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odrigo
Janot, ex-procurador geral da República, em seu livro, escrito com base em depoimentos, aos jornalistas Jailton de Carvalho e
Guilherme Evelin, que está em pdf
na internet é material aceitável, para anular a ação
penal que condenou o Lula, no processo conhecido como processo do
triplex no Guarujá.
Os próprios promotores e o Juiz Sergio Moro sabiam que a
denuncia, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro era fraca e por isto não
havia sustentação, por se só, ou seja, não havia
sustentação nos termos dos procuradores Dallagnoll e Paludo.
Em setembro de 2016, procuraram o ex- procurador geral da republica,
Rodrigo Janot, (PGR), para obrigarem a antecipar a denúncia, como organização
criminosa contra o PT.
Leia
como é clara a narrativa do ex-procurador e que reforça a tese do PT e do ex-
presidente Lula.
Observem como Janot descreve com
simplicidsade e clareza esta situação contribuiu para que os procuradores e o
Moro fraudassem o processo contra o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva:
Leia o fragmento, onde esclarece toda
a trama dos procuradores lavajateiro e do Moro, com o objetivo único e
exclusivo de prender o Lula a qualquer custo, para que ele não saísse candidato
a presidente, já que a vitória era dada como certa ainda no primeiro turno.
“Precisamos que você [Janot] inverta a ordem
das denúncias e coloque a do PT primeiro”, disse Dallagnol, logo no início da
reunião.(…)
“Não, eu não vou inverter. Vou seguir
o meu critério. A que estiver mais evoluída vai na frente. Não tem razão para
eu mudar essa ordem. Por que eu deveria fazer isso?”, respondi.
Paludo disse, então, que eu teria que
denunciar o PT e Lula logo, porque, se não fosse assim, a denúncia apresentada
por eles contra o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
ficaria descoberta. Pela lei, a acusação por lavagem depende de um crime
antecedente, no caso, organização criminosa. Ou seja, eu teria que acusar o
ex-presidente e outros políticos do PT com foro no Supremo Tribunal Federal em
Brasília para dar lastro à denúncia apresentada por eles ao juiz Sergio Moro em
Curitiba. Isso era o que daria a base jurídica para o crime de lavagem imputado
a Lula.
“Sem a sua denúncia, a gente perde o
crime por lavagem”, disse o procurador.(…)
O problema era delicado. Na fase
inicial das investigações sobre Lula e o triplex, eu pedira ao ministro Teori
Zavascki o compartilhamento dos documentos obtidos no nosso inquérito sobre
organização criminosa relacionada ao PT com a força-tarefa. Eles haviam me
pedido para ter acesso ao material e eu prontamente atendera. Na decisão, o
ministro deixara bem claro que eles poderiam usar os documentos, mas não
poderiam tratar de organização criminosa, porque o caso já era alvo de um
inquérito no STF, o qual tinha como relator o próprio Teori Zavascki e cujas
investigações eram conduzidas por mim.
Ora, e o que Dallagnol fez? Sem
qualquer consulta prévia a mim ou à minha equipe, acusou Lula de lavar dinheiro
desviado de uma organização criminosa por ele chefiada. Lula era o “grande
general” , o “comandante máximo da organização criminosa”, como o procurador
dizia na entrevista coletiva convocada para explicar, diante de um PowerPoint,
a denúncia contra o ex-presidente. No PowerPoint, tudo convergia para Lula, que
seria chefe de uma organização criminosa formada por deputados, senadores e
outros políticos com foro no STF.
“Se você não fizer a denúncia, a gente
perde a lavagem”, reforçou Dallagnol, logo depois da fala de Paludo.
“Eu
não vou fazer isso!”, repeti.
Fato é que os procuradores usaram
informações indevidas, de forma indevida, para criar sustentação da ação contra
o ex-presidente Lula, mesmo sabendo, eles que estavam proibidos, por um
ministro do STF.
É por isso que Zavascki, dias depois,
em sessão da 2a. Turma do STF, disse que havia uma
“espetacularização” na denúncia:
“Nós todos tivemos a oportunidade de verificar há poucos dias um
espetáculo midiático muito forte de divulgação, se fez lá em Curitiba, não com
a participação do juiz, mas do Ministério Público, da Polícia Federal, se deu
notícia sobre organização criminosa, colocando o presidente Lula como líder
dessa organização criminosa, dando a impressão, sim, de que se estaria
investigando essa organização criminosa (em Curitiba)”, comentou o ministro.
Dois
meses depois, o ministro morreria.
A
nulidade do processo, agora, não cuida da parcialidade do juiz Sergio Moro, mas
da inépcia da denúncia, primeiro passo da ação penal.
Nem as provas dependem de diálogos
obtidos por “hackers”.
A Lava Jato desmorona rapidamente.
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