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Jornal Edição da Manhã

9 de agosto de 2021

A empresa Sisalândia Fios Naturais Ltda foi denunciada pelo MPT DA Bahia, por adquirir sisal de fornecedor envolvido com trabalho escravo.

JORNAL, ONLINE,ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS  EDIÇÃO DE Nº 2440, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.  segunda-FEIRA. 09, 08. 2021.

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egundo o Ministério Público do Trabalho, (MPT), na Bahia, a empresa compra sisal de fornecedor envolvido com trabalho escravo, para industrialização e exportação de Fibras, Fios e Cordas de Sisal. 

                   Imagem: Subsecretaria de Inspeção do Trabalho.

         A ação civil pública foi ajuizada pelo procurador do trabalho Ilan Fonseca,  na Vara do Trabalho de Conceição do Coité, onde foi pedido a condenação da empresa Sisalândia Fios Naturais Ltda e o pagamento de  uma multa no valor de  R$2 milhões.

      O Ministério Público do Trabalho, (MPT), na Bahia ajuizou ação civil pública na Vara do Trabalho de Conceição do Coité pedindo a condenação da empresa Sisalândia Fios Naturais Ltda. por adquirir sisal de fornecedor envolvido com trabalho escravo.

                       Leia o comunicado na página do MPT, na integra.

 https://www.prt5.mpt.mp.br/informe-se/noticias-do-mpt-ba/1692-mpt-aciona-empresa-por-usar-trabalho-escravo-na-cadeia-do-sisal

         Pelas informações, durante a ação fiscal, no município de Várzea Nova, foram resgatados 12 trabalhadores que eram explorados pelo empregador Jean Clebson Araújo Magalhães. O MPT também quer que a sisaleira seja condenada a pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$2 milhões, a serem revertidos para o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad).

         “Investigações – A apuração do caso teve início após a realização de força-tarefa entre os dias 13 e 20 de outubro de 2020, na região nordeste da Bahia, nos municípios de Várzea Nova, Jacobina e Mulungu do Morro. Durante essa operação a equipe de auditores-fiscais do trabalho resgatou 37 pessoas em situação análoga à de escravo. A força-tarefa percorreu a região para avaliar as condições de trabalho na cadeia do sisal para checar denúncias da prática ilegal”.

         O objetivo é obrigar a empresa acionada a adotar condutas que previnam o desrespeito a direitos humanos, principalmente quanto à erradicação do trabalho em condições análogas à escravidão, além de estabelecer relações éticas na cadeia produtiva do sisal que garantam um meio ambiente de trabalho adequado e saudável.

        O procurador do trabalho Ilan Fonseca, autor da ação, considera que a indústria de beneficiamento do sisal é plenamente consciente da realidade dos campos de sisal: um mercado que envolve milhares de trabalhadores submetidos a condições análogas às de escravo. “Ao negociarem a matéria-prima com seus fornecedores, ditando os preços em um mercado com baixa concorrência no ato da compra da mercadoria, a empresa coordena a dinâmica da cadeia produtiva. Dessa forma, a sua atividade é potencialmente arriscada para os direitos de terceiros”, afirma o procurador.

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