ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS
EDIÇÃO DE Nº 2939
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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quinta-feira, 07/ 03/ 2025.
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ação policial que matou mais 12 pessoas, durante Carnaval em Salvador completou cem chacinas desde 2022, segundo 0 Instituto Fogo Cruzado, começou a realizar pesquisas na Bahia, em julho de 2022.
A avaliação do Instituto Fogo Cruzado concluiu que
violência de ação policial, na capital baiana, , mostra a necessidade de se
repensar a política de segurança pública no Estado, mas o que se vê é mais um
governo covarde e um secretário de segurança publica que atua para,
aparentemente, abafar tais ações, pois, geralmente, suas falas, depois de uma ação policial sangrenta
é em defesa dos agentes envolvidos.
Percebe se que quando o Estado diz que vai apurar um fato,
atua, ou de forma negligente, deficiente, ou conivente, pois são raras as vezes
que policiais são punidos, por cometerem crimes, por falta de uma apuração
séria.
Levando em consideração o grande
número de denuncias contra policias, principalmente, militares na Bahia, apesar
de ter sido constante no noticiário prisões destes agentes envolvidos com o
crime, torna se relevante em relação a grande quantidade de denuncias feitas
pela população, por ação criminosas destes agentes.
Na madrugada de terça-feira (4), uma operação
policial deixou 12 mortos, após relatos de uma invasão promovida por um grupo
armado de uma organização criminosa na região de Fazenda Coutos, em Salvador.
Dados compilados pelo Fogo Cruzado
mostram que é a 100ª chacina em Salvador e região metropolitana desde o início
das pesquisas na Bahia, em julho de 2022. Desse total, 67% das chacinas
envolvem policiais, resultando em 261 mortos.
Para a coordenadora regional do
Instituto Fogo Cruzado na Bahia, Tailane Muniz, os números mostram que a
política de segurança precisa ser pensada para proteger os cidadãos e os
moradores de toda a cidade.
“Quando 12 pessoas morrem numa ação
policial, fica claro que a prioridade é o confronto e não a proteção. Os
moradores da região enfrentaram mais de sete horas de um intenso tiroteio, o
transporte público foi suspenso, e a pergunta que fica é quais os resultados
disso? O que vai mudar depois de tantos tiroteios e tantas mortes? Os dados de
chacina ajudam a entender que mesmo com tanta morte ainda carecemos de uma
política eficiente e que dê os resultados esperados pela população”, disse
Tailane à Agência Brasil.
Em nota, a Secretaria de Segurança
Pública da Bahia informou que a Polícia Militar intensificou o policiamento no
bairro para conter a escalada da violência e garantir a segurança da população.
“Na manhã desta terça-feira (4),
durante incursões realizadas na área, houve resistência armada por parte dos
criminosos, resultando em confronto. No desdobramento da ação, 12 suspeitos
foram alvejados, socorridos para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiram aos
ferimentos”, diz a nota.
Segundo a Secretaria de Segurança
Pública (SSP), durante a operação “um vasto arsenal foi apreendido, incluindo
submetralhadoras, pistolas, revólveres, carregadores, munições, além de entorpecentes
e balanças de precisão.”
A SSP disse ainda que “todas as
circunstâncias do confronto” já estão sendo investigadas pela Polícia Civil,
“com a realização de perícias pela Polícia Técnica, em conformidade com os
protocolos legais”.
“Por fim, esclarece-se que a ação
policial ocorrida em Fazenda Coutos é pontual e não possui qualquer relação com
o Carnaval. O policiamento segue intensificado na região, com monitoramento
constante para assegurar a tranquilidade dos moradores”, diz a nota.
Chacina.
O Instituto Fogo Cruzado
define chacina como qualquer evento em que três ou mais civis são mortos a
tiros na mesma situação, independentemente da motivação, seja assalto, disputa
entre grupos armados ou operação policial. Quando as mortes ocorrem durante
ações das forças de segurança, são classificadas como chacinas policiais.
Os números do instituto mostram ainda
que Salvador lidera o ranking dos municípios com o maior número de ocorrências
na Bahia. Desde 2022, foram registradas 63 chacinas, 46 em ações e operações
policiais. Na sequência vem Camaçari, com 16 chacinas, seis em ações e
operações policiais; depois Candeias, com sete chacinas, sendo quatro em ações
e operações policiais; Lauro de Freitas, com seis chacinas, sendo cinco em
ações e operações policiais; e Simões Filho, com quatro chacinas, das quais
três foram em ações policiais.
Entre os bairros de Salvador, Águas
Claras foi o que registrou o maior número de chacinas, com quatro chacinas
policiais. Na sequência aparecem Arenoso, com três chacinas policiais;
Beiru/Tancredo Neves, com três chacinas, sendo duas policiais; Caroba
(Candeias), também com três chacinas, sendo duas policiais; Cosme de Farias,
com três chacinas, sendo uma policial. Fazenda Coutos, Lobato, Pau Miúdo e Rio
Sena também registraram três chacinas, sendo duas policiais.
Segundo a ONG, entre as 373 vítimas
de chacinas registradas, estão três idosos, 347 adultos, nove adolescentes e
uma criança, além de 12 pessoas cuja faixa etária não foi identificada.
“A maioria das vítimas era homens
(345), representando 93% dos mortos. Outras 20 vítimas eram mulheres (5%),
enquanto o gênero de oito pessoas não foi informado. Os dados também revelam
que 39 pessoas foram mortas dentro de suas residências, 19 em bares, oito dentro
de automóveis e cinco durante evento”, informa o Fogo Cruzado.
Edição: Fernando Fraga.
Artigo original publicado em Agência Brasil.
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