ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.
EDIÇÃO DE Nº 3156.
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
e-mail: angicodosdias2014@gmail.com
quinta - feira, 20/ 11/ 2025.
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aconteceu no dia 1º de fevereiro de 2025. Os vídeos mostram que os policiais
ameaçaram um grupo de cinco jovens e exigiram que eles formatassem os celulares.
As
imagens das câmeras corporais dos três policias militares condenados por roubar
os celulares de torcedores do Esporte Clube Vitória, em Salvador, mostram a
conduta ilícita dos agentes durante a abordagem, que aconteceu no dia 1º de
fevereiro deste ano.
Os vídeos mostram que os policiais
ameaçaram um grupo de cinco jovens e exigiram que eles formatassem os
celulares.
Os três PMs condenados pela Justiça
são os sargentos Joseval Silva Santos e Pedro Fabiano Soares Batista, e o
soldado Carlos Geraldo de Jesus Almeida
Júnior.
Além do roubo de três celulares, os
agentes de segurança são acusados de agredir e ameaçar o grupo de torcedores.
Conforme as imagens exibidas pela TV
Bahia, nesta terça-feira (18/ 11/ 2025), os agentes foram acionados por um
torcedor do Bahia, que afirmou ter sido roubado por um torcedor do Vitória, no
bairro do Barbalho. A ocorrência aconteceu em um dia de clássico entre os dois
times baianos.
O sargento Joseval Silva Santos foi o
primeiro a descer do carro. As imagens da câmera corporal que ele utilizava
mostram o momento que ele manda os jovens colocarem a mão na cabeça, na Praça
Nossa Senhora de Lourdes. A todo o momento, o PM ameaça os jovens e pergunta
sobre armas de fogo. É possível observar que o sargento Pedro Fabiano Soares
Batista agride um dos jovens rendidos com um tapa nas costas. (Veja o vídeo
acima).
O policial apontado é o sargento
Joseval Silva Santos, descrito como o agente que comandou abordagem criminosa.
Segundo a vítima, o militar afirmou que "mataria todo mundo" se eles
denunciassem a ação, logo após pegar os dados do grupo, incluindo os endereços.
O caso ocorreu no dia 1º de fevereiro,
na Praça Nossa Senhora de Lourdes, no bairro do Barbalho. No dia 10 de
novembro, a Justiça condenou os policiais militares.
Desde o crime, os três estão presos
no Batalhão de Choque da cidade de Lauro de Freitas. As penas variam de cinco
anos e oito meses a mais de 10 anos de reclusão, além da perda dos cargos e das
graduações na corporação.
Conforme dados da condenação, obtida
pela TV Bahia, na mesma ação, o sargento obrigou que outra vítima formatasse o
celular antes de entregá-lo. Caso a pessoa se recusasse, o PM iria acusá-la
falsamente de porte de drogas e armas.
As imagens das câmeras corporais
mostraram que, durante a abordagem, o sargento Pedro Fabiano Soares Batista e o
soldado Carlos Geraldo de Jesus Almeida Júnior cobriram as lentes dos
equipamentos com o dedo e uma arma de fogo. Já Joseval teve a filmagem
interrompida em um momento descrito no processo como "crucial".
Dos três aparelhos levados pelos
agentes na abordagem, apenas um deles foi recuperado. As investigações apontam
que o celular foi devolvido ao dono depois que o sargento Joseval repassou o
celular para outro agente, em uma churrascaria. Na ocasião, o militar registrou
um auto de apreensão e, assim, o dono conseguiu localizá-lo.
Por meio de nota, a Polícia Militar
da Bahia informou que não se manifesta sobre decisões judiciais referentes a
processos conduzidos pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário. Já os
condenados negam que tenham cometido crimes.
"O advogado criminalista Francis
Jambeiro, que representa Joseval Silva Santos, um dos três policiais militares
condenados por suposto roubo, anunciou recurso contra a sentença e denunciou
irregularidades processuais ignoradas pela Corregedoria e pelo juiz da
Auditoria Militar.
Segundo a defesa, existe uma vítima
identificada como Tiago que abordou a viatura policial relatando ter sido
assaltada por cinco pessoas em um Kwid branco. Imagens de câmera corporal
mostram esse homem sem camisa informando que foi roubado, agredido com barra de
ferro e teve sua camisa do Bahia levada. A vítima entrou na viatura, o veículo
foi localizado e ela apontou os cinco ocupantes como autores do crime. Porém,
Tiago nunca foi ouvido pela Corregedoria.
A defesa alega que um dos jovens que
se apresentaram como vítimas é sobrinho de um coronel da PM, que teria ligado
para a Corregedoria organizando a prisão dos três policiais.
Nenhum pertence das supostas vítimas
foi encontrado com os policiais, e a prisão em flagrante teria violado
requisitos constitucionais, já que não houve crime em andamento, perseguição ou
apreensão de objetos relacionados ao delito.
Das cinco supostas vítimas, apenas
três compareceram inicialmente à Corregedoria.
Os depoimentos apresentaram
contradições sobre o local estar movimentado ou vazio e sobre as ações
policiais. A defesa também acusa o juiz de pré-julgamento, por ter afirmado em
audiência de custódia que "policial tem que dar exemplo" e por ter
impedido uma testemunha de responder perguntas da defesa durante a instrução.
O advogado classifica o processo como
repleto de vícios e ofereceu-se para apresentar à imprensa documentos e vídeos
que comprovariam as irregularidades. A sentença de cem páginas está sendo
analisada para definição da estratégia recursal."
O
que diz a defesa de Carlos Geraldo de Jesus Almeida Júnior.
"O Escritório de Advocacia
Roberto Lima, encabeçado pelo advogado criminalista Roberto Lima Santos Neto,
que patrocina a defesa do SD PM CARLOS GERALDO DE JESUS ALMEIDA JÚNIOR,
esclarece que a sentença prolatada pelo juízo da 1ª Vara de Auditoria Militar
de Salvador será integralmente combatida em recurso de apelação, pois,
teratológica, não se sustentando por contrariar frontalmente as provas colhidas
durante a instrução processual.
Ademais, a defesa reafirma a
inocência do SD PM CARLOS GERALDO DE JESUS ALMEIDA, recém formado no curso de
formação da Polícia Militar do Estado da Bahia e, que está envolvido neste caso
em virtude da coação hierárquica irresistível sofrida."
O
que diz a defesa de Pedro Fabiano Soares Batista
"A defesa técnica do
1º sargento PM Pedro Fabiano Soares Batista, representada pela advogada Jamíle
Gonzaga e pelo advogado Nicolau Sarpa, vem a público, em respeito à sociedade e
aos órgãos de imprensa, esclarecer os pontos relevantes acerca dos
desdobramentos do processo cuja sentença foi proferida em 12 de novembro de
2025 pela 1ª Vara de Auditoria Militar de Salvador.
Desde o início da persecução penal, o
sargento manteve postura compatível com sua conduta funcional ilibada,
apresentando-se espontaneamente, colaborando com a investigação, comparecendo a
todos os atos processuais e exercendo sua defesa dentro dos limites legais e
éticos.
São mais de duas décadas de serviço
público militar, sem qualquer registro que desabone sua atuação.
Por fim, os advogados reforçam
a necessidade de que órgãos de imprensa, instituições públicas e a sociedade
respeitem o princípio da presunção de inocência, evitando julgamentos
antecipados capazes de gerar danos irreversíveis à imagem e dignidade do
sargento e de sua família. A defesa permanece absolutamente confiante de que,
no âmbito recursal, a verdade real será restabelecida, fazendo prevalecer a
justiça."
O que diz a Polícia Militar.
"A Polícia Militar da Bahia
informa que não se manifesta sobre decisões judiciais referentes a processos
conduzidos pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário, razão pela qual
eventuais esclarecimentos devem ser solicitados aos órgãos competentes.
A corporação reafirma que todas as
denúncias envolvendo policiais militares são rigorosamente apuradas na esfera
administrativa, de forma independente das investigações penais, adotando as
medidas cabíveis sempre que identificadas condutas incompatíveis com os valores
e deveres da instituição.
A PMBA destaca que permanece firme em
seu compromisso com a ética, a legalidade e a transparência, assegurando à
sociedade baiana que desvios individuais não refletem o trabalho diário
realizado pela ampla maioria dos homens e mulheres que integram a corporação".

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