JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS EDIÇÃO DE Nº 20149, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL. terça - FEIRA. 06, 08, 2019
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Nas redes sociais, um
discurso moralista em defesa da ética e várias imagens em passeatas
"contra a corrupção, a favor do impeachment de Dilma, da prisão de Lula e
da extinção do PT". Na vida cotidiana, o neurocirurgião Erich Fonoff integrava esquema
fraudulento no SUS. O médico foi preso pela Polícia
Federal.
O neurocirurgião do
Hospital das Clínicas (SP), Erich Fonoff, especializado em Mal de Parkinson,
foi um dos presos em condução coercitiva na última segunda-feira (18) na
operação Dopamina, da Polícia Federal.
De acordo com os
investigadores, Fonoff e outros médicos faziam parte de um esquema criminoso de
desvio de recursos públicos para a compra de equipamentos médicos.
São estimados cerca de R$
18 milhões de prejuízos aos
cofres públicos.
Apesar de,
supostamente, ter se beneficiado com desvios de recursos públicos, o
neurocirurgião é um assíduo “militante” anticorrupção.
Desde que a
presidente Dilma Rousseff foi eleita em 2014, Fonoff tem frequentado inúmeros
protestos pró-impeachment e, pelas redes sociais, pedia o “fim da corrupção”, pregando a prisão do ex-presidente Lula e
espalhando boatos como de que o governo federal cortaria o Bolsa Família de
quem não votasse em Dilma nas eleições de 2014.
Entenda o caso.
As investigações
apontaram que os pacientes com mal de Parkinson eram orientados pelo
neurocirurgião Erich Fonoff e pelo diretor administrativo do setor de neurocirurgia
do hospital, Waldomiro Pazin, a procurarem a Justiça para conseguir marcapassos
cerebrais. Com decisões judiciais, o hospital adquiria equipamentos sem a
necessidade de licitação, que custavam cerca de quatro vezes mais que o preço
real.
Waldomiro Pazin, Erich
Fonoff (responsável por 75% das cirurgias investigadas), Vitor Dabbah, dono da
empresa Dabasons, que importava os equipamentos, e Sandra Ferraz, funcionária
da empresa, foram alvos de condução coercitiva. De acordo com a PF, os
beneficiados com as decisões tinham quadros semelhantes ou até menos graves que
outras pessoas que estavam na fila para conseguir o tratamento.
O esquema funcionou de
2009 a 2014, nas gestões tucanas de José Serra e Geraldo Alckmin. Nesse período
foram feitas 154 cirurgias de implante para tratamento de Parkinson com
recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) com ordem judicial. Neste período não
houve licitação para compra de marcapassos de maneira regular, e 82 pessoas não
conseguiram operar de maneira regular.
A defesa do neurocirurgião
Erich Fonoff afirmou que “como médico cirurgião, ele nunca deteve poder para
influenciar o processo de compra de equipamentos no Hospital das Clínicas”.
Com informações de
Folha e Revista Brasileiros.
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