ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS
EDIÇÃO DE Nº 2857, (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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domingo, 24. 11. 2024. .
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ara Regina, de 28 anos, foi baleada dentro do próprio carro, na noite de quinta-feira (21/ 11/ 2024), no Méier, Zona Norte do Rio. Ela foi atingida por policiais militares, que alegaram que a abordagem a ocupantes de outro veículo provocou confronto no local.
A
gente só quer que eles paguem pela incompetência', declarou o irmão de Sara
Regina Cardoso Coelho, 28 anos.
Foto: rede sicial.
Uma mulher foi baleada dentro do
próprio carro, na noite desta quinta-feira (21), quando passava pela Rua Silva
Rabelo, no Méier, Zona Norte do Rio. Familiares de Sara Regina Cardoso Coelho,
de 28 anos, afirmam que policiais militares atiraram contra o veículo dela,
mesmo sem ordem de parada. Entretanto, a Polícia Militar alega que um outro
automóvel foi abordado e ocupantes do veículo reagiram, provocando um confronto
que deixou a vítima ferida. Na manhã desta sexta-feira (22), ela permanece
internada no Hospital Municipal Salgado Filho, no mesmo bairro.
De acordo com o irmão, Sara voltava
para casa com o marido, após sair do Hospital Federal da Lagoa, na Zona Sul,
onde a filha deles está internada há mais de 15 dias, por conta de uma infeção
no sangue. Já no Méier, eles pararam em um sinal de trânsito e perceberam a
movimentação de PMs a pé. Daniel Domingos relata que os policiais não abordaram
o veículo ou deram ordem de parada e atiraram por trás do carro. Ao perceber os
disparos, a mulher, que estava no carona, se agachou, mas acabou sendo atingida
na barriga, momento em que o companheiro saiu do automóvel em direção aos
militares, que a socorreram.
"Eles não abordaram, eles
simplesmente acharam que era bandido, porque acho que eles já estavam atrás de
alguém, e o carro do meu cunhado não é 'meia-boca', é um carro bacana, com
vidro escuro, então simplesmente saíram atirando. Meu cunhado falou que eles
vieram por trás atirando no carro da minha irmã, eles estavam a pé. É aquilo,
(queriam) mostrar serviço, vai que é bandido, mesmo? (…) Infelizmente, é o
Brasil que vivemos, não aconteceu só com a minha irmã, mas com várias pessoas",
desabafou Daniel.
Segundo a Polícia Militar, equipes do
3º BPM (Méier) realizaram uma abordagem a um veículo do tipo sedan de cor
branca, na Rua Silva Rabelo, quando os ocupantes reagiram e houve confronto.
"No local, a passageira de um veículo próximo foi atingida e socorrida ao
Hospital Salgado Filho", informou a corporação. Na unidade de saúde,
segundo o irmão, ele e a mãe foram coagidos pelos PMs e um dos agentes chegou a
dizer que o caso não era grave e que Sara logo poderia ir para casa.
“ Foi só um 'negocinho'
aqui (na barriga), nada de mais. Ela vai ser atendida, vai fazer um hemograma,
um raio-x, vai para casa e toma dipirona'. Foi isso que eles falaram e depois
ficaram bebendo refrigerante como se nada tivesse acontecido.
Eu fico pensando se quando eles levam
tiro, se falam para eles mesmos que é só um “negocinho, na barriga, para tomar
dipirona", se queixou o irmão.
A família contou que Sara foi
atingida por um tiro que atravessou o corpo, além de estilhaços, e precisou
passar por uma cirurgia em que parte do seu intestino foi retirado.
Segundo a Secretaria Municipal de
Saúde, (SMS), o quadro de saúde dela é considerado estável.
O irmão da vítima disse também que ela
está lúcida e se comunicando, mas que tem sentido muitas dores. "'Tô'
sofrendo com muita dor, parece até que vou morrer", disse Sara em uma
troca de mensagens com Daniel.
Os familiares agora querem acesso às
imagens das câmeras corporais dos PMs, para provarem que não houve confronto,
abordagem ou ordem de parada. "A gente só quer justiça, que eles paguem de
alguma forma pela incompetência deles, porque não é assim, não é sair atirando.
É um despreparo absurdo".
Sara é mãe de quatro filhos de 1, 5,
8 e 12 anos, e se preparava para comemorar o aniversário de uma das crianças,
em duas semanas. O irmão conta que o sonho da vítima é entrar para a Polícia
Militar, que ela já havia feito uma prova para ingressar na corporação e,
atualmente, vinha estudando para mais um concurso.
A PM informou que os policiais
envolvidos na ocorrência serão ouvidos e um procedimento apuratório será
instaurado para analisar as circunstâncias da ação. O fuzil utilizado pelo
policial foi apreendido.
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Como sempre a PM emite mais uma nota:
Em nota, a Polícia Civil informou que
o caso foi comunicado na 26ª DP (Todos os Santos) por policiais militares que
participaram da ação. O veículo da vítima passará por exame de perícia e os PMs
envolvidos e testemunhas serão ouvidos. "Demais diligências serão
realizadas para identificar a origem do disparo que atingiu a mulher e
esclarecer a dinâmica dos fatos", completou.
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