JORNAL, ONLINE, ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS EDIÇÃO DE Nº 20112 (PUBLICAÇÕES NO BLOG). CAMPO ALEGRE DE LOURDES/BA, BRASIL. QUATA - FEIRA. 10, 07, 2019 WHATSAPP E GRUPO DO WHATSAPP: 74 99907 986
O
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ideológico
firme e original, não tinha dúvidas, precisou que estes craques surgisse com provas
cabais para desmascara a maior gangue criminosa na história do país.
Anna Carolina Resende – 11:24:06 – ando muito preocupada com uma possível volta do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa população para que um milagre nos salve. |
Acompanhe a matéria como
The intercept Brasil publicou.
HÁ UM MÊS, o Intercept
iniciou uma série de reportagens que mudaram para sempre a história da operação
Lava Jato, de seus procuradores e do ex-juiz e atual ministro de Jair
Bolsonaro, Sergio Moro. Antes vistos como heróis intocáveis, os monopolistas do
combate à corrupção (que tentavam silenciar qualquer voz que se levantasse para
expor seus erros, abusos e ilegalidades) hoje são vistos de outra maneira pela
população: 58% dos brasileiros acreditam que as conversas de Moro com
procuradores são inadequadas. A desconfiança é ainda maior entre os jovens: na
faixa etária de 16 a 24 anos, 73% não querem um país guiado pelo espírito
justiceiro de Moro.
O Chefe da gangue do Judiciário. Moro.
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Eu topo.
Em seus primeiros
capítulos, as histórias dos arquivos secretos da Vaza Jato mostraram Moro
atuando como chefe de fato dos procuradores, o que é ilegal; expuseram o
coordenador da força-tarefa Deltan Dallagnol apresentando uma denúncia contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da qual ele próprio duvidava; e
revelaram os procuradores da Lava Jato (incluindo Deltan) operando secretamente
para evitar que Lula desse uma entrevista durante a campanha eleitoral por medo
que pudesse ajudar a “eleger o Haddad”.
28 de setembro de 2018 – chat privado.
Anna
Carolina Resende – 11:24:06 – ando muito preocupada com uma possível
volta do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa população para que
um milagre nos salve.
Dallagnol
– 13:34:27 – Reza sim
Dallagnol
– 13:34:32 – Precisamos como país
A propósito disso, nós
publicamos agora, pela primeira vez, um áudio da conversa entre os membros da
força-tarefa a respeito da guerra jurídica em torno da entrevista. Na manhã do
dia 28 de setembro de 2018, a imprensa
noticiou que o ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizara Lula a conceder
uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Em um grupo no Telegram, os
procuradores imediatamente se movimentaram, debatendo estratégias para evitar
que Lula pudesse falar.
Para a procuradora Laura Tessler, o direito do ex-presidente
era uma “piada” e “revoltante”, o que ela classificou nos chats como “um
verdadeiro circo”. Uma outra procuradora, Isabel Groba, respondeu: “Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.
Eram 10h11 da manhã. A
angústia do grupo – que, mostram claramente os diálogos, agia politicamente,
muito distante da imagem pública de isenção e técnica que sempre tentaram
passar – só foi dissolvida mais de doze horas depois, quando Dallagnol enviou
as seguintes mensagens, seguidas de um áudio.
28 de setembro de 2018 – grupo Filhos do Januario 3.
Dallagnol
– 23:32:28 – E SEGREDO
Dallagnol
– 23:32:34 – Sobre a entrevista
Dallagnol
– 23:32:39 – Quem quer saber ouve o áudio
Dallagnol
– 23:33:36 –
A comemoração de Dallagnol
expõe mais uma vez sua hipocrisia e sua motivação política: antes de serem
alvos de vazamentos, os procuradores da força-tarefa enfatizavam – em chats
privados com seus colegas – a importância de uma imprensa livre, o direito de
jornalistas de publicar materiais obtidos por vias ilegais e que a publicação
desses materiais fortalece a democracia.
No passado, Dallagnol era
o maior entusiasta das garantias que foram justamente a base para a decisão de
Lewandowski autorizar a entrevista de Lula. Em novembro de 2015, como o
Intercept publicou, Deltan alertou seus colegas que investigar jornalistas que
publicavam material vazado não seria apenas difícil mas “praticamente
impossível”, porque “jornalista que vaza não comete crime”. Naquela época, ele
era um dos principais defensores da importância de uma imprensa livre em uma
democracia, um princípio que abandonou quando poderia, aos seus olhos, ajudar o
PT a vencer a eleição.
Apesar do apelo do
procurador para que a informação não fosse compartilhada, a notícia já se
espalhava pela internet.
Depois do impacto inicial
da Vaza Jato, o Intercept e seus parceiros continuaram a publicação de uma
sequência de reportagens que mostraram as entranhas da operação, iluminando as
conversas secretas que o público brasileiro e mundial precisavam ver.
Em parceria com Folha de
S. Paulo, revista Veja e o jornalista Reinaldo Azevedo, mostramos
comportamentos antiéticos e transgressões.
As mensagens secretas da
Lava Jato
Leia Nossa Cobertura
Completa
As mensagens secretas da
Lava Jato
O ex-juiz Sergio Moro
pediu aos procuradores da Lava Jato uma nota à imprensa para rebater o que
chamou de “showzinho” da defesa de Lula, logo após o depoimento do
ex-presidente no caso do triplex do Guarujá. A Lava Jato seguiu a sugestão como
uma ordem.
Enquanto Lula era o alvo
central da operação, o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso era
poupado pelos investigadores por ser considerado por Moro um aliado. Quando viu
na TV uma notícia sobre uma investigação contra FHC, Moro chamou Dallagnol no
Telegram e, mais uma vez, fez uma de suas sugestões: era melhor não seguir a
investigação porque ela “melindra alguém cujo apoio é importante”.
A postura de Moro,
escancarada pelas revelações da série, já era conhecida entre os procuradores –
que o elogiavam em público, mas criticavam no privado. “Moro viola sempre o
sistema acusatório e é tolerado por seus resultados”, disse a procuradora Monique
Cheker.
A violação do sistema
levou a Lava Jato a conspirar, depois de um comentário de Moro, para além das
fronteiras do Brasil. Os procuradores se articularam para vazar informações
sigilosas da delação da Odebrecht para a oposição venezuelana, mesmo que isso
representasse “mais convulsão social e mais mortes”, como ponderou o procurador
Paulo Galvão em um grupo. O colega dele, Athayde Ribeiro Costa, advertiu:
“Imagina se ajuizamos e o maluco manda prender todos os brasieliros no
territorio venezuelano”. Deltan Dallagnol não se comoveu: “é algo que cabe aos
cidadãos venezuelanos ponderarem”.
Como dissemos em nosso
editorial, logo no primeiro dia das publicações, “esse escândalo generalizado
envolve diversos oligarcas, lideranças políticas, os últimos presidentes e até
mesmo líderes internacionais acusados de corrupção”. O combate à corrupção é
fundamental em qualquer democracia, por isso a importância de todo esse
trabalho: para melhorar a conduta dos agentes escalados pela sociedade para
liderar a luta contra os desvios éticos e o roubo do dinheiro público. Nosso
parágrafo final, publicado em 9 de junho, serve também para fechar esse
primeiro mês – e é um farol para o que ainda está por vir.
“Tendo em vista o imenso
poder dos envolvidos e o grau de sigilo com que eles operam – até agora –, a
transparência é crucial para que o Brasil tenha um entendimento claro do que
eles realmente fizeram. A liberdade de imprensa existe para jogar luz sobre
aquilo que as figuras mais poderosas de nossa sociedade fazem às sombras”.
OUTRO LADO.
O Intercept enviou para a
Lava Jato o conteúdo do áudio. A força-tarefa respondeu: “O site se recusou a
enviar o material usado na reportagem para avaliação da força-tarefa,
prejudicando o direito de resposta e de análise do material. As mensagens que
têm circulado como se fossem de integrantes da força-tarefa são oriundas de
crime cibernético e não puderam ter seu contexto e veracidade verificados.
Diversas dessas supostas mensagens têm sido usadas, de modo fraudado ou
descontextualizado, para embasar falsas acusações que contrastam com a
realidade dos fatos.”
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