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Jornal Edição da Manhã

18 de março de 2025

STF tornou réus deputados maranhenses por envolvimento em desvio de emendas.

ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS

EDIÇÃO DE Nº 2956

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

e-mail: angicodosdias2014@gmail.com 

terça, 18/ 03/ 2025. 

Urgente: deus, pátria, família: Deputados federais, bolsonarista, corruptos se tornam réus no STF, por envolvimento em desvio de emendas.

 

P

or unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, (STF), aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República, PL, (PGR), e tornou réus os deputados federais, bolsonaristas, Josimar Maranhãozinho, (MA), e Pastor Gil, PL, (MA), além do ex-deputado e atual suplente Bosco Costa, PL, (SE), por corrupção.

 

          Eles são acusados de corrupção passiva e organização criminosa, suspeitos de um esquema de “comercialização” de emendas parlamentares.

          O relator do caso, ministro Cristiano Zanin, votou pelo recebimento da denúncia, sendo acompanhado por Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.

          No plenário virtual do STF, apenas Moraes apresentou voto escrito, enquanto os demais ministros seguiram o relator.

          Zanin argumentou que há evidências suficientes para a abertura de ação penal, ressaltando que o mérito do caso — ou seja, se os acusados serão condenados ou absolvidos — ainda será analisado.

         “Contra os três parlamentares há evidências indicando que teriam atuado em concertação ilícita para solicitar ao prefeito José Eudes Sampaio Nunes o pagamento de vantagem indevida, o que caracteriza, em tese, o delito de corrupção passiva”, afirmou o relator.

            O esquema investigado.

          A denúncia da PGR aponta que, em 2020, os parlamentares solicitaram ao prefeito de um município do Maranhão um pagamento de R$ 1,6 milhão em troca da indicação de R$ 6,6 milhões em emendas parlamentares.

          Segundo a acusação, o valor da suposta propina foi cobrado, mas não houve sucesso na liberação.

         Moraes destacou que há “indícios de que os denunciados estavam unidos de forma estruturada e ordenada, com divisão de tarefas, ainda que informalmente, para obter vantagens ilícitas”.

           Defesas negam acusações.

         Os advogados de Josimar Maranhãozinho classificaram a denúncia como baseada em “descabidas ilações e infundadas conclusões, sem suporte probatório”.

          Segundo a defesa, não há comprovação de que o deputado tenha sido o autor da emenda mencionada ou que tenha feito qualquer acerto para desviar recursos.

          Já a defesa de Pastor Gil afirmou que a denúncia não aponta nenhuma ação específica do parlamentar que se encaixe na tipificação penal da corrupção passiva.

          Por fim, Bosco Costa argumentou que a PGR o vinculou ao caso apenas com base em “diálogos de terceiros e anotações manuscritas particulares”.

          Com a aceitação da denúncia, os acusados se tornam réus e responderão a uma ação penal no STF. Se condenados, podem enfrentar penas severas por corrupção e organização criminosa.

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