Jornal, online, Angico dos Dias Notícias, “Blog”.
Edição de Nº 1493, (publicações no blog).
Campo Alegre de Lourdes/BA, Brasil. Sábado 20. 05. 2017.
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Em pronunciamento no Palácio do Planalto neste sábado, o presidente Michel Temer disse que a gravação de sua conversa com Joesley Batista, um dos donos da JBS, foi "manipulada e adulterada" com "objetivos nitidamente subterrâneos".
Em seu segundo discurso após o jornal O Globo revelar que, em delação, Joesley disse que o presidente deu aval para uma operação de compra de silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Temer citou perícias que constataram edições no áudio de seu diálogo com Joesley.
Joesley gravou um diálogo que teve com Temer em março. No áudio, divulgado pelo STF na quinta-feira, eles mencionam uma pessoa chamada Eduardo, que seria o ex-deputado Eduardo Cunha.
Na conversa, Joesley fala de sua relação com "Eduardo". O empresário diz que "está de bem com Eduardo".
Ao que Temer responde "tem que manter isso, viu?"
"Incluída no inquérito sem a devida averiguação levou muitas pessoas ao engano e trouxe grave crise ao Brasil", afirmou o presidente.
Temer citou ainda os ganhos da JBS no mercado de câmbio, após comprar uma grande quantidade de dólares antes da delação ser revelada. Com a grave crise política que se instaurou no país, o real caiu e o dólar se valorizou.
"Graças a essa gravação fraudulenta e manipulada, especulou contra a moeda nacional", disse sobre Joesley Barista e outros executivos da JBS.
"Quebraram o Brasil e ficaram ricos", continuou.
O presidente disse também que está entrando com uma petição no Supremo para suspender o inquérito do qual é alvo "até que seja verificada a autenticidade da gravação".
Antes de terminar sua fala, Temer descartou a hipótese de renunciar ao cargo: "continuarei à frente do governo".
Após a delação ser divulgada pelo jornal, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, autorizou um pedido da Procuradoria Geral da República, e com isso Temer passou à condição de investigado na operação.
Investigação
No inquérito autorizado por Fachin, o presidente é suspeito dos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa, ao lado do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que foi assessor direto de Temer.
Na sexta-feira, o STF divulgou o conteúdo das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley Batista.
O grupo, que se tornou a maior empresa processadora de carne do mundo durante as gestões do PT no Planalto, é alvo de cinco operações da Polícia Federal, que investigam pagamento milionário de propinas a agentes públicos.
O conteúdo dos documentos voltou a colocar o presidente em situação delicada ao apresentar novos indícios de pagamento de propinas e campanhas via caixa 2.
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