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Jornal Edição da Manhã

3 de junho de 2025

Em entrevista hoje, terça-feira, 03/ 06/ 2025, Lula anunciou programas sociais e falou com firmeza sobre o deputado federal licenciado, o extremista Eduardo Bolsonaro.

 ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.

EDIÇÃO DE Nº 3023

CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.

e-mail: angicodosdias2014@gmail.com 

terça-feira, 03/ 05/ 2025.           

 

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 presidente Luiz Inácio Lula da Silva do, (PT), anunciou nesta terça-feira, (3/ 05/ 2025), em coletiva no Palácio do Planalto, três novos programas sociais que devem ser lançados ainda em 2025.

         Entre os programas anunciados estão um vale-gás popular, uma linha de crédito para reforma de casas populares e financiamento de motocicletas voltado a trabalhadores de aplicativos.

          A medida reforça o discurso do governo de que o país entra numa fase de “colheita” das promessas feitas no início do mandato. Mais do que promessas, Lula apresenta ações com forte apelo popular e capacidade de reorganizar bases sociais desgastadas pelos anos de retração e arrocho fiscal.

         “Está tudo pronto. O programa do gás está pronto, o de reforma de casas também. E o crédito para as motos vai sair. Esses trabalhadores precisam de um lugar pra se lavar, fazer as necessidades básicas. Vamos exigir que cada concessão de rodovia tenha uma estrutura para eles”, afirmou Lula.

          Economia e inclusão: a aposta política de Lula.

          Em tom otimista, o presidente celebrou os resultados econômicos e a convergência entre crescimento e programas sociais. “Nunca houve no país um momento de tanta combinação entre políticas de inclusão social, emprego, salário e investimentos do PAC”, declarou.

          Ao tratar da linha de crédito para pequenas reformas, Lula foi direto: “Tem gente que quer construir um quarto, uma garagem, um banheiro… mas não tem acesso ao crédito. Isso vai mudar.”

         A nova fase do PAC e a promessa de acesso ao crédito para famílias pobres ocorrem num momento crucial para o Planalto: enquanto o Congresso impõe resistências a medidas fiscais como o aumento do IOF, Lula aposta no investimento social como forma de alavancar capital político.

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          Lula denuncia “prática terrorista” de Eduardo Bolsonaro.

O momento mais tenso da entrevista veio quando Lula foi questionado sobre a atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente vive nos Estados Unidos. O presidente classificou como “prática terrorista e antipatriótica” o fato de o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estar pedindo sanções internacionais contra autoridades brasileiras, especialmente contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

          “É inadmissível. O cidadão pede licença do mandato e vai aos EUA lamber as botas do Trump, pedindo que se metam na política do Brasil. Isso é terrorismo político”, disse Lula.

          O presidente também reagiu à entrevista concedida por Eduardo à revista VEJA, na qual o parlamentar chamou Moraes de “tirano” e afirmou que o Brasil vive uma perseguição judicial.

 

          Lula não titubeou: “Não importa quem indicou o ministro: se foi Dilma, Temer, Bolsonaro, Sarney ou eu. O indicado passou pelo Senado, então deve ser respeitado. A integridade do STF será defendida pelo governo.”

          Tensão diplomática entre Brasil e EUA de Trump.

          A coletiva de Lula coincide com a chegada ao Brasil do chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado americano, David Gamble. A missão oficial é discutir o combate a organizações criminosas e terrorismo, mas fontes do Itamaraty e da oposição indicam que há pressão para incluir o ministro Alexandre de Moraes no radar de sanções do governo Trump.

          A movimentação nos bastidores evidencia a crescente tensão entre os dois governos. A relação entre Lula e Trump nunca foi calorosa. Desde a reeleição do republicano, os dois não se falaram diretamente. A comunicação institucional permanece fria, intermediada por equipes técnicas e diplomatas como Celso Amorim.

          Apesar da formalidade, a retórica de guerra cultural — turbinada por figuras como Eduardo Bolsonaro — contaminou o cenário internacional, trazendo risco real de ingerência estrangeira em decisões do Judiciário brasileiro.

         IOF, pacote fiscal e viagem à França.

Antes de embarcar rumo à França, onde participará de reuniões preparatórias para a COP30 com Emmanuel Macron, Lula se reúne com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo: fechar um novo pacote fiscal que substitua o impopular aumento do IOF.

          O recuo ocorre após forte reação no Congresso e no mercado, que consideraram a proposta um retrocesso no cenário de desaceleração inflacionária. A expectativa é de que o novo texto preserve arrecadação sem sacrificar consumo e atividade econômica.

       Soberania em disputa.

          O embate entre Lula e Eduardo Bolsonaro escancara mais que um confronto político — é uma disputa sobre os limites do poder parlamentar e a soberania nacional diante de pressões externas.

 

         A tentativa de deslegitimar o STF em articulação com potências estrangeiras não é apenas “lamentável”, disse Lula. É uma afronta ao Estado de Direito.

        Enquanto isso, o governo aposta na retomada social como pilar de governabilidade. Vale-gás, reforma de casas e crédito para entregadores são mais do que medidas emergenciais: são um recado político.

Fonte Blog do Esmael.

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