Edição da Manhã.

Jornal Edição da Manhã

10 de setembro de 2025

O ministro do STF Fux reabriu o julgamento de Bolsonaro e mais sete golpistas, no STF como já era esperado que ele fosse se posicionar em defesa do grupo golpist.

ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3092

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

e-mail: angicodosdias2014@gmail.com 

quarta - feira, 09/ 09/ 2025.          

O

 ministro Luiz Fux retomou, nesta quarta-feira, (10/ 09/ 2025), o julgamento do ex-presidente o extremista Bolsonaro, (PL), e de sete ex-ministros militares e civis acusados de tentativa do golpe de Estado.

          O magistrado deve discordar do relator, Alexandre de Moraes, já nas preliminares do processo na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, (STF).

          Na véspera, Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação dos oito réus por crimes que incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e participação em organização criminosa armada.

         O placar parcial é de 2 a 0 pela condenação. Fux, no entanto, sinalizou que vai enfrentar pontos questionados pelas defesas, como a validade da delação de Mauro Cid e a chamada “absorção de crimes”, que poderia reduzir as penas.

        A defesa dos réus, entre eles os generais Augusto Heleno e Braga Netto, aposta que o voto de Fux abra margem para recursos ao plenário do STF, composto por 11 ministros, e não apenas pelos cinco da Primeira Turma.

          Especialistas lembram que esse foi o caminho adotado no julgamento do mensalão, quando votos divergentes permitiram embargos infringentes.

          Além de Bolsonaro, respondem a ação penal o deputado federal Alexandre Ramagem, (PL-RJ), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro Anderson Torres, o general Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. O ex-presidente pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão se a Corte aplicar a soma das penas máximas.

          O ambiente político pressiona o Supremo. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a ameaçar “uso de meios militares” em resposta à possível condenação de seu aliado. Já no Brasil, a defesa de Bolsonaro articula eventual pedido de prisão domiciliar em caso de sentença desfavorável.

          A sessão desta quarta deve se estender até o meio-dia, com possibilidade de a ministra Cármen Lúcia também proferir seu voto. O presidente da Turma, Cristiano Zanin, será o último a votar. Se houver três votos pela condenação, a maioria estará formada.

          A expectativa é de que Fux não peça vista, evitando atrasos. A Corte, porém, prepara um forte esquema de segurança para os próximos dias, diante do risco de reações de grupos bolsonaristas após a decisão.

          Portanto, o julgamento de Bolsonaro expõe a tensão entre democracia e autoritarismo no Brasil e coloca o STF no centro da disputa geopolítica com os EUA de Trump. A eventual divergência de Fux pode não absolver os réus, mas dará fôlego às defesas. O desfecho, que pode vir ainda nesta semana, será decisivo para o futuro da extrema direita e da estabilidade democrática no país.

Nenhum comentário: