ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.
EDIÇÃO DE Nº 3012
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
e-mail: angicodosdias2014@gmail.com
segunda, 27/ 05/ 2025.
A |
s investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelaram uma chocante relação entre o ex-policial do Bope Ronny Pessanha e o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do estado.
Segundo apuração da Delegacia de
Roubos e Furtos (DRF), Pessanha cobrava até R$ 1,5 mil por hora para oferecer
treinamentos táticos a traficantes da zona oeste da capital fluminense.
A CNN teve acesso a áudios, mensagens
e imagens que comprovam a atuação do ex-agente com os criminosos. Em um dos
vídeos, é possível ver traficantes armados com fuzis realizando atividades
físicas e simulações de combate sob a supervisão de Pessanha, que se
autointitula “referência em incursões e treinamento de guerra”.
Expulso da Polícia Militar em 2022,
Ronny Pessanha já havia sido preso em 2020 por envolvimento com milícias e
crimes como extorsão e grilagem de terras em comunidades como Rio das Pedras e
Muzema. Após deixar a prisão, ele passou a atuar junto ao tráfico, aproveitando
o vácuo de poder e os conflitos territoriais da região.
Em um dos áudios interceptados,
Pessanha relata com naturalidade o encontro com o traficante Willian Sousa Guedes,
conhecido como “Corolla”, em um ponto alto da favela. “Cheguei lá em cima
morto, cara”, diz ele. Em tom de frustração, completa: “Isso não pode
acontecer. Vai que eu preciso, porr*, sei lá, incursionar, fazer algum bagulho.
Porr*, eu vou morrer e porr*, eu sou
As investigações mostram ainda que
Pessanha, também, mantinha relações com Manoel Cinquini Pereira, o “Paulista”,
apontado como chefe do tráfico no Complexo da Penha. Em mensagens, Paulista
pressiona o ex-policial por não comparecer a um dos treinamentos agendados:
“Você foi no Corolla e não veio aqui por causa de quê? Ô, tenho combinado
contigo, irmão. Tá maluco?”
Além dos treinamentos, Pessanha também
utilizava sua empresa de segurança para alugar veículos de luxo a traficantes.
Um dos carros, um McLaren avaliado em R$ 2 milhões, teria sido alugado por R$
460 mil para Paulista, atualmente foragido.
Ronny Pessanha foi novamente preso em
março deste ano, durante a “Operação Contenção”, conduzida pela Polícia Civil
com o objetivo de desarticular quadrilhas atuantes na Zona Oeste. Ele, Corolla
e Paulista foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de associação
para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa.