ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS
EDIÇÃO DE Nº 2926.
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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segunda - feira, 24/ 02/ 2025.
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enviado dos Estados Unidos para Missões Especiais, Richard Grenell, disse neste domingo, (23/ 02/2025), que o governo do presidente Donald Trump não quer uma “mudança de regime” para a Venezuela.
Em entrevista à The Epoch Times, ele afirmou que a ideia da Casa Branca é cumprir com a “agenda zero” definida pelos dois governos. O objetivo é retomar as relações entre os países sem interferência de políticas e gestões anteriores.
“Somos muito claros sobre o governo
venezuelano e Maduro, mas Donald Trump é alguém que não quer fazer mudanças de
regime. Passei o dia em Caracas, conheci [o presidente Nicolás Maduro e tivemos
uma reunião bilateral. Disse que queria ter uma conversa para um relacionamento
diferente com ele”, afirmou.
A declaração foi dada às margens da
Conferência Política de Ação Conservadora, (CPAC), evento organizado pela
extrema direita global em Washington. Segundo ele, o governo republicano quer
ter um “relacionamento diferente com a Venezuela”.
Grenell foi enviado à Caracas para
uma reunião privada com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A conversa
teve como objetivo discutir uma saída para os deportados venezuelanos que estão
nos Estados Unidos. Caracas concordou em receber os venezuelanos deportados
pelo governo republicano e concordou em enviar aviões comerciais para
buscá-los. Essas operações já estão sendo realizadas. Até agora, três voos
chegaram ao país, sendo o último nesta segunda-feira (24) com 242 pessoas.
O acordo entre as partes ainda
envolveu a liberação de 6 estadunidenses presos em território venezuelano por
participarem de planos para matar tanto o presidente quanto a vice, Delcy
Rodriguez.
De acordo com o enviado especial, ele
tentou fazer, por meios diplomáticos, com que o governo venezuelano pagasse
pelos aviões que viriam até os Estados Unidos.
Ainda segundo Grenell, Maduro fez uma
série de pedidos, mas o governo estadunidense não deu nada em troca para os
venezuelanos. Grenell disse que a única contrapartida foi a “sua própria
presença em Caracas”.
“Eu disse: ‘Olha, não estamos aqui
para te dar nada. No entanto, eu vim aqui para Caracas. Agora estou sentado no
seu palácio. Estou sentado aqui pedindo para você fazer coisas, e você tem
câmeras por todo lado. Você vai usar esse momento. Você vai dizer às pessoas
que estou aqui; isso por si só é um presente. Isso por si só sou eu mostrando a
você que precisamos falar sobre um relacionamento diferente’”, disse o enviado
especial.
Durante a entrevista, ele reforçou
também que queria levar seis dos estadunidenses que estavam presos. Grenell
disse que os seis chegaram em carros diferentes no mesmo dia e foram levados
para Washington nos aviões do governo estadunidense. O enviado especial também
afirmou que foram identificados 250 integrantes do Trem de Aragua que serão
deportados para a Venezuela.
O governo venezuelano tem negado a
participação dos deportados na facção e disse já ter desmantelado a atuação do
grupo na Venezuela.
Trump como ameaça
Grenell usou a entrevista para ameaçar outros países que devem negociar com os EUA. De acordo com ele, a diplomacia estadunidense consegue resultados positivos para a Casa Branca porque Donald Trump representa uma “ameaça crível” para outros governos.
“Como diplomata, tenho que dizer que, quando estamos numa mesa de negociações, somos bem-sucedidos não é porque conseguimos falar melhor do que outras pessoas. Há uma razão pela qual os embaixadores de Donald Trump conseguem fazer essas coisas. E é por causa de Donald Trump, é porque ele representa uma ameaça crível. Não é apenas uma ameaça de guerra, é uma ameaça tarifária, é uma ameaça de sanções econômicas, é uma ameaça crível”, disse.
Edição: Rodrigo Durão
Coelho
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