Jornal, online, Angico dos Dias Edição de Nº 1855, (publicações no blog). Campo Alegre de Lourdes/BA, Brasil. Segunda - feira. 05. 11. 2018.WhatSapp e Grupo do WhatSapp: 74 99907 9863.
Sob ameaças e perseguição do fascismo os movimentos sócias procuram se reorganizarem, para enfrentar o governo da direita radical fascista, do réu, deputado, Jair Bolsonaro, eleito presidente da República.
Ministra Carmem Lucia. |
Cármen Lúcia: ”Estamos vivendo uma mudança perigosamente
conservadora”
‘Estamos vivendo uma mudança perigosamente conservadora’, diz Cármen
Lúcia.
A ministra Cármen Lúcia,
do Supremo Tribunal Federal (STF), disse na manhã desta segunda-feira, 5, que o
Brasil e o mundo passam por mudanças e que é importante que os direitos
fundamentais conquistados não sofram retrocessos.
Na avaliação da
ex-presidente da Corte Suprema, nota-se, inclusive, uma mudança “perigosamente
conservadora” em termos de costumes.
“Queria lembrar que
estamos vivendo uma mudança que não é só no Brasil. Uma mudança, inclusive,
conservadora em termos de costumes. Às vezes, na minha compreensão de mundo, e
é só na minha, não significa que esteja certa, perigosamente conservadora,
porque a tendência na humanidade é de direitos fundamentais que são
conquistados a gente não recua”, disse Cármen Lúcia.
A ministra participou da
mesa “As Mudanças Constitucionais pelo Supremo em 30 anos” no evento “Desafios
constitucionais de hoje e propostas para os próximos 30 anos”, promovido pela
editora Fórum, que publica títulos jurídicos.
Entre as mudanças
positivas citadas por Cármen, está a vontade de juízes de mudar a Constituição
e a de cidadãos de discutir sobre seus direitos e de exigir o cumprimento de
garantias constitucionais.
A ministra também defendeu
a educação jurídica para os cidadãos brasileiros. De acordo com Cármen, o
cidadão poderá ser “realmente livre em sua escolha, em seu pensar e em sua
dinâmica” se educado juridicamente.
“Nosso desafio é fazer com
que direitos fundamentais, os direitos humanos, os direitos sociais de todos
sejam plenamente atendidos. Não é tarefa simples”, disse Cármen.
Ao refletir sobre os 30
anos de promulgação da Constituição, a ministra destacou que a população tem o
direito de falar o que pensa, mesmo que diga coisas que não estão na Carta.
“Essa é uma mudança que esses 30 anos nos mostram com muita tranquilidade.”
“O cidadão brasileiro
mudou, e mudou para que o som da sua voz fosse ouvido não apenas por ele mesmo.
Essa foi uma mudança que foi possível porque vivemos, desde 1988, numa
democracia. Quem gostou ou não gostou do resultado de 1989, de 1994, em 1998,
de 2002, ou até o de agora, é outro departamento, mas foi o cidadão que escolheu.
Esse é um dado da realidade”, avaliou.
“Acho que o Brasil nesses
30 anos mudou. O País vinha de um processo extremamente doloroso, de uma
ditadura que tinha lutas e lutos. As lutas não acabam, porque democracia e a
Justiça são lutas permanentes do ser humano. Constrói-se todo dia a vida de
cada um e a vida do Estado. E essa construção é permanente.”
Ao encerrar sua fala, a
ministra voltou a dizer que não tem pessimismo em relação ao Brasil.
“Eu acredito muito no povo
e no cidadão brasileiro. Mesmo quando, muitas vezes, eu fico preocupada com as
opções feitas, mas que são escolhas próprias de um cidadão livre, e que se não
tivesse liberdade não estaríamos escolhendo. Também tenho consciência de que
escolhas feitas são escolhas que mudam segundo aquilo que o ser humano acha ser
sua necessidade e sua carência ou a necessidade de sua presença. E por isso
mesmo a transformação é própria da vida.”
PS de Conceição Lemes:
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