ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS
EDIÇÃO DE Nº 2919.
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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domingo, 16/ 02/ 2025.
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asiane Silva Teixeira, conhecida como “Dona Maria”, tornou-se um dos nomes mais temidos do crime organizado na Bahia.
Apontada pelas autoridades como a
maior traficante de drogas e armas do estado, ela acumulou uma extensa ficha
criminal, com suspeitas de envolvimento direto e indireto em aproximadamente
cem homicídios, segundo fontes da Polícia Civil.
A ascensão de “Dona Maria” ao topo do
crime organizado começou após a morte de seu companheiro e antigo chefe da
facção Bonde do Neguinho (BDN), “Pezão”. Assumindo o controle da organização,
ela expandiu suas operações para além da Bahia, estabelecendo conexões com o
Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções mais poderosas do país.
O
império do crime e a rede de mortes.
Além do tráfico de drogas e armas, a
atuação de Jasiane incluía crimes como extorsão, corrupção de menores,
falsidade ideológica e encomenda de execuções. De acordo com investigadores,
grande parte das mortes atribuídas à sua facção ocorreu por disputas
territoriais, acertos de contas e execuções de informantes.
A polícia acredita que “Dona Maria”
mantinha uma rede de pistoleiros responsáveis por eliminar rivais e desafetos.
Testemunhas protegidas relataram que ela ordenava execuções com frieza, sem
demonstrar remorso. Em alguns casos, as vítimas eram torturadas antes de serem
mortas, como forma de intimidação a outras facções criminosas e possíveis
delatores.
“Ela não apenas administrava o
tráfico, mas decidia quem vivia e quem morria. Quem não cumpria as regras da
organização era eliminado”, revelou um delegado que participou das
investigações.
A primeira prisão e a fuga.
Em 2019, “Dona Maria” foi capturada
em uma operação da Polícia Civil na Bahia. Durante a prisão, foram apreendidos
celulares com mensagens que indicavam sua participação direta na logística do
tráfico e na organização de assassinatos.
No entanto, em 2020, conseguiu um
habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça da Bahia e foi solta. Desde
então, ela estava foragida.
Mesmo longe da Bahia, Jasiane manteve
influência na facção e continuou a comandar suas operações à distância. A
polícia interceptou comunicações em que ela orientava subordinados sobre
carregamentos de drogas e execuções de desafetos.
A nova prisão e a possível
reviravolta.
A caçada a “Dona Maria” chegou ao fim
em janeiro de 2025, quando ela foi presa em um apartamento de luxo na cidade de
São Paulo. No momento da abordagem, agentes encontraram R$ 66 mil em espécie,
celulares e anotações detalhadas sobre o tráfico.
A nova prisão pode representar um
ponto de virada na luta contra o crime organizado na Bahia. Investigadores
esperam que a detenção da líder criminosa desestabilize o Bonde do Neguinho e
enfraqueça sua conexão com o PCC.
Agora, Jasiane Silva Teixeira
enfrentará um longo processo na Justiça; Com uma ficha criminal extensa e
suspeita de envolvimento em aproximadamente 100 mortes, a expectativa é que ela
cumpra uma pena severa, sem as brechas jurídicas que permitiram sua liberdade
no passado.
As autoridades seguem monitorando os
desdobramentos da prisão, temendo represálias do BDN. Enquanto isso, a
população da Bahia aguarda para ver se a queda da líder trará alívio a uma
região marcada pelo medo e pela violência.
Fonte
Autora: BZN
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