ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.
EDIÇÃO DE Nº 3023
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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terça-feira, 03/ 05/ 2025.
O |
presidente Luiz Inácio Lula da Silva do, (PT),
anunciou nesta terça-feira, (3/ 05/ 2025), em coletiva no Palácio do Planalto,
três novos programas sociais que devem ser lançados ainda em 2025.
Entre
os programas anunciados estão um vale-gás popular, uma linha de crédito para
reforma de casas populares e financiamento de motocicletas voltado a
trabalhadores de aplicativos.
A medida reforça o discurso do
governo de que o país entra numa fase de “colheita” das promessas feitas no
início do mandato. Mais do que promessas, Lula apresenta ações com forte apelo
popular e capacidade de reorganizar bases sociais desgastadas pelos anos de
retração e arrocho fiscal.
“Está tudo pronto. O programa do gás
está pronto, o de reforma de casas também. E o crédito para as motos vai sair.
Esses trabalhadores precisam de um lugar pra se lavar, fazer as necessidades
básicas. Vamos exigir que cada concessão de rodovia tenha uma estrutura para
eles”, afirmou Lula.
Economia
e inclusão: a aposta política de Lula.
Em tom otimista, o presidente
celebrou os resultados econômicos e a convergência entre crescimento e
programas sociais. “Nunca houve no país um momento de tanta combinação entre
políticas de inclusão social, emprego, salário e investimentos do PAC”,
declarou.
Ao tratar da linha de crédito para
pequenas reformas, Lula foi direto: “Tem gente que quer construir um quarto,
uma garagem, um banheiro… mas não tem acesso ao crédito. Isso vai mudar.”
A nova fase do PAC e a promessa de
acesso ao crédito para famílias pobres ocorrem num momento crucial para o
Planalto: enquanto o Congresso impõe resistências a medidas fiscais como o
aumento do IOF, Lula aposta no investimento social como forma de alavancar
capital político.
Leia
também: Lula chama Eduardo Bolsonaro de terrorista e sai em defesa do STF
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do Brasil e deixa Bolsonaro para trás
Lula denuncia “prática terrorista” de
Eduardo Bolsonaro.
O momento mais tenso da
entrevista veio quando Lula foi questionado sobre a atuação do deputado
licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente vive nos Estados Unidos. O
presidente classificou como “prática terrorista e antipatriótica” o fato de o
filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estar pedindo sanções internacionais
contra autoridades brasileiras, especialmente contra o ministro Alexandre de
Moraes, do STF.
“É inadmissível. O cidadão pede
licença do mandato e vai aos EUA lamber as botas do Trump, pedindo que se metam
na política do Brasil. Isso é terrorismo político”, disse Lula.
O presidente também reagiu à
entrevista concedida por Eduardo à revista VEJA, na qual o parlamentar chamou Moraes
de “tirano” e afirmou que o Brasil vive uma perseguição judicial.
Lula não titubeou: “Não importa quem
indicou o ministro: se foi Dilma, Temer, Bolsonaro, Sarney ou eu. O indicado
passou pelo Senado, então deve ser respeitado. A integridade do STF será
defendida pelo governo.”
Tensão
diplomática entre Brasil e EUA de Trump.
A coletiva de Lula coincide com a
chegada ao Brasil do chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento
de Estado americano, David Gamble. A missão oficial é discutir o combate a
organizações criminosas e terrorismo, mas fontes do Itamaraty e da oposição
indicam que há pressão para incluir o ministro Alexandre de Moraes no radar de
sanções do governo Trump.
A movimentação nos bastidores
evidencia a crescente tensão entre os dois governos. A relação entre Lula e
Trump nunca foi calorosa. Desde a reeleição do republicano, os dois não se
falaram diretamente. A comunicação institucional permanece fria, intermediada
por equipes técnicas e diplomatas como Celso Amorim.
Apesar da formalidade, a retórica de
guerra cultural — turbinada por figuras como Eduardo Bolsonaro — contaminou o
cenário internacional, trazendo risco real de ingerência estrangeira em decisões
do Judiciário brasileiro.
IOF,
pacote fiscal e viagem à França.
Antes de embarcar rumo à
França, onde participará de reuniões preparatórias para a COP30 com Emmanuel
Macron, Lula se reúne com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo:
fechar um novo pacote fiscal que substitua o impopular aumento do IOF.
O recuo ocorre após forte reação no
Congresso e no mercado, que consideraram a proposta um retrocesso no cenário de
desaceleração inflacionária. A expectativa é de que o novo texto preserve
arrecadação sem sacrificar consumo e atividade econômica.
Soberania
em disputa.
O embate entre Lula e Eduardo
Bolsonaro escancara mais que um confronto político — é uma disputa sobre os
limites do poder parlamentar e a soberania nacional diante de pressões
externas.
A tentativa de deslegitimar o STF em
articulação com potências estrangeiras não é apenas “lamentável”, disse Lula. É
uma afronta ao Estado de Direito.
Enquanto isso, o governo aposta na
retomada social como pilar de governabilidade. Vale-gás, reforma de casas e
crédito para entregadores são mais do que medidas emergenciais: são um recado
político.
Fonte
Blog do Esmael.
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