Edição da Manhã.

Jornal Edição da Manhã

10 de janeiro de 2019

Mito! Baixa no governo! Aqui em baixo, deste lado do brasil noticio a primeira derrota do Mito Bolsonaro.




JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS  EDIÇÃO DE Nº 1.907, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL.  QUinta - FEIRA 10. 01. 2018. WHATSAPP E GRUPO DO WHATSAPP: 74 99907 9863.

                     Passa!
 
              Próximo!
      ...?

          A bolsonarização do Brasil: O bagui está muito louco mano! Em nove dias de Governo, ele já mito várias vezes, com gravidade foram seis, suficiente para assustar os ministros; do segundo escalão, ( um dos seus escolhidos), já pediu para sai, ou foi mandado, não dá para saber ao certo. Sabe – se que o forasteiro era presidente da Apex, O agora ex-presidente da Apex, Alecxandro Carreiro já está de ressaca desta façanha que é está na, “casa”, governo, da família governamental, Bolsonaiada.

APEX SIGNIFICA: Agencia de Promoção de exportação do Brasil.

 

O Presidente da Apex foi demitido, e o governo Bolsonariano teve a primeira baixa, saída, de um funcionário do alto escalão.
A Apex é uma Agência ligada ao Itamaraty e tem como função buscar investimentos estrangeiros para o Brasil.

          Alex Carreiro não durou uma semana no cargo, e pediu exoneração seis dias depois de assumir a presidência da Apex; nos bastidores, a queda era considerada questão de tempo, já que sua escolha para o cargo era considerada equivocada por funcionários do Itamaraty; com inglês sofrível, ele era formado em comunicação social e não tinha experiências prévias em comércio exterior.

          O governo do presidente Jair Bolsonaro, (PSL), sofreu sua primeira baixa em menos de 10 dias de gestão. O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alex Carneiro tinha sido empossado no dia 3 e pediu exoneração nesta quarta-feira, (09. 01. 2019), sem explicar os motivos da decisão.

          O anúncio foi feito no Twitter, pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

          "O Sr. Alex Carreiro pediu-me o encerramento de suas funções como Presidente da APEX. Agradeço sua importante contribuição na transição e no início do governo. Levei ao PR Bolsonaro o nome do Emb. Mario Vilalva, com ampla experiência em promoção de exportações, para Pres. da APEX", disse o chanceler.

          Nos bastidores, a queda de Carreiro era considerada questão de tempo, já que sua escolha para o cargo era considerada equivocada por funcionários do Itamaraty. Com inglês sofrível, ele era formado em comunicação social e não tinha experiências prévias em comércio exterior.

9 de janeiro de 2019

Bolsonaro, por tabela família, pode ser pego com a boca na Botija, por engano, ganância, ou corrupção?


JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS  EDIÇÃO DE Nº 1.906, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL.  QUARTA - FEIRA 09. 01. 2018. WHATSAPP E GRUPO DO WHATSAPP: 74 99907 9863.

          Pela segunda vez consecutiva a família Queiroz não comparece ao Ministério Publico do Rio de Janeiro, para prestar esclarecimentos sobre a movimentação financeira que o Coaf identificou como suspeita.


Fabrício Queiroz divulgou fotos dele internado em Sã Paulo.

Fabrício Queiroz  vira piada na internet com caixa de documento e os ministros do  Bolsonaro correndo.
Bolsonaro.

          A primeira notificação foi para Fabrício Queiroz que não compareceu e alegou problemas gravíssimos de saúde, sengo informes está tratando de um tumor cancerígeno.

          A segunda vez ocorreu, ontem, terça – feira, (08. 08. 2018). Foram a esposa do Fabricio Queiroz e a filha, que, a exemplo de Fabricio, também, não compareceram.
 

Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (8), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) indicou que pedirá a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que teve suas movimentações financeiras consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Queiroz informou que estava internado em São Paulo.
 
“Vale destacar que a prova documental encaminhada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ao MP-RJ tem informações que permitem o prosseguimento das investigações, com a realização de outras diligências de natureza sigilosa, inclusive a quebra dos sigilos bancário e fiscal”, afiram os procuradores na nota.

Segundo um relatório do Coaf, Fabrício Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Uma das transações foi um repasse de R$ 24 mil destinado à primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O MPRJ suspeita que os assessores do gabinete de Flávio Bolsonaro eram obrigados a devolver parte do salário a Queiroz, que posteriormente repassava ao parlamentar.

Veja a nota do Ministério Público do Rio de Janeiro:

“O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informa que os depoimentos de Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz, filhas de Fabrício Queiroz e de sua companheira Márcia Oliveira de Aguiar, não ocorreram nesta terça-feira (08/01). De acordo com a defesa, “todas mudaram-se temporariamente para cidade de São Paulo, onde devem permanecer por tempo indeterminado e até o final do tratamento médico e quimioterápico necessários, uma vez que, como é cediço, seu estado de saúde demandará total apoio familiar.”

Como já foi amplamente noticiado, foi sugerida a próxima quinta-feira, dia 10/01, para oitiva do ainda deputado estadual notificado Flavio Bolsonaro que, por força de prerrogativa parlamentar, pode indicar nova data para seu depoimento.

O MPRJ esclarece que a oitiva dos investigados representa uma oportunidade para que possam apresentar suas versões dos fatos e que o não comparecimento voluntário e deliberado reflete, neste momento, uma opção dos envolvidos, sendo certo que o direito constitucional à ampla defesa também poderá ser exercido em juízo, caso necessário.

Vale destacar que a prova documental encaminhada pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ao MPRJ tem informações que permitem o prosseguimento das investigações, com a realização de outras diligências de natureza sigilosa, inclusive a quebra dos sigilos bancário e fiscal.

O MPRJ seguirá apurando os fatos de forma reservada e sigilosa, manifestando-se apenas por meio de notas oficiais.”

O Brasil bosonarizado promete ser muito Louco.


JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS  EDIÇÃO DE Nº 1.905, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL.  Quarta - FEIRA 09. 01. 2018. WHATSAPP E GRUPO DO WHATSAPP: 74 99907 9863.
          O ódio, rancor e violência pregados nas campanhas eleitorais, pelo fascismo já surte efeito e a ideologia da força bruta, violência, se espalha, rapidamente, pelos quatro cantos do País.
          A crise da segurança atinge, também, para o Pará e Espírito santo, que já solicitaram tropas armadas ao governo Federal.

Jair Bolsonaro atual presidente do Brasil.


          Na semana passada, o Ceará recebeu  recebeu 406 agentes da Força Nacional, 100 policiais militares da Bahia e 50 policiais rodoviários federais. Foram incendiados ônibus, carros particulares e oficiais, caminhões de entrega, caçambas de lixo, canteiro de obras, estacionamentos e até uma concessionária de veículo foram incendiados. Prédios públicos foram metralhados, um viaduto e uma ponte tiveram as estruturas danificadas. Também foram encontrados explosivos nos trilhos do metrô de Fortaleza.


          Depois do Ceará, agora os governadores do Pará e Espírito Santo pedem tropas federais em seus Estados, para conter a crise na segurança pública, que começa a se alastrar neste início de governo Bolsonariano; o Ceará foi alvo de 161 ataques de facções criminosas, em 39 cidades do Estado nos últimos sete dias. O governador do Pará, Helder Barbalho quer o envio imediato de 500 homens da Força Nacional, para seu Estado, para conter a crise na segurança pública.
          Após o Ceará, alvo de 161 ataques de facções criminosas em 39 cidades do estado desde a última quarta-feira (2), pedir ajuda federal para amenizar a violência no estado, os governadores Renato Casagrande (Espírito Santo) e Helder Barbalho (Pará) querem apoio da Força Nacional para a segurança em seus estados.
          Casagrande tem um encontro nesta quarta-feira (9) com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em Brasília, para tratar do reforço da segurança e da estrutura do sistema prisional do estado, que estaria sob ameaça por causa da superlotação. Barbalho pediu envio ao estado de 500 homens da Força Nacional para impedir o avanço da criminalidade. De acordo com a pasta da Justiça, a solicitação está em análise na pasta.
 
          O jornal O Globo veiculou uma versão favorável tanto ao governo Temer como ao de Bolsonaro sobre uma suposto sucesso dos setores da inteligência do Estado -que não se confirma nas ruas do Ceará e agora espalha-se para outros Estados. Segundo o jornal, "fontes do primeiro escalão do ex-presidente Michel Temer e auxiliares diretos do atual ministro da Justiça, Sergio Moro, revelaram que o trabalho das forças de segurança conseguiu neutralizar, nos últimos dias de dezembro, a ação das facções criminosas dentro dos presídios.                   

          A inteligência policial não teria eliminado, porém, o risco de que os ataques, que se alastraram pelo interior do Ceará, migrem para prisões de outros estados", ou seja, a crise poderá alastrar-se ainda mais, pois há mais estados sob monitoramento do governo. De acordo com "interlocutores do ministro da Justiça" citados pelo jornal , um dos motivos da revolta entre os presos foi a decisão de Temer de não conceder indulto de Natal no fim do ano.


8 de janeiro de 2019

Rede na pescaria de novos objetivos da empresa Mineradora Galvani LTDA, responsável pela degradação ambiental na comunidade Angico dos Dias.


JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS  EDIÇÃO DE Nº 1.904, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL.  TERÇA - FEIRA 08. 01. 2018. WHATSAPP E GRUPO DO WHATSAPP: 74 99907 9863.

          A Rede: é uma organização criada, coordenada e mantida pela empresa Mineradora Galvani que está a mais de 12 anos a usurpar a vida de todas as espécies de seres existentes na comunidade Angico dos Dias.  
Vejam onde a empresa se estabeleceu, praticamente dentro da bacia hidrográfica. Esta era a unica lagoa que existia na comunidade e era de água potável, que servi para abastecer oito comunidades da Fazenda Angico, antes da vinda desta minerador, porém depois que a mineradora construiu sua fabrica ás margens da represa destruiu total mente a fonte de água e nunca mais foi a mesma. Hoje a população da das oito comunidades se servem de água de poços artesianos e salgadas.  
                    

         Sábado 12 de Janeiro a organização Rede estará em Campo Alegre de Lourdes, no Calçadão do Banco do Brasil com o oficio de vender uma imagem da empresa mineradora Galvani LTDA, como de uma empresa comprometida com o social e que investe no progresso e desenvolvimento do Município.

 Esta organização, por nome Rede, tem como objetivo agir para maquiar e minimizar os efeitos devastadores que a mineradora causa na comunidade do Angico dos Dias e desta forma garantir que a população nunca estará unida, totalmente, para fiscalizar, denunciar e cobrar providencias contra os atos de destruição que ela causa ao meio ambiente, aos recursos hídricos e ao ar, além da própria saúde da população.  


          Uma das principais características de ação desta organização é manter a população sempre envolvida em artesanatos reuniões, festinhas, caminhadas, e supostos cursos de profissionalizações culturais, que não significam nada mais do que passatempo e envolvimento ocupacional daquelas pessoas, que podem representar problema para a empresa agira na retirada do Minério.


         Esta organização que é administrada por pessoas escolhidas a dedo, pela empresa tem sido obstáculo para que se possa organizar qualquer movimento de oposição a empresa, no sentido de cobrar que ela seja responsabilizada, por danos causados na retirada de minério na Comunidade.

Mulher do ministro bolsonariano, Moro, exigiu que os brasileiros parem de reclamar do governo Bolsonariano.


JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS  EDIÇÃO DE Nº 1.903, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL.  TERÇA - FEIRA 08. 01. 2018. WHATSAPP E GRUPO DO WHATSAPP: 74 99907 9863.
               A Mulher do ministro bosonariano Moro, antes incentivava os protestos contra o PT e o Lula, mas agora tenta inibir as manifestações do povo, contra o governo bolsonarista.
Será que é montagem? Aécio Neves e Sergio Moro em momentos de fraternidade.




Em clima ainda de campanha  A advogada sapecou a hashtag #bolsonaromoroguedes”. Uma referência aos nomes fortes do novo governo da extrema-direita

A advogada Rosângela Moro, mulher do ministro da Justiça e Segurança Pública no governo bolsonariano, Sérgio Moro.


         A advogada Rosângela Moro, mulher do ministro da Justiça e Segurança Pública no governo bolsonariano, Sérgio Moro, notificou no Instagram os brasileiros para:  “que parem de reclamar e de mimimi e esperem para ver a que  veio esse governo”.


         A socyelite, (mulher rica e famosa, que se mantem nas principais colunas de revistas e jornais),  antes chegou a criar páginas na internet e redes sociais para pedir apoio para atacar o PT e o LULA para que seu esposo conseguir ajudar a derrubar o governo da Dilma e prender o Lula, agora ela, no poder, ou melhor no governo do Bolsonaro fez uma notificação tentando impedir que o povo se manifeste.

          A advogada Rosângela Moro, mulher do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, escreveu no Instagram um apelo aos brasileiros para “que parem de reclamar e de mimimi esperem para ver a que  veio esse governo”.

          Segundo Rosângela, o governo de Bolsonaro vai promover “redução de custos, cortes de despesas desnecessárias, zero propina”. A advogada sapecou ainda a hashtag “#bolsonaromoroguedes”, uma referência aos nomes fortes do novo governo da extrema-direita

A Burguesia e a elite da Educação brasileira se rebelaram contra a ideologia fascista do governo Bolsonaro.


JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS  EDIÇÃO DE Nº 1.901, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL.  TERÇA - FEIRA 08. 01. 2018. WHATSAPP E GRUPO DO WHATSAPP: 74 99907 9863.


         Reduto eleitoral do sistema fascista de Bolsonaro, o grupo das escolas de elite, “ escola dos ricos, de tendência construtivista Critique, de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais se rebelaram contra seu guru Bolsona e declaram guerra, contra os ataques do regime fascista ao sistema Educacional brasileiro.
          O sorriso do Guru diz tudo.
Continua a saga fascista estrambelhado, na tentativa de manter bolsonarisado seu reduto de fanáticos, mas eles querem sair da bolsonaria que se meteram.         
         Olha a bagunça nas redes socias contra a ideologia fascista nas escolas, já querem e defendem em carta o sistema da  esquerda.

 
           
      
         
Este Grupo de escolas de elite, dos ricos, de SP, RJ e MG divulgaram carta ao ministro da Educação.

O livro que nunca existiu nas escola, e foi fundamental para eleger o Criador do Kit Gay, pois quem criou a ilusão da existência deste livro nas esclas foi o próprio Bolsonaro.



         O grupo de escolas de elite, de tendência construtivista Critique, de São Paulo, Rio e Minas divulgou uma carta ao ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, alertando que ele “não permita que o País entre numa rota de retrocesso”. O texto diz que as declarações de Rodriguez até agora “deixam a desejar” e enfatiza que o movimento Escola sem Partido é “anacrônico e fantasioso”.

Fazem parte do grupo que assina o manifesto a Escola da Vila, na zona oeste, e Escola Viva, na zona sul, ambas de São Paulo e com ensino de influência construtivista. São colégios de elite, considerados referências na cidade, cuja mensalidade gira em torno de R$ 4 mil.

Leia a íntegra da carta do Grupo de Escolas Critique:

Carta ao Ministro da Educação sobre a educação das crianças e jovens brasileiros

2 de janeiro de 2019
por Grupo de Escolas Critique

Senhor Ministro da Educação,

Nossa longa e ampla experiência na escola nos impele ao dever de contribuir para a atual discussão sobre a educação escolar brasileira. Precisamos começar por esclarecer que o problema de nossas escolas não são ideologias de esquerda em sala de aula, mas a incapacidade do sistema de conseguir que os alunos aprendam. São muitas e complexas as razões que trouxeram a Educação Básica aos péssimos resultados que se repetem há alguns anos. Mas, certamente, entre as muitas principais delas, não estão ideologias de esquerda. Antes podemos nos lembrar da ausência de apreço que se tem, no Brasil, pela escola e a pouca valorização que se dá ao professor, à sua ação e formação. Para citar apenas duas bastante relevantes.

A insistência em enfatizar problemas ideológicos serve apenas para desviar o foco do problema real e prejudica o aprimoramento da educação escolar, tão essencial para que o país se torne viável. A Educação Básica é um problema nacional importante e grave demais para que se reduza a acusações a pretensas maquinações de esquerda.

Considerar que a escola ensina e a família e a igreja promovem a educação moral é uma opinião desatualizada, pois o desenvolvimento moral é inseparável do desenvolvimento intelectual, e a educação das crianças não se limita a memorizar informações e fatos. O conhecimento existe em um contexto, numa abordagem que, necessariamente, envolve o desenvolvimento emocional, social, intelectual, moral e físico do aluno.

Confundir educação moral – que tem como objetivo construir a autonomia do sujeito – com moral religiosa obscurece o conhecimento e relega a aprendizagem a uma pedagogia transmissiva obsoleta.

Aguardamos de Vossa Excelência um projeto coerente, fundamentado, lógico e sensato para enfrentar as dificuldades da nossa educação escolar que precisa cumprir sua função de garantir que as novas gerações compreendam e contribuam para o aperfeiçoamento da sociedade.

Não concordamos que – num país em que muitos alunos não chegam a aprender a ler – se tenha como meta principal vigiar professores e criar Conselhos de Ética, nas escolas, para “zelarem pela “reta” educação moral dos alunos”. Excelência, escola é lugar de falar de alfabetização, comunicação, pensamento lógico, científico, humanidades, moral, tudo o que fundamenta o acervo cultural da humanidade. O pensamento moral implica transformação interna do sujeito, que se constrói discutindo ações e conhecimentos, e não com punição e obediência.

No texto “Um roteiro para o MEC”, Vossa Excelência se preocupa com “uma estrutura armada para desmontar valores tradicionais da nossa sociedade, (…) da família, da religião, da cidadania, em suma, do patriotismo”. Asseguramos que o que existe, de fato, é a dificuldade de aprender dos alunos. Para tanto, os professores não necessitam de vigilância, mas de formação e de valorização.

Alertamos que a Escola sem Partido, que Vossa Excelência considera “uma providência fundamental”, não está atualizada com as pedagogias contemporâneas, discutidas e estudadas em todos os países do mundo que se preocupam com  formar gerações que consigam interpretar a realidade, em sua complexidade, para lidar com as transformações radicais decorrentes do mundo digital.

A acusação de que supostas ‘educação de gênero’ e ‘ideologia marxista’ estão infiltradas na escola soa como um discurso anacrônico que remete aos anos da guerra fria no século 20. E é, mais uma vez, um deslocamento da questão realmente grave que é a da dificuldade de tornar as crianças e jovens brasileiros aprendizes eficientes e preparados para os desafios do mundo atual.

O Brasil precisa se educar para o novo mundo, criado pelas novas tecnologias, com questões demasiadamente desafiadoras para a humanidade. Não há tempo a perder com convicções vetustas que parecem ignorar que a humanidade foi capaz de levar o homem à Lua, que é capaz de manipular genes, descobrir curas para doenças, inventar máquinas que facilitam a vida, tudo isso porque a espécie humana é dotada de mentes curiosas, criadoras e inventivas. Essa capacidade de pensar, discutir, refletir e trocar conhecimento trouxe a humanidade até aqui. Cercear essa capacidade é preocupante e, mais ainda, se nossa educação básica é sabidamente ruim, com menos discussão, troca e reflexão certamente não vai melhorar.

Quanto ao exame do Enem, Senhor Ministro, a prova não é elaborada por pessoas mal intencionadas que desejam prejudicar jovens. Não, pelo contrário, a prova é construída por professores que tentam ligar o conhecimento a diversos contextos, que é o que se busca hoje na educação escolar. Quando Vossa Excelência diz que a “prova tem que avaliar realmente os conhecimentos. O aluno não pode ter medo de levar pau” não é claro como Vossa Excelência significa o conhecimento. Para nós, conhecer é conseguir aplicar o conhecimento em diversas situações, é estabelecer relações entre os saberes, é saber usar na vida o que se aprendeu. Não consideramos que conhecimento são conteúdos memorizados e descontextualizados. Quanto ao receio de o aluno de ser reprovado deve-se à má qualidade da educação escolar e não a intenções perversas de quem corrige as provas.

Senhor Ministro, sua biografia informa que é autor de mais de 30 obras e professor emérito da Escola de Comando do Estado Maior do Exército. Também é mestre em pensamento brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ); doutor em pensamento luso-brasileiro pela Universidade Gama Filho; e pós-doutor pelo Centro De Pesquisas Políticas Raymond Aron. Com tanto lastro intelectual, é difícil acreditar que V. Excia considere a Escola sem Partido “providência fundamental”. Afinal, é um grupo de amadores, que carece de saberes básicos sobre educação, e que divulga fantasias sobre influência de partidos políticos sobre estudantes dentro de escolas de Ensino Fundamental e Médio. Com tanto embasamento cultural, esperamos que Vossa Excelência não aceite esses ataques ao conhecimento.

Concordamos com sua opinião de que “doutrinação não é boa para o aluno, nos primeiros anos, no ensino básico, fundamental”, mas vamos mais longe: doutrinação não é boa nunca. O que forma a consciência cidadã é a discussão e a dúvida, o que é muito diferente de reprimir a expressão e incentivar a denúncia, ação altamente deseducativa do ponto de vista moral.

Falar sobre gênero, senhor ministro, é  falar de um conceito moral muito mais amplo, que abrange ideais de respeito e aceitação do outro, essenciais para o convívio. Todos têm a liberdade de ser como são, sem moldes determinados. Isso é respeitar o indivíduo, sem regulamentação do que ele é por decreto, numa interpretação oposta a que Vossa Excelência manifestou numa entrevista.

Saber que planeja melhorar as condições do ensino, nas escolas municipais, para “resgatar a qualidade do nosso ensino” é alvissareiro, porém ficou faltando esclarecer como isso será proposto e realizado.

Como educadores que dedicaram sua vida profissional à escola, pedimos que Vossa Excelência não permita que o país entre numa rota de retrocesso, a partir da instituição escolar. Para assegurar a laicidade da educação, como prevista na constituição brasileira, pedimos que não deixe que a exploração da credulidade dos despossuídos, por meio da religião, se imiscua no processo da educação escolar. O conhecimento e a cultura são patrimônio de um país. A arte atravessa a História da Humanidade e é expressão de civilização, que não pode ser demonizada.

E, com sua formação, Vossa Excelência sabe que criacionismo e darwinismo não são histórias equivalentes para serem objeto de opção. Crença e conhecimento são coisas muito diferentes. Uma é fé, e outra é ciência.

Até aqui, senhor ministro, suas declarações deixaram a desejar. Ainda aguardamos um plano criterioso que assegure a aprendizagem que vai preparar nossas crianças e jovens para enfrentarem, entre outros muitos desafios, o aquecimento global, as mudanças climáticas, as questões éticas da manipulação genética, da inteligência artificial, e os muitos problemas ainda desconhecidos, mas que sabemos que virão com a transformação cada vez mais rápida da realidade.

Atenciosamente,

Grupo de Escolas Critique

*Com informações do Site Critique e Estadão Conteúdo

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