ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.
EDIÇÃO DE Nº 3089
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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terça - feira, 09/ 09/ 2025.
A |
lexandre de Moraes votou nesta terça-feira, (09/ 09/ 2025), pela condenação de Jair Bolsonaro, (PL), e de seus principais aliados pela
tentativa de golpe de Estado.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que o ex-presidente liderou uma organização criminosa que tentou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a vitória nas eleições de 2022.
O voto de Moraes atinge também sete
réus: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da
Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; general Augusto Heleno,
ex-ministro do GSI; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Paulo Sérgio Nogueira,
ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Todos respondem pelos crimes de
organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito e tentativa de golpe.
Em sua leitura, Moraes afirmou que “o
Brasil quase voltou a uma ditadura porque uma organização criminosa não soube
perder as eleições”. O ministro citou documentos, depoimentos e áudios como
provas da existência de um núcleo hierarquizado que operava sob o comando de
Bolsonaro.
Entre os episódios destacados, Moraes mencionou a live de
julho de 2021, na qual Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas sem provas. Para o
ministro, “todas as mentiras criminosas disseminadas pelas milícias
digitais configuram ato executório”. Lembrou ainda da reunião ministerial de
2022, que incluía a minuta do golpe, com prisões de ministros, fechamento do
TSE e instalação de um “gabinete pós-golpe”.
O relator citou também a reunião com
embaixadores, em julho de 2022, que classificou como um dos momentos de “maior
entreguismo nacional”. Nas palavras de Moraes, foi um ato preparatório para
transformar o Brasil em “colônia de potências estrangeiras”.
Outro ponto destacado foi o uso da
Polícia Rodoviária Federal (PRF) para atrasar o voto no segundo turno das
eleições. Moraes descreveu como “o absurdo total” a atuação de Anderson Torres
na operação.
O ministro tratou ainda do plano
“Punhal Verde e Amarelo”, impresso no Palácio do Planalto em novembro de 2022,
que previa a neutralização de autoridades, inclusive o assassinato do
presidente eleito. Moraes lembrou que o general Mário Fernandes se encontrou
com Bolsonaro logo após imprimir o documento: “Não é crível achar que ele ficou
mais de uma hora com o presidente para fazer barquinho de papel com o plano”,
ironizou.
Segundo Moraes, um áudio gravado por
Fernandes e enviado a Mauro Cid mostra que Bolsonaro anuiu à possibilidade de
agir até a diplomação. “Não há prova mais cabal além desse áudio”, afirmou.
Para o relator, as alegações do ex-ajudante de ordens foram confirmadas por
documentos, reuniões e registros diretos da participação do líder da
organização.
Moraes concluiu que a trama estava em
estágio avançado: “A organização já tinha decidido pelo golpe, só faltava
definir os termos do golpe”.
Ainda na tarde de hoje, votam os
ministros Flávio Dino, Luiz Fux, a ministra Cármen Lúcia e, por último, o
presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. A decisão é tomada por
maioria simples.
O julgamento segue com os demais ministros da Primeira Turma, que ainda devem discutir as penas. A expectativa é de que o processo seja concluído até sexta-feira (12/ 09/ 2025).
Fonte: Blog do esmael.
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