ANGICO DOS DIAS NOTÍCIAS.
EDIÇÃO DE Nº 3038
CAMPO ALEGRE DE LOURDES/ BA, BRASIL.
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sexta-feira, 06/ 05/ 2025.
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presidente celebrou o avanço do agronegócio e disse que o país pode surpreender o mundo com novo ciclo de crescimento; a declaração foi feita durante o evento realizado na França.
O vento foi para celebrar a
certificação do Brasil como país livre da febre aftosa, sem vacinação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país está em uma trajetória ascendente e poderá, em breve, ocupar a sexta posição entre as maiores economias do planeta.
A declaração foi dada em discurso
repleto de otimismo, no qual Lula exaltou o papel estratégico do agronegócio e
defendeu o protagonismo brasileiro nos mercados internacionais.
“Sonho que logo logo esse país vai
estar sendo a 6ª economia mundial. Sonho que vamos crescer mais do que os
pessimistas dizem que a gente vai crescer”, declarou o presidente. Ao fazer
referência ao desempenho do Produto Interno Bruto, Lula lembrou que o Brasil
cresceu 3,4% no ano anterior, “mesmo com a agricultura não crescendo o tanto
que se esperava”. Para ele, a recuperação do setor em 2025 deve impulsionar
ainda mais a economia.
Lula iniciou sua fala agradecendo os
esforços dos produtores rurais, dos frigoríficos e dos técnicos do Ministério
da Agricultura, que, segundo ele, trabalharam ao longo de seis décadas para que
o Brasil alcançasse o status sanitário agora reconhecido. “É um dia histórico,
por merecimento de cada um de vocês que entendeu que, se a gente quer competir,
a gente tem que ser o melhor”, afirmou.
O presidente ressaltou que o
agronegócio deixou de ser um “quebra-galho” e se tornou o “principal negócio do
Brasil”, com destaque para a exportação de proteína animal. “A gente quer
produzir a melhor carne, a carne mais saudável e quer disputar os mercados do
mundo inteiro”, disse. Segundo ele, o país hoje é “possivelmente o campeão de
exportação de proteína animal para o mundo inteiro”.
Lula fez críticas ao tratamento
historicamente recebido pelo Brasil no cenário internacional. “Durante muito
tempo o Brasil foi tratado como se fosse um país insignificante. Tem uma coisa
que nós, brasileiros, aprendemos: ninguém respeita quem não se respeita”,
afirmou. Para o presidente, conquistar espaço global exige excelência: “Não
existe mais gracinha, mais possibilidade de enganar ninguém”.
Ele mencionou situações recentes
envolvendo a exportação de carne brasileira, como um episódio em que 70 mil
toneladas estavam no Oceano Atlântico a caminho da China e houve ameaça de
rejeição. “A quantidade de telefonemas que a gente teve que dar para ministro,
para o Xi Jinping, para não permitir que a carne voltasse ao Brasil”, relatou.
Acordos internacionais e UE-Mercosul
- Lula também abordou a resistência do presidente francês Emmanuel Macron ao
acordo entre a União Europeia e o Mercosul. “Eu disse para ele que vou ser
presidente do Mercosul a partir de 6 de julho e que vou concluir o acordo definitivamente
nos seis meses do meu mandato”, afirmou. “Se você tem problema com os
agricultores franceses, vamos conversar com eles”, completou.
Para Lula, é inaceitável que duas
economias do porte de França e Brasil tenham um fluxo comercial de apenas US$ 9
bilhões. Ele comparou com o Vietnã, cuja relação com o Brasil é recente, mas já
alcança US$ 13 bilhões.
O presidente também
destacou a importância de garantir que a febre aftosa não retorne ao Brasil,
reforçando a necessidade de colaboração com países vizinhos da América do Sul.
“Se a gente não tiver [febre aftosa] e eles tiverem, a gente corre o risco de
ter”, alertou.
Na área ambiental, Lula ressaltou que
a recuperação de terras degradadas deve ser prioridade. “Se a gente tiver pelo
menos a decência de cumprir o Acordo de Paris, a gente vai estar livre para
continuar produzindo o que a gente quiser”, afirmou, dirigindo-se ao ministro
da Agricultura, Carlos Fávaro, que foi amplamente elogiado por sua atuação. “Se
o governo não atrapalhar já está bom. É esse o papel”, disse Lula, em tom
bem-humorado.
Expansão global e BRICS - Por fim,
Lula adiantou parte de sua agenda internacional e reforçou a intenção de
ampliar as relações comerciais do Brasil com países estratégicos. Após os
compromissos na cúpula do BRICS, ele realizará encontros bilaterais com líderes
da Índia, Egito e Indonésia. “É preciso fazer uma grande reunião de empresários
com esses países”, defendeu.
O presidente encerrou sua fala
reafirmando sua confiança no futuro do país. “O Brasil veio para ficar. Tenho
muito orgulho do que está acontecendo. Precisamos trabalhar mais, produzir
mais, cuidar mais, porque o Brasil não tem retorno.”
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