ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS
EDIÇÃO DE Nº 2877, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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sábado. 14/ 12. 2024.
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Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado (14), o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022.
Ele foi detido em sua residência no Rio de Janeiro, sob acusação de obstrução de Justiça e participação ativa em uma trama golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A prisão ocorre em meio ao aprofundamento das investigações sobre os eventos que abalaram a democracia brasileira após as eleições de 2022.
Além de Braga Netto, (PL), outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, (PL), estão na mira da Justiça, incluindo nomes de peso como Augusto Heleno e Anderson Torres, compondo uma lista de 37 indiciados.
As engrenagens da conspiração.
De acordo com a PF, Braga Netto teria desempenhado um papel central em dois núcleos da organização golpista: o de incitação a militares para aderirem à ruptura institucional e o de oficiais de alta patente que apoiavam e coordenavam as ações de outros envolvidos. A investigação aponta que reuniões decisivas ocorreram em residências ligadas ao general, onde foram traçadas estratégias que incluíam até planos de assassinato de líderes políticos e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
As revelações são baseadas em documentos e mensagens que detalham como o grupo tentava desacreditar o sistema eleitoral e construir narrativas para justificar uma intervenção militar. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, que conduz o caso no STF, o objetivo final era abolir o Estado Democrático de Direito e consolidar o poder nas mãos dos militares envolvidos.
“Golpe do golpe”: a narrativa que
divide aliados.
Enquanto a defesa de Bolsonaro tenta se afastar das acusações, uma nova narrativa emergiu nos bastidores. A tese do “golpe do golpe” sugere que militares de alta patente planejavam não manter Bolsonaro no poder, mas sim substituí-lo, assumindo o controle direto do país.
Essa estratégia de defesa gerou atritos dentro do grupo político. Aliados de Braga Netto e Augusto Heleno consideram a manobra como traição e oportunismo do ex-presidente, que busca minimizar sua própria responsabilidade na trama.
Custódia e novas
operações.
Braga Netto foi encaminhado ao Comando Militar do Leste, no Rio, onde permanecerá detido. Mandados de busca e apreensão também foram executados em endereços relacionados ao general e a outros investigados. Um de seus ex-assessores, o coronel Flávio Peregrino, também teve seu endereço vasculhado pela PF.
Além disso, a Justiça determinou
medidas cautelares para evitar a destruição de provas e a continuidade de ações
ilícitas.
Esses desdobramentos sinalizam o
avanço da apuração e indicam que outros nomes de destaque podem ser implicados
e presos, nos próximos dias.
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