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Jornal Edição da Manhã

9 de setembro de 2025

O ministro Alexandre de Moraes, “ Xandão”, confirmou seu votou para condenar o réu extremista Bolsonaro e aliados pelo golpe de Estado de 08/01/ 2023.

 ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3089

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

e-mail: angicodosdias2014@gmail.com 

terça - feira, 09/ 09/ 2025.       

A

lexandre de Moraes votou nesta terça-feira, (09/ 09/ 2025), pela condenação de Jair Bolsonaro, (PL), e de seus principais aliados pela tentativa de golpe de Estado.

          O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que o ex-presidente liderou uma organização criminosa que tentou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a vitória nas eleições de 2022.

          O voto de Moraes atinge também sete réus: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

         Todos respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe.

         Em sua leitura, Moraes afirmou que “o Brasil quase voltou a uma ditadura porque uma organização criminosa não soube perder as eleições”. O ministro citou documentos, depoimentos e áudios como provas da existência de um núcleo hierarquizado que operava sob o comando de Bolsonaro.

Entre os episódios destacados, Moraes mencionou a live de julho de 2021, na qual Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas sem provas. Para o ministro, “todas as mentiras criminosas disseminadas pelas milícias digitais configuram ato executório”. Lembrou ainda da reunião ministerial de 2022, que incluía a minuta do golpe, com prisões de ministros, fechamento do TSE e instalação de um “gabinete pós-golpe”.

          O relator citou também a reunião com embaixadores, em julho de 2022, que classificou como um dos momentos de “maior entreguismo nacional”. Nas palavras de Moraes, foi um ato preparatório para transformar o Brasil em “colônia de potências estrangeiras”.

         Outro ponto destacado foi o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para atrasar o voto no segundo turno das eleições. Moraes descreveu como “o absurdo total” a atuação de Anderson Torres na operação.

          O ministro tratou ainda do plano “Punhal Verde e Amarelo”, impresso no Palácio do Planalto em novembro de 2022, que previa a neutralização de autoridades, inclusive o assassinato do presidente eleito. Moraes lembrou que o general Mário Fernandes se encontrou com Bolsonaro logo após imprimir o documento: “Não é crível achar que ele ficou mais de uma hora com o presidente para fazer barquinho de papel com o plano”, ironizou.

          Segundo Moraes, um áudio gravado por Fernandes e enviado a Mauro Cid mostra que Bolsonaro anuiu à possibilidade de agir até a diplomação. “Não há prova mais cabal além desse áudio”, afirmou. Para o relator, as alegações do ex-ajudante de ordens foram confirmadas por documentos, reuniões e registros diretos da participação do líder da organização.

          Moraes concluiu que a trama estava em estágio avançado: “A organização já tinha decidido pelo golpe, só faltava definir os termos do golpe”.

          Ainda na tarde de hoje, votam os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, a ministra Cármen Lúcia e, por último, o presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. A decisão é tomada por maioria simples.

          O julgamento segue com os demais ministros da Primeira Turma, que ainda devem discutir as penas. A expectativa é de que o processo seja concluído até sexta-feira (12/ 09/ 2025).

Fonte: Blog do esmael.

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