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10 de junho de 2022

A Câmara dos deputados federais aprovou a PL, (Projeto de Lei 3677/21), que trata da transparência no preço dos combustíveis brasileiro.

JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS  EDIÇÃO DE Nº 25772, (PUBLICAÇÕES NO BLOG),  CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL. SEXTA - FEIRA , 10. 06. 2022.

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D

aniel Almeida votou a favor do projeto lei citado a cima, mas criticou a venda do combustível, ao consumidor, em dólar e baseado no preço do mercado internacional.

          Segundo o deputado federal do PCdoB já que o custo da produção é em real, não se justifica ser vendido em dólar, aqui no Brasil, e nem com base no preço do mercado internacional, pelo fato do petróleo ser produzido no Brasil.

          Ainda questionou: “por que - se produz o petróleo em reais, mas paga o preço da gasolina, do óleo diesel e do botijão de gás em dólar e Está pagar de acordo com o preço de importação, preço de mercado internacional”.

 

        O plenário aprovou o Projeto de Lei 3677/21, que determina às empresas do setor o envio à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de dados componentes dos preços de seus produtos, como o custo médio de produção de petróleo e gás natural. A proposta apreciada nesta terça-feira (07, 06, 2022), será enviada ao Senado.

          De acordo com o texto, o envio de informações alcançará ainda os produtores de biocombustíveis e etanol. O vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida da Bahia encaminhou favoravelmente à aprovação da matéria; no entanto, o parlamentar ressaltou que, apesar dos avanços em relação à transparência, o projeto não trata a situação da alta exagerada de preços  dos combustíveis no Brasil.

        “A essência do problema não está na transparência, está na política de paridade de Preço de Paridade Internacional, (PPI). A gente produz petróleo em reais, mas paga o preço da gasolina, do óleo diesel e do botijão de gás em dólar. Está pagando de acordo com o preço de importação, preço de mercado internacional”, afirmou.

Paridade internacional

         O PPI é uma política de preços implementada em 2016, que se baseia nos custos de importação, que incluem transporte e taxas portuárias como principais referências para o cálculo dos derivados de petróleo. Por estar vinculado ao sistema internacional, a variação do dólar e do barril de óleo tem influência direta no cálculo dos combustíveis da Petrobras.

        Daniel também considerou um absurdo que o governo, mesmo sendo o acionista majoritário da Petrobras, privilegie os investidores internacionais da empresa. “O governo tem 50% das ações da Petrobras, mas recebe apenas 36% dos lucros, pois 46% vai para os investidores internacionais e uma pequena parcela fica com os investidores nacionais. Essa é a realidade: ao invés de garantir preço compatível no mercado nacional, o governo está privilegiando os acionistas internacionais”, denunciou.

Transparência.

          Pela proposta do projeto, a ANP informará, mensalmente, pela internet, a composição dos preços médios ao consumidor nas capitais dos estados de cinco combustíveis: gasolina automotiva; óleo diesel; gás liquefeito de petróleo; querosene de aviação; e etanol hidratado.

          A agência terá de informar também, todo mês, a composição dos preços médios de venda de gás natural às distribuidoras de gás canalizado nas capitais de estados que possuam ponto de suprimento desse combustível.

Foto: Richard Silva

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