Um tenente da Polícia Militar condenado
por tortura retornou à corporação, 15 anos depois, e foi promovido a capitão.
As informações são do jornal Extra.
Este é o Brasil que você quria, o Brasil do Bolsotortura e mata.
Em 2004, Djalma
dos Santos Araújo foi acusado de entrar na casa de Nelson Souza dos Santos, 31,
com outros cinco policiais, em uma busca por armas e drogas. Posteriormente, o
morador contou que os policiais colocaram um saco plástico em sua cabeça, deram
choques, apertaram seus dedos, mamilos e lábios com alicates e o empalaram com
um cabo de vassoura.
Após a denúncia,
todos os envolvidos foram condenados. No entanto, Djalma permaneceu na ativa. O
caso permaneceu na Justiça até que, em 2009, desembargadores da Seção Criminal
do tribunal do Rio de Janeiro decidiram que o tenente era "indigno ao
oficialato". Ele recorreu e perdeu todos os recursos possíveis até 2014.
Em 2015, sua demissão foi assinada pelo governador Luiz Fernando Pezão.
Djalma entrou
com um mandado de segurança contra o Estado, com o argumento de que o processo
durou mais tempo do que o estabelecido em lei. Foram 10 anos, quando o máximo
permitido são seis anos.
Em maios de
2016, os desembargadores do Órgão Especial do TJ determinaram, por unanimidade,
que o tenente fosse reintegrado à PM. Djalma então alegou que "a
reintegração não ocorreu de forma plena", já que alguns oficiais de sua
turma já eram majores.
Em outubro de
2018, o então presidente do Tribunal de Justiça, Milton Fernandes de Souza,
concordou com o argumento. A promoção de Djalma ocorreu em dezembro, por
"pelo critério de antiguidade".
Nenhum comentário:
Postar um comentário