Edição da Manhã.

Jornal Edição da Manhã

4 de junho de 2025

Um home foi executado em frente a uma adega com mais de 9 tiros; assista ao vídeo clicando aqui.

ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3030

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

e-mail: angicodosdias2014@gmail.com 

quarta-feira, 04/ 05/ 2025.        

A

 vítima Clayton Henrique Bezerra de Oliveira executado morto com nove disparos em frente a uma adega na Cidade Patriarca, zona leste de São Paulo, na noite desta terça-feira (3/ 06/ 2025).   

          Ele estava em pé, de frente a uma Adega, onde segundo informações ele já havia sido funcionário, mas já não trabalhava mais lá.

          A vítima Clayton era acusado de roubo, tráfico de drogas e homicídio; é possível ver no vídeo um homem se aproximando e da para ver que a vítima até desconfiou do comportamento do matar, por está de boné escondendo o rosto com a cabeça baixa.

         O matador passou por trás da vítima ele ficou olhando de lado desconfiado, mas o margina, friamente sacou a arma e efetuou diversos disparos, mas depois da vítima já está caída no chão, não contente ele descarregou um revolver e depois sacou uma pistola e ainda efetuou três disparos.

          Ao fugir em uma moto, onde havia uma mulher esperando ele deixou cair um celular no local que foi apreendido pela polícia.

       A polícia apura a execução de Clayton Henrique Bezerra de Oliveira, morto com nove disparos em frente a uma adega na Cidade Patriarca, zona leste de São Paulo, na noite desta terça-feira (03/ 06/ 2025). Ele era ex-funcionário do estabelecimento.

          No vídeo, compartilhado em redes sociais, o atirador, usando um boné, dispara contra Clayton, que falava ao celular. Após esgotar as balas do revólver, o autor trocou de arma e continuou os disparos.

Um adeus à arqueóloga Niéde Guidon, que Faleceu na madrugada desta quarta-feira, (4/ 06/ 2025), aos 92 anos.

ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3030

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

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quarta-feira, 04/ 05/ 2025.       

A

os 92 anos, a arqueóloga Niéde Guidon, uma das mais importantes pesquisadoras da história mundial, com reconhecimento internacionalmente, ela dedicou sua vida ao estudo do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí.

          Ela liderou escavações que mudaram o entendimento sobre a presença humana nas Américas, a primeira dama da arqueologia brasileira Fundou o Museu do Homem Americano e foi responsável por transformar a região de São Raimundo Nonato em um dos mais relevantes sítios arqueológicos do mundo.

          A arqueóloga Niéde foi pioneira ao defender, com base em evidências arqueológicas, que o povoamento do continente americano teria ocorrido há mais de 50 mil anos — muito antes do que se acreditava até então.

         Suas descobertas causaram debates acalorados na comunidade científica e colocaram o Brasil no centro das discussões sobre a pré-história das Américas.

          Mais do que uma cientista, Niéde foi uma incansável defensora da preservação do patrimônio cultural e natural do país. Fundou o Museu do Homem Americano e foi responsável por transformar a região de São Raimundo Nonato em um dos mais relevantes sítios arqueológicos do mundo. Lutou por décadas para garantir investimentos e infraestrutura para o parque, enfrentando com firmeza o abandono do Estado.

A Justiça Eleitoral cassou o mandato de Rubinho Nunes, por repostar laudo falso de Marçal contra o deputado federal Boulos.

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EDIÇÃO DE Nº 3029

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quarta-feira, 04/ 05/ 2025.      

O

 parlamentar é da capital Paulista, vereador Rubinho foi condenado a oito anos de inelegibilidade.

         O juiz Antonio Maria Patiño Zorz determinou nesta sexta-feira, (30/ 05/ 2025), a cassação do mandato do vereador de São Paulo Rubinho Nunes, (União Brasil), e condenou o parlamentar a oito anos de inelegibilidade.

         Em suas redes sociais, Rubinho Nunes repostou um laudo falso publicado por Pablo Marçal, que associou o atual deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) ao uso de cocaína, na campanha rumo à prefeitura da capital em 2024.

         A decisão é de primeira instância, e o vereador poderá recorrer. Em sua defesa, Rubinho afirmou que a postagem ficou no ar somente durante 26 minutos e que não sabia da falsidade do laudo.

CNJ pune juiz Marcelo Bretas com aposentadoria compulsória por abusos na Lava Jato.

ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3028

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

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quarta-feira, 04/ 05/ 2025.     

O

 Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu por unanimidade, nesta terça-feira (3), aposentar compulsoriamente o juiz federal Marcelo Bretas.

          A penalidade, a mais grave do ordenamento disciplinar da magistratura, encerra a trajetória do principal nome da Lava Jato no Rio de Janeiro — agora marcado por acusações de parcialidade, vaidade e uso político do cargo.

Foto: Pragmatismo Político.

          A punição, relatada pelo conselheiro José Rotondano, reuniu três processos administrativos disciplinares. Entre as acusações, destacam-se a negociação de penas com advogados, quebra do dever de imparcialidade, vazamento de informações sigilosas e interferência direta nas eleições de 2018.

        Um juiz em busca de protagonismo.

Na avaliação do relator, Bretas “atuou com vaidade e anseio por protagonismo”, transformando o processo penal em palco de autopromoção. O juiz, segundo os autos, teria dirigido ações penais com objetivo de influenciar resultados eleitorais e favorecer candidatos como Wilson Witzel, em detrimento de adversários como Eduardo Paes.

          Um dos episódios emblemáticos foi o agendamento estratégico de audiências contra Paes em pleno período eleitoral, com perguntas carregadas de julgamento prévio. Parte do conteúdo da delação acabou vazando à imprensa, o que, segundo o CNJ, configurou desvio ético grave.

        Conluio com advogados e abusos processuais.

        O processo revelou ainda conluios com o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, que apresentou gravações comprometedoras ao CNJ e à PGR. Em um dos áudios, Bretas sugere “aliviar” a pena do empresário Fernando C     

          Cavendish — condenado a 43 anos — numa tentativa de firmar acordos vantajosos para a operação.

          Esse tipo de barganha, segundo o CNJ, atropelou o modelo acusatório previsto na Constituição, em que o juiz deve manter distância dos papéis de acusador e defensor.

          Críticas ao comportamento político e midiático.

         A atuação de Bretas fora dos autos também pesou na decisão. O juiz utilizava as redes sociais com postagens consideradas “entusiasmadas e justiceiras” e oferecia serviços de coaching judicial — prática vedada pelas normas da magistratura.

 

       Além disso, investigações internas apontaram que o magistrado teria influenciado diretamente a nomeação da própria irmã para cargo no governo de Witzel, eleito com apoio indireto da Lava Jato.

       Barroso: “Não se pune o combate à corrupção, mas os excessos”

        O presidente do CNJ e do STF, ministro Luís Roberto Barroso, fez questão de frisar que a condenação não visa desestimular o combate à corrupção, mas sim rechaçar práticas autoritárias travestidas de moralidade.

       “Não se trata de punir quem enfrenta o pacto oligárquico que sustenta a corrupção, mas sim aqueles que subvertem o processo penal e atuam com parcialidade deliberada”, afirmou Barroso durante o julgamento.

 

          O que diz a defesa de Bretas.

          A advogada Ana Luíza Vogado de Oliveira, que representa Bretas, considerou a decisão uma “grande injustiça” e sustentou que “não há prova de conluio ou dolo”. A defesa, no entanto, esbarra na impossibilidade de recurso no âmbito do CNJ — só resta eventual mandado de segurança ao Supremo Tribunal Federal.

        Bretas, por sua vez, declarou à TV Globo que foi vítima de “palavras mentirosas de um advogado criminoso” e que recorrerá da decisão.

        A Lava Jato no banco dos réus

        A punição de Marcelo Bretas expõe um ponto de virada institucional: o tempo dos justiceiros parece ter fim anunciado. A Lava Jato, que nasceu como símbolo de enfrentamento à corrupção, desagua em julgamentos sobre seus próprios abusos. O caso Bretas revela como a fronteira entre Justiça e espetáculo pode ser tênue — e perigosa.

          Fonte: Blog do Esmael.

3 de junho de 2025

Bolsonaro depõe no STF por tentativa de golpe em 2022.

ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3027

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

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terça-feira, 03/ 05/ 2025.         

O

 Supremo Tribunal Federal inicia, na próxima segunda-feira (9), a fase mais decisiva da ação penal contra os acusados de articular uma tentativa de golpe de Estado no Brasil.

          Ao todo, sete integrantes do núcleo político-militar do governo Bolsonaro prestarão depoimento — entre eles o próprio ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

          O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, comandará pessoalmente os interrogatórios, que ocorrerão de forma presencial na sala de sessões da Primeira Turma, em Brasília. As audiências estão previstas para durar até o dia 13, com sessões diárias entre 14h e 20h.

          Mauro Cid abre os trabalhos no STF.

         A abertura será com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator-chave do inquérito. Cid detalhou, em colaboração premiada, encontros secretos, minutas golpistas e o papel de militares e civis na tentativa de impedir a posse de Lula. Seu depoimento pode consolidar a narrativa de que houve, de fato, uma conspiração coordenada no interior do governo.

          Apenas Braga Netto, preso preventivamente, será ouvido remotamente. Os demais — incluindo Bolsonaro, Heleno, Torres, Ramagem e Garnier — serão confrontados com documentos, mensagens, delações e atas de reuniões internas.

          O STF ouviu 52 testemunhas antes dos réus.

          Desde 19 de maio, o Supremo ouviu 52 testemunhas — cinco de acusação e 47 de defesa. A fase de instrução revelou os bastidores da crise institucional e antecipou o clima que cerca os interrogatórios desta semana.

          Entre os episódios mais tensos, destaca-se o depoimento de Aldo Rebelo, que provocou reação firme de Moraes, ameaçando inclusive prendê-lo por desacato. A condução rígida do ministro demonstra a gravidade do processo em curso.

          Leia também: URGENTE: Bolsonaro e réus do golpe depõem no STF dia 09/ 06/ 2025.

Saiba mais: Tarcísio defende Bolsonaro no STF e diz que ex-presidente estava “triste e resignado”

          Eduardo Bolsonaro é alvo de novo inquérito.

Paralelamente, a Procuradoria-Geral da República abriu inquérito para investigar Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado por Lindbergh Farias (PT-RJ) de atuar nos EUA para deslegitimar o STF e mobilizar congressistas norte-americanos contra Alexandre de Moraes.

          Lindbergh, que depôs ontem (2) à PF, entregou um dossiê que associa Eduardo à tentativa de golpe e à articulação internacional contra a soberania brasileira. O documento inclui encontros com parlamentares como Cory Mills e cita possível crime de traição.

          O “núcleo duro” do golpismo no banco dos réus

A lista dos interrogados representa o coração da arquitetura golpista. São figuras centrais do antigo governo, com poder institucional real à época dos fatos:

Jair Bolsonaro, ex-presidente;

Mauro Cid, delator e operador logístico;

Walter Braga Netto, general da reserva e ex-candidato a vice;

Anderson Torres, então ministro da Justiça;

Augusto Heleno, general e mentor da “linha dura”;

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;

Almir Garnier, comandante da Marinha na transição.

As oitivas podem selar o destino político e judicial de Bolsonaro. Moraes já indicou que as provas são “contundentes e irrefutáveis”.

         Análise: risco real de prisão acelera o colapso bolsonarista

A fase atual não é mais sobre especulação. É sobre consequência.

          A inelegibilidade até 2030 é apenas uma das frentes. Nos bastidores, aliados já admitem a possibilidade de prisão. A estratégia de manter o ex-presidente em evidência está sendo ajustada para outro cenário: a perda total de controle narrativo.

           A tática do “perseguido político” volta à cena: lives, vídeos, ataques ao STF. Mas o contexto é outro. A delação de Cid, o dossiê contra Eduardo, a condenação de Carla Zambelli, e o peso institucional do Supremo indicam que o cerco jurídico se fechou de forma inédita.

          Se antes o bolsonarismo apostava na pressão de massa e no embate com as instituições, hoje enfrenta o vácuo de comando e a fragmentação interna. Não há plano B claro. O “Plano A” — sustentar a narrativa de 2026 — já perdeu fôlego.

           Um divisor de águas para a democracia, segundo o STF

          Para o Supremo Tribunal Federal, a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus ex-ministros militares representa mais do que um ato processual. Trata-se de um gesto institucional com valor simbólico e jurídico — um esforço deliberado de memória e justiça diante da gravidade dos fatos investigados.

          Na avaliação da Corte, este é um teste para a resiliência do Estado Democrático de Direito. A responsabilização de autoridades envolvidas em planos de ruptura institucional é vista como condição essencial para evitar a repetição de episódios semelhantes no futuro.

          Caso as provas reunidas conduzam à condenação dos réus, o julgamento poderá marcar, nas palavras de integrantes do STF, o fim da era de impunidade política para crimes contra a democracia.

   Fonte: Blog do Esmael.

URGENTE: O extremista e réu Bolsonaro e outros réus do golpe de 08/1/ 2023 depõem no STF dia 9/ 06/ 2025.

 ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3026

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

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terça-feira, 03/ 05/ 2025.        

O

 Supremo Tribunal Federal dá início, na próxima segunda-feira (9), aos interrogatórios dos réus acusados de arquitetar uma tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas urnas em 2022.

          O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, vai comandar as oitivas na 1ª Turma do STF, presencialmente, entre os dias 9 e 13 de junho.

          Mauro Cid abre os trabalhos.

          O primeiro a depor será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator central no inquérito. Seu testemunho é esperado com atenção, uma vez que a delação homologada por Moraes detalha os bastidores de reuniões, planos e ações para desestabilizar o regime democrático.

          A agenda das audiências prevê sessões diárias das 14h às 20h, podendo se estender ao longo da semana caso necessário. Apenas o general Braga Netto, preso preventivamente no Rio de Janeiro, será ouvido por videoconferência.

          Leia também: Tarcísio defende Bolsonaro no STF e diz que ex-presidente estava “triste e resignado”

Saiba mais: Eduardo Bolsonaro ataca STF e defende retorno do pai em 2026

          Os réus: o “núcleo duro” do plano golpista

Na sequência de Cid, os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética. A lista revela o coração institucional da trama investigada:

          Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin, ligado ao “gabinete do ódio”;

Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF no 8 de janeiro;

Augusto Heleno – general da reserva, ex-GSI e ideólogo da linha dura no governo Bolsonaro;

Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;

Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;

Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil, da Defesa e candidato a vice em 2022.

          O interrogatório presencial ocorrerá na própria sala de audiências do STF. Para além do aspecto processual, o ritual marca um momento de inflexão no enfrentamento institucional ao golpismo no Brasil.

          Cronograma das oitivas.

          A programação da semana de audiências no STF está definida da seguinte forma:

10/6 – das 9h às 20h

11/6 – das 8h às 10h

12/6 – das 9h às 13h

13/6 – das 9h às 20h

O Supremo já ouviu 52 testemunhas ao longo da fase anterior, incluindo aliados, militares e assessores próximos do ex-presidente. As sessões foram marcadas por tensão, como o episódio em que Moraes ameaçou prender Aldo Rebelo, ex-ministro ouvido pela defesa.

          Uma trama com nome e rosto.

A peça acusatória aponta Bolsonaro como líder de uma organização criminosa voltada a sabotar o processo eleitoral e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O cerne da acusação envolve a reunião no Palácio da Alvorada, onde se discutiu um plano de ruptura institucional — confirmado por várias testemunhas em juízo.

          A delação de Mauro Cid serviu como catalisador para o avanço da denúncia. Entre os elementos revelados, estão minutas de decreto de estado de sítio, tentativas de envolver as Forças Armadas e articulações paralelas com setores da segurança e inteligência.

          O que está em jogo

Leia também: Moraes confronta testemunha sobre 8/1 no STF, enquanto EUA restringe visto a autoridades estrangeiras

Saiba mais: Em NY, governadores tramam ‘bypass’ em Bolsonaro

          Ao convocar o núcleo político-militar do ex-presidente para depor sob as luzes do STF, Moraes coloca em cena o que pode ser a etapa final da responsabilização judicial pelo 8 de janeiro e seus antecedentes. O processo caminha para sentenças com potencial de redefinir os rumos da extrema-direita no Brasil.

          A partir das oitivas, o relator poderá encerrar a instrução do processo e liberar a ação penal para julgamento ainda em 2025 — ano em que Jair Bolsonaro tenta manter protagonismo político em meio à inelegibilidade e à fragmentação da oposição.

          Um divisor de águas

O Brasil assiste, mais uma vez, ao confronto entre a liturgia democrática e a pulsão autoritária que rondou o Planalto até o último minuto do mandato anterior. O STF, que já foi desafiado por ações e retórica golpistas, agora conduz a fase mais simbólica do julgamento dos responsáveis.

         Se a democracia for, como dizem, também um processo de memória, o depoimento de Bolsonaro e seus generais será peça central na construção de um futuro em que ruptura institucional não seja sequer cogitada.

         Tic-tac: risco real de prisão acelera queda de Bolsonaro

          O relógio da Justiça avança sem recuos. Jair Bolsonaro, já inelegível até 2030, agora enfrenta um risco concreto de prisão — reconhecido até por aliados mais próximos, que ajustam discursos e estratégias à nova realidade.

          Nos bastidores, o entorno do ex-presidente trabalha com um cenário que inclui incomunicabilidade e perda de controle narrativo. A insistência pública na candidatura de 2026 contrasta com a movimentação reservada de nomes que buscam manter o grupo coeso diante do que consideram inevitável: o enfrentamento direto com o Supremo Tribunal Federal.

         A Corte, por sua vez, tem acelerado os ritos. A condenação de Carla Zambelli a 10 anos de prisão não passou despercebida. Foi um recado claro de que a responsabilização por atentados à democracia não se encerrará nos peões. Moraes já classificou as provas contra Bolsonaro como “contundentes e irrefutáveis”.

          Diante disso, o ex-presidente volta a apostar na narrativa de perseguição: vídeos, ataques verbais, acenos à base radical. É uma tentativa de transformar desgaste judicial em energia política, de repetir o enredo do “perseguido” para tentar manter a militância mobilizada.

          Mas o contexto mudou. O peso das evidências, o avanço institucional e a fadiga pública com discursos conspiratórios colocam Bolsonaro diante de uma encruzilhada inédita.

O Efeito das políticas do governo Lula deixou a Gasolina mais barata, com a diminuição de 5,6% no preço do combustível, que a Petrobras anuncia, ontem, segunda - feira, 02/ 06/ 2025.

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EDIÇÃO DE Nº 3025

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terça-feira, 03/ 05/ 2025.            

A

 Petrobras anunciou nesta segunda-feira (2) uma nova redução no preço da gasolina vendida às distribuidoras. A partir de terça (3), o litro da gasolina A nas refinarias passará de R$ 3,02 para R$ 2,85 — um recuo de R$ 0,17 por litro, ou 5,6%.

                                             Foto: Lula

          A medida foi celebrada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, como reflexo direto da política de “abrasileirar os combustíveis”, bandeira do governo Lula desde a transição.

          O anúncio repercute em um contexto político-econômico marcado por tensões sobre o custo de vida e a busca por sinais concretos de desinflação. Nas redes sociais, Gleisi destacou que o corte acumulado desde dezembro de 2022 chega a 7,3%, sem considerar a inflação — o que, com o IPCA do período, representa uma redução real de 17,5% nas refinarias.

          “A gasolina vai ficar mais barata!”, escreveu a ministra. “Esse é mais um compromisso que vem sendo cumprido pelo Governo do Presidente Lula: abrasileirar o preço dos combustíveis!”

         O que muda na prática?

          A redução anunciada atinge a gasolina A — produto puro que é misturado ao etanol anidro antes de chegar aos postos como gasolina C. Apesar do corte na refinaria, o repasse ao consumidor depende de variáveis como a política comercial das distribuidoras, margens de lucro dos postos e tributos estaduais, como o ICMS.

         Historicamente, o impacto no preço final leva alguns dias e, em muitos casos, não é integral. Ainda assim, o movimento da Petrobras tende a aliviar a pressão inflacionária nas bombas, sobretudo em grandes centros urbanos e regiões metropolitanas, onde o peso logístico da cadeia é menor.

          Bastidores da decisão: equilíbrio entre preço e política.

          A estratégia de precificação da Petrobras passou por forte revisão no governo Lula. Desde maio de 2023, a estatal abandonou o modelo de paridade internacional (PPI), que atrelava os preços internos às cotações do dólar e do barril de petróleo no exterior. A gestão Jean Paul Prates, e agora Magda Chambriard, vem adotando uma abordagem “mista”, combinando referências externas com custos internos e margens de refino.

          Fontes da própria estatal e do Ministério de Minas e Energia ouvidas pelo Blog do Esmael revelam que a redução atual só foi possível graças à queda no custo do petróleo Brent nas últimas semanas, à valorização do real frente ao dólar e à estabilização do consumo interno.

         “A Petrobras não pode ser instrumento de choque político, mas também não deve se comportar como uma petroleira privada isolada do país onde atua”, disse um técnico próximo à diretoria executiva da empresa.

       Impacto político e projeções.

        A redução da gasolina representa um alívio para o governo em um momento de cobrança por resultados na economia real. A base do Planalto no Congresso busca reforçar a narrativa de que a agenda de reindustrialização e contenção inflacionária está em curso.

         Além disso, há uma disputa simbólica com o legado bolsonarista. Durante o governo anterior, as flutuações dos combustíveis geraram crises semanais e um desgaste crônico entre Planalto e Petrobras, culminando em trocas sucessivas de comando na estatal.

         “A diferença agora é que o preço cai sem chantagem, sem canetada e com responsabilidade fiscal”, comentou um parlamentar da base do PT, em reserva.

          Com a gasolina abaixo de R$ 3 nas refinarias, o governo Lula ganha fôlego para avançar em outras frentes — como a taxação de super-ricos, a reforma tributária e a reoneração escalonada de setores da economia.

          Redução discreta

          O anúncio de corte de 5,6% no preço da gasolina pela Petrobras, ainda que tecnicamente discreto, tem peso político expressivo. É uma resposta concreta às pressões do consumidor, às expectativas do mercado e à agenda de reconstrução do pacto social promovida pelo governo Lula.

          Enquanto opositores tentam desgastar a Petrobras com narrativas de intervenção e prejuízo, os dados mostram que a estatal segue lucrativa, com controle sobre seus custos e responsabilidade com a inflação.

          Se o consumidor sentirá esse corte no bolso nos próximos dias, resta acompanhar o comportamento das distribuidoras e dos postos. O que já está claro é que, no jogo do combustível, há mais do que preços: há disputa por narrativas — e o governo decidiu ocupar esse espaço.

Fonte: Blog do Esmael.