela polícia nesses estados em 2023, havia informação sobre raça para apenas 3169. Destas, 87,8% (2782) eram negras, uma proporção bem maior do que a proporção de negros na população brasileira. Isso equivale a uma pessoa negra morta pela polícia a cada quatro horas em 2023 somente nesses nove estados.

           A BBC News Brasil procurou as secretarias de segurança dos nove Estados, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem. Sobre o caso de Ryan, a PM de São Paulo disse que está investigando e providências serão tomadas.

           As secretarias só incluem como mortes causadas em decorrência de ação policial os casos em que a Polícia alegou ter agido em legítima defesa — os outros casos são registrados como homicídios, sem uma separação estatística que permita saber quantos deles foram cometidos por policiais.

          Esse tipo de registro é problemático, afirma Silvia Ramos, pesquisadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, pois induz a pensar que em todos os casos de homicídio pela polícia, a responsabilidade é apenas do policial que atirou individualmente, e não da corporação.

         “E essas mortes nem sequer são contabilizadas como mortes decorrentes de ação policial. Entram para as estatísticas de homicídios como se fossem efeitos colaterais aceitáveis, ou balas perdidas, ou azares, ou acidentes pontuais”, afirma Ramos, que é porta-voz da Rede de Observatórios.

          “Não dá para pensarmos nessas tragédias como casos isolados em que um policial específico abusou da força ou errou, ou foi indiferente a quem estava no entorno de sua ação”, continua Ramos. “Os responsáveis pelas políticas de segurança autorizam um tipo de polícia violenta que causa insegurança e mortes dependendo da área em que atuam.”

A Polícia do Brasil mata mais negros? : Quase 90% dos mortos por policiais, em 2023, eram negros, diz estudo. Pesquisa destaca peso do racismo na segurança pública.

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quinta - feira, 07. 11. 2024 .        

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m estudo publicado nesta quinta-feira, (07/ 11/ 2024), pela Rede de Observatórios da Segurança mostra que 4.025 pessoas foram mortas por policiais no Brasil em 2023.

                                                         Foto: Jornal do Comercio.

          Em 3.169 desses casos foram disponibilizados os dados de raça e cor: 2.782 das vítimas eram pessoas negras, o que representa 87,8%.

          Os dados do boletim Pele Alvo: Mortes Que Revelam Um Padrão, que está na quinta edição, foram obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) em nove estados. Em todos eles, o padrão é de uma proporção muito alta de pessoas negras mortas por intervenção do Estado: Amazonas (92,6%), Bahia (94,6%), Ceará (88,7%), Maranhão (80%), Pará (91,7%), Pernambuco (95,7%), Piauí (74,1%), Rio de Janeiro (86,9%) e São Paulo (66,3%).

          Para a cientista social e coordenadora da Rede, Silvia Ramos, os números são “escandalosos” e reforçam um problema estrutural do país: o racismo que atravessa diferentes áreas como educação, saúde, mercado de trabalho, mas que tem sua face mais crítica na segurança pública.

          “O perfil do suspeito policial é fortalecido nas corporações. O policial aprende que deve tratar diferente um jovem branco vestido de terno na cidade e um jovem negro de bermuda e chinelo em uma favela. A questão é: 99,9% dos jovens negros das favelas e periferias estão de bermuda e chinelo. E todos passam a ser vistos como perigosos e como possíveis alvos que a polícia, se precisar, pode matar”, diz a pesquisadora.

           Na análise por estados, a Bahia é a unidade da Federação com a polícia mais letal, com 1.702 mortes. Esse foi o segundo maior número já registrado desde 2019 dentre todos os estados monitorados. Na sequência, vem Rio de Janeiro (871), Pará (530), São Paulo (510), Ceará (147), Pernambuco (117), Maranhão (62), Amazonas (59) e Piauí (27).

          “O que a gente vê na Bahia é uma escalada. Desde que a Rede começou a monitorar o estado, houve um aumento de 161% nas mortes. De 2019 a 2023, aconteceu o seguinte dentro da polícia baiana: em vez de coibir o uso da força letal, houve incentivo. Pode ter certeza, não é só porque os criminosos estão confrontando mais a polícia. É porque tem uma polícia cuja ação letal foi liberada”, diz a cientista social. “Se os policiais matam muito, recebem congratulações dos comandantes e incentivos institucionais, a tendência é que tipo de ação violenta seja cada vez mais incentivada”.

                    Juventude

O estudo também destaca que a juventude é a parcela da população mais vitimada pela polícia, principalmente na faixa etária entre 18 a 29 anos. E cita o Ceará como exemplo negativo, onde esse grupo representa 69,4% do total de mortos. Ainda mais grave é o dado que indica que, em todos os estados analisados, 243 das vítimas eram crianças e adolescentes de 12 a 17 anos.

                    Particularidades regionais

Alguns estados tiveram redução na letalidade policial. Caso do Amazonas, onde ocorreu queda de 40,4% e mudança na distribuição territorial das vítimas: a maioria das mortes foi no interior do estado. Maranhão, Piauí e Rio de Janeiro também apresentaram diminuição da letalidade em relação a 2022: 32,6%, 30,8% e 34,5%, respectivamente.

          No Ceará e no Pará, foram registradas quedas mais discretas de mortes por intervenção do Estado: 3,3% e 16% respectivamente. Mas o número de vítimas negras aumentou em 27% no Ceará e em 13,7% no Pará.

          Na Bahia, há uma crescente exponencial, com registro de três vítimas negras por dia em 2023. O número de vítimas aumentou em 16,1%. Pernambuco foi o estado que registrou o maior aumento no número de mortos, com 28,6% mais casos que em 2022. Já São Paulo quebrou o histórico de redução e aumentou em 21,7% os óbitos nas ações da polícia.

                    Dados ausentes

        Pela primeira vez desde 2021, quando passou a integrar o estudo, o Maranhão forneceu dados de raça e cor de vítimas da letalidade policial. Mas de maneira incompleta: 5 a cada 7 vítimas não tiveram o perfil racial reconhecido, ou seja, a informação estava presente em apenas 32,3% dos casos.

         O Ceará teve uma leve melhora, mas 63,9% das vítimas ainda não têm raça e cor reconhecidas. No Amazonas, esses são 54,2% dos casos. No Pará, os não informados representam 52,3%.

          No total, 856 vítimas não possuem registros de raça e cor nos nove estados. Os organizadores do estudo reforçam a importância de que os governos sejam transparentes e incluam esses dados em 100% dos casos para uma análise qualificada da realidade. Desta forma, afirmam, o Poder Público poderá direcionar esforços para uma sociedade mais segura para todos.

 

                   Secretarias.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com algumas das secretarias estaduais de segurança para se manifestarem sobre o estudo.

          A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) disse que tem "investido na qualificação dos agentes e em equipamentos tecnológicos que legitimam as ações de segurança, como o uso de 1.600 câmeras corporais (bodycams) por agentes. Além disso, foram adquiridos para as polícias Militar e Civil armamentos de incapacitação neuromuscular, visando a contenção sem risco de lesões graves".

          E que também tem sido implementadas políticas de inclusão social, como as nove Usinas da Paz, complexo multifuncional estadual com serviços gratuitos de promoção da cidadania e de combate à violência. A Segup atribui a essas iniciativas a redução de 15,89% nas Mortes por Intervenção de Agentes do Estado (MIAE) de janeiro a dezembro de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022.

          Já a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou que se baseia nas estatísticas criminais oficiais produzidas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). E cita a categoria Letalidade Violenta, em que houve redução de 15% no acumulado e de 16% no último mês, em comparação com os mesmos períodos de 2023.

          A categoria, no entanto, junta em um mesmo grupo tipos de violência distintos, como homicídios dolosos, latrocínios (roubos seguidos de morte), lesões corporais seguidas de morte e mortes por intervenção de agentes do Estado. Disse ainda que "desconhece a metodologia utilizada na pesquisa e a possibilidade de rastreabilidade dos dados".

          Acrescenta que "as mortes de criminosos em confronto aconteceram em decorrência de agressões praticadas contra agentes do Estado, que atuam visando a captura e a responsabilização dos mesmos". E que a "instituição reforça que as ações priorizam sempre a preservação de vidas".

           De acordo com a Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), "as mortes em decorrência de intervenção policial são resultado da reação de suspeitos à ação da polícia".

          O órgão garante que todos os casos do tipo são investigados com rigor pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento das corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário. A SSP-SP disse estar investindo "continuamente na capacitação do efetivo, aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo e em políticas públicas".

           A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) disse ter compromisso em "reduzir estigmas e a vulnerabilidade contra pessoas negras" e que dialoga com a Secretaria de Igualdade Racial (Seir) para articular ações de combate à discriminação. A pasta afirmou tratar "todas as mortes decorrentes de intervenção policial com seriedade e transparência".

          Informou ainda que vai lançar em breve uma nova tecnologia para cruzar dados estratégicos dos inquéritos policiais e levantamentos da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), assim como o perfil das vítimas de crimes. A secretaria garantiu que os profissionais da segurança pública participam de formações iniciais e continuadas para o atendimento humanizado às pessoas negras e demais grupos vulneráveis.

          Os governos da Bahia e de Pernambuco não responderam até o momento.

                         Fonte: Agência Brasil.

É a PM que mais mata no Brasil fazendo e acontecendo: Uma operação conjunta do MP-BA, e SSP prenderam policiais militares suspeitos de roubo em Lauro de Freitas.

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quinta - feira, 07. 11. 2024 .        

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ois policiais militares foram presos temporariamente, nesta quinta-feira (7), após investigação que aponta envolvimento em um roubo ocorrido em Lauro de Freitas, município na região metropolitana de Salvador.

Foto: Bahia Notícias.

          A ação ocorreu durante a “Operação Falso Jaleco”, deflagrada de forma integrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).

 

          Além das prisões, nos municípios de Salvador e Camaçari, foram executados três mandados de busca e apreensão que contaram com a atuação da Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e da Corregedoria da Polícia Militar do Estado da Bahia e da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force).

           O roubo apurado pela investigação ocorreu em maio de 2024 e naquela ocasião, três homens disfarçados de profissionais de saúde, vestindo jalecos brancos e usando máscaras cirúrgicas, adentraram em um imóvel residencial e, mediante grave ameaça com porte de armas de fogo, restringindo a liberdade dos moradores, subtraíram quantia superior a R$ 130 mil do cofre da casa.

         As buscas e apreensões realizadas nas residências dos policiais na tarde desta quinta-feira resultaram na apreensão de celulares, um simulacro de arma de fogo, munições e outros objetos de interesse da investigação.

         Fonte: Bahia Notícias.